Reabilitação do polegar reimplantado: avaliação dos resultados funcionais em uma unidade de saúde no Rio de Janeiro

Autores

  • Ivens Messias de Oliveira Pereira UNIRIO
  • Camila Rodrigues de Almeida UNIRIO
  • Stenio Karlos Alvim Fiorelli UNIRIO
  • Mauricio de Sant'Anna Jr IFRJ https://orcid.org/0000-0002-0705-8841
  • Julio Guilherme Silva UNIG
  • Silva Azizi UNIG
  • Marco Orsini UNIG
  • Renata Castro UNIG
  • Jacqueline F do Nacimento UNIG
  • Rossano Kepler Alvim Fiorelli UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v21i6.4543

Palavras-chave:

polegar, reimplante, reabilitação

Resumo

Introdução: O polegar é o dedo de maior importância funcional da mão, por isso a justificativa de reimplantação e reabilitação do mesmo. Objetivo: Realizar uma análise retrospectiva dos resultados, via revisão de prontuários de pacientes submetidos à reimplante de polegar, realizados pelo Serviço SOS-Reimplante do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo com amostra de conveniência, abrangendo o período entre janeiro de 2010 a dezembro de 2015, realizado através de prontuários de pacientes submetidos a processo de reimplante de polegar, atendidos no Serviço de Terapia Ocupacional/T.O – Mão no Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Foram coletadas informações sociodemograficas, além de força muscular, sensibilidade e tempo de reabilitação. Resultados: Foram revisados 63 prontuários de pacientes submetidos a procedimento de reimplante de polegar, na faixa etária de 18 a 65 anos. Quanto ao local do acidente, 76,1% dos casos foi decorrente de acidente de trabalho e 23,2% acidentes domésticos. Ao observamos à lateralidade da lesão, 92% dos pacientes eram destros, enquanto o polegar com maior número de lesões foi o esquerdo, com um total de 82,5% pacientes. Quanto ao nível da lesão, 25,3% pacientes sofreram lesão na falange proximal, 20,8% pacientes sofreram lesão na região da interfalangeana, e 53,9% dos pacientes apresentaram lesão na falange distal. Dentre os reencaminhados para nova avaliação, 28,5% pacientes, foram submetidos a outros procedimentos cirúrgicos. Houve ganho de força em global em 88,2% dos pacientes em de sensibilidade. Conclusão: A maioria dos pacientes que sofreram reimplante do polegar conseguiram obter ganho de força muscular e sensibilidade, conseguirem retornar as suas atividades laborais, com um tempo de reabilitação que variou de 4 a 14 meses.

Biografia do Autor

Ivens Messias de Oliveira Pereira, UNIRIO

Programa de Pós-graduação em Neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, RJ, Brasil

Camila Rodrigues de Almeida, UNIRIO

Programa de Pós-graduação em Neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, RJ, Brasil

Stenio Karlos Alvim Fiorelli, UNIRIO

Programa de Pós-graduação em Neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, RJ, Brasil

Mauricio de Sant'Anna Jr, IFRJ

Curso de Fisioterapia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRJ, RJ, Brasil

Julio Guilherme Silva, UNIG

Universidade Iguaçu, Escola de Medicina UNIG, Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, RJ, Brasil

Silva Azizi, UNIG

Universidade Iguaçu, Escola de Medicina UNIG, RJ, Brasil

Marco Orsini, UNIG

Universidade Iguaçu, Escola de Medicina UNIG;  Instituto Caduceu de Especialização Médica - SP, Escola de Pós-graduação Médica, SP, Brasil

Renata Castro, UNIG

Universidade Iguaçu, Escola de Medicina – UNIG, RJ, Brasil

Jacqueline F do Nacimento, UNIG

Universidade Iguaçu, Escola de Medicina UNIG, RJ, Brasil

Rossano Kepler Alvim Fiorelli, UNIRIO

Programa de Pós-graduação em Neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, RJ, Brasil

Referências

Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Nascimento MC. Ganhos funcionais e sua relação com os componentes de função em trabalhadores com lesão de mão. Rev Bras Fisioter 2006;10(4Supl). doi: 10.1590/s1413-35552006000400010

Almeida NC, Casagrande AA; Finger Filho FA, Nascimento LD, Damin ML, Valin MR, Lizott RF. Traumatismos da mão nos acidentes de trabalho em Caxias do Sul. Rev Científica AMECS 1993;2(2):190-2.

Batista KT, Filgueira IC. Trauma complexo de mão: análise epidemiológica na Universidade Plástica do Hospital da Asa Norte/FHDF/SeS. Rev Saúde Dist Fed 1997;8(4):25-31

Mattar Jr R, Azze RJ, Paula EJL, Kimura LK, Okane S, Resende MR, Starck R, Canedo AC. Reimplantes de polegar nas amputações provocadas por mecanismo de avulsão. Rev Bras Ortop 1995;30(4):191-6. https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/30-0/1995_abr_91.pdf

Sepúlveda S, Infante C, Valenzuela G, Compan A, Seguel J. Reimplante de pulgar: caso clínico. Rev Hosp Clin Univ Chile 1997;8(4):278-81.

Zumiotti A, Ohno P, Azze R. Resultados funcionais dos reimplantes de dedos. Rev Bras Ortop 1993;28(10):737-42. https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/28-7/1993_out_37.pdf

Pereira RAAS. Amputação e reimplantação da mão. Acta Médica Portuguesa 2010. Disponí­vel em: http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/53752

Gülgönen A, Bayri O, Özkan T, Güdemez E. Replantation of thumb avulsion injuries. Handchirurgie Mikrochirurgie Plastische Chirurgie 2007;(39(4):231-7. doi: 10.1055/s-2007-965399

Ozçelik IB. Late results of replantation in tip amputations of the thumb. Acta Orthop. Traumatol. Turc 2008;42(4):252-7. doi: 10.3944/aott.2008.252

Weber ES, Franciosi LFN, Mueller SF, Dalponte M, Heurich NR, Gonçalves SCS. Reimplante de dedo: indicações atuais finger replantations: current indications. Arquivos Catarinenses de Medicina 2007;36(Supl1).

Agarwal JP, Trovato MJ, Agarwal S, Hopkins PN, Brooks D, Buncke G. Selected outcomes of thumb replantation after isolated thumb injury. J Hand Surg 2010;35(9):1485-90. doi: 10.1016/j.jhsa.2010.05.012

Hass F, Hubmer M, Rappl T, Koch H, Parvizi I, Parvizi D Long-Term subjective and functional evaluation after thumb reimplants with special attention to the Quick DASH questionnaire and a specially designed trauma score called modified Mayo score. J Trauma 2011;71(2):460-6. doi: 10.1097/ta.0b013e3181e997fc

Silva JB, Gazzalle A, Alvarez G, Siqueira E. Amputação X Reimplante. Revista da AMRIGS, Porto Alegre 2011;55(4):375-9. Disponível em: https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/12656/2/Amputacao_X_Reimplante.pdf

Paulos RG, Simão DT, Mattar Júnior R, Rezende MR, Wei TH, Torres LR. Reimplante nas amputações por mecanismo de avulsão: táticas e técnicas para o sucesso. Acta Ortop Bras 2013;20(2):104-9. doi: 10.1590/s1413-78522012000200009

Pisa F. Reabilitação de reimplantação do antebraço distal pós-amputação – a propósito de um caso clínico. Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação 2013;24(2). Disponível em: http://www.spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/viewFile/112/88

Downloads

Publicado

2021-01-06

Edição

Seção

Artigos originais