Análise quali-quantitativa de idosos submetidos a um programa estruturado de reabilitação vestibular
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v17i4.506Resumo
Introdução: A reabilitação vestibular busca minimizar sintomas vestibulares ajudando a melhorar a qualidade de vida de indivíduos com doenças vestibulares. Objetivo: Analisar quali-quantitativamente a qualidade de vida de idosos submetidos a um programa estruturado de reabilitação vestibular. Métodos: Participaram do estudo cinco indivíduos de ambos os gêneros com idade média de 67,8 ± 4,12 anos. Os participantes foram submetidos a um programa estruturado para reabilitação vestibular durante duas sessões semanais, totalizando 15 sessões. Para avaliação quantitativa, utilizou-se a Escala de Quantificação de Tontura e o Dizziness Handicap Inventory (DHI) pré e pós-reabilitação e para análise qualitativa aplicou-se em forma de entrevista não-diretiva perguntas para coleta de dados sobre melhora do quadro clínico nas atividades cotidianas, sociais e domiciliares pós-reabilitação. Resultados: Quanto aos dados quantitativos, observou-se melhora significativa no domínio físico (p = 0,043) e qualidade de vida geral (p = 0,043), além da melhora de sintomatologia de tontura (p = 0,042). Tais resultados corroboraram a melhora relatada pelos participantes sobre as atividades de vida diária. Conclusão: Concluiu-se que o programa de exercício para reabilitação vestibular contribuiu para melhorar os domínios emocionais, funcionais e físicos e da qualidade de vida geral, bem como a sintomatologia de tontura, o que corroborou os relatos dos participantes.
Palavras-chave: idosos, qualidade de vida, vestibulopatia.
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