O método reequilíbrio tóraco-abdominal não aumenta a dor avaliada pela Neonatal Infant Pain Scale: estudo clínico randomizado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v22i3.4839

Palavras-chave:

recém-nascido; modalidades de fisioterapia; dor; cuidado respiratório

Resumo

Objetivo: Comparar em recém-nascidos com taquipneia transitória se o método reequilíbrio tóraco-abdominal (RTA) aumentou a dor imediatamente após. Métodos: Estudo de ensaio clínico randomizado. Quarenta e nove recém-nascidos com diagnóstico de taquipneia transitória com menos de 72 horas de vida, foram incluídos para receber fisioterapia respiratória. Os participantes receberam os cuidados usuais e uma sessão de fisioterapia convencional ou do método reequilíbrio tóraco-abdominal. Foram registradas a escala NIPS (Neonatal Infant Pain Scale), a saturação periférica de oxigênio, a frequência cardíaca, a frequência respiratória e a temperatura axilar antes e depois da fisioterapia. Para as comparações entre as medidas, foram utilizados o teste de ANOVA de Kruskal-Wallis e o teste de McNemar. O risco relativo de dor após os procedimentos foi calculado usando o modelo de regressão de Poisson (estimação robusta). Foi considerado o nível de significância de 5% para todas as análises (p < 0,05). Resultados: O método RTA não foi associado a dor. Após a fisioterapia respiratória, a escala NIPS reduziu (2 versus 3, p < 0,001) e a proporção de recém-nascidos com dor também reduziu (10,2% versus 28,6%, p = 0,02). O risco relativo de dor após a fisioterapia respiratória em comparação a antes, foi de 0,3 (IC 95% 0,15-0,41; p = 0,02), a frequência respiratória diminuiu (58 versus 70, p < 0,001) e a saturação periférica de oxigênio aumentou (98% versus 96%, p < 0,001). Conclusão: Em recém-nascidos com taquipneia transitória nas primeiras 72 horas de vida, o método RTA não influenciou a avaliação da dor, a fisioterapia respiratória foi segura e reduziu a dor imediatamente após.

Biografia do Autor

Miriana Carvalho de Oliveira, UNIFESO

Mestrado em Saúde Maternal e Infantil, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Professor Adjunta de Fisioterapia, Universidade de Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil

Cristina Ortiz Sobrinho Valete, UFSCAR

Professora associada, Área da Criança e Adolescente (ASCrA), Departamento de Medicina, Universidade Federal São Carlos (UFSCar), SP, Brasil

Esther Angélica Luiz Ferreira, UFSCar

Professor Assistente, Área da Criança e Adolescente (ASCrA), Centro de Estudos Epidemiológicos em Saúde Perinatal, Neonatal e da Infância, Departamento de Medicina, Universidade Federal São Carlos (UFSCar), SP, Brasil

Claudia Maria Valete Rosalino, FIOCRUZ

Instituto Nacional Evandro Chagas de Doenças Infecciosas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Professor do Departamento de Otorrinolaringologia e Oftalmologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Programa de Produtividade da Pesquisa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasília, DF, Brasil

Marco Orsini , UNIG

Professor do Mestrado de Neurologia, Universidade Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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Publicado

2021-07-15

Edição

Seção

Artigos originais