Avaliação subjetiva da saúde e caracterização da funcionalidade de idosos domiciliados numa cidade do interior do Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v24i2.5307Palavras-chave:
idoso, nível de saúde, efeitos psicossociais da doença, funcionalidade, assistência domiciliarResumo
Objetivo: Realizou-se a avaliação subjetiva da saúde e da funcionalidade dos idosos domiciliados na cidade de Coari no interior do Amazonas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo com 81 idosos avaliados em domicílio no primeiro semestre de 2019. Aplicou-se o Who Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0) para avaliar funcionalidade e o questionário de avaliação subjetiva da saúde para o autorrelato da saúde. Resultados: Dos 81 idosos, a maioria são mulheres n = 62 (76,5%) com faixa etária de 70 a 79, que não chegaram a completar 1 ano de escolaridade n = 55 (67,9%) e possuem renda salarial igual ou inferior a 1 salário mínimo n = 72 (88,8%). Encontrou-se nenhuma ou leve dificuldade para os domínios avaliados no WHODAS 2.0 e a saúde autorrelatada foi de regular ou ruim n = 66 (81,5%) para a maioria dos idosos. Conclusão: Os idosos de Coari avaliados em domicílio são em sua grande maioria independentes e funcionais embora relatem autopercepção da saúde ruim comparada com outros da mesma idade.
Referências
Dantas EHM, Santos CAS. Aspectos biopsicossociais do envelhecimento e a prevenção de quedas na terceira idade. 1 ed. Unoesc; 2017.
World Health Organization. Envelhecimento e Saúde. 2020. Recuperado em 08 novembro, 2010, de: http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health/
Alves JED. Laboratório de demografia e estudos populacionais. Envelhecimento populacional continua e não há perigo de um geronticídio [Internet]. [citado 2022 Mar 30]. Disponível em: https://www.ufjf.br/ladem/2020/06/21/envelhecimento-populacional-continua-e-nao-ha-perigo-de-um-geronticidio-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Projeção da População. 2018. [Internet]. [citado 2022 Mar 22]. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-saladeimprensa/2013-agencia-denoticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018numero-dehabitantes-do-paisdeveparar-de-crescer-em-204/
Whitley E, Popham F, Benzeval M. Comparison of the Rowe–Kahn Model of successful aging with self-rated health and life satisfaction: The West of Scotland Twenty-07 Prospective Cohort Study. Gerontologist. 2016;56(6):1082-92. doi: 10.1093/geront/gnv054
Henchoz K, Cavalli S, Girardin. Health perception and health status in advanced old age: A paradox of association. J Aging Studies. 2008;22:282-90. doi: 10.1016/j.jaging.2007.03.002
Borim FSA, Neri AL, Francisco PMSB, Barros MBA. Dimensões da autoavaliação de saúde em idosos. Rev Saúde Pública. 2014;48(5):714-22. doi: 10.1590/S0034-8910.2014048005243
Confortin SC, Giehl MWC, Antes DL, Schneider IJC. Autopercepção positiva de saúde em idosos: estudo populacional no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2015;31(5):1049-60. doi: 10.1590/0102-311X00132014
Shen C, Schooling CM, Chan WM, Zhou JX, Johnston JM, Lee SY, et al. Self-rated health and mortality in a prospective Chinese elderly cohort study in Hong Kong. Prevent Med. 2014;67:112-8. doi: 10.1016/j.ypmed.2014.07.018
Cramm JM, Bornscheuer L, Selivanova A, Lee J. The health of India’s elderly population: A comparative assessment using subjective and objective health outcomes. J Popul Ageing. 2015;8:245-59.doi: 10.1007/s12062-015-9122-2
Cheng S-T, Fung H, Chan A. Maintaining self-rated health through social comparison in old age. J Gerontol. 2007;62B(5):277-85. doi: 10.1093/geronb/62.5.p277
Perracine MR, Fló CM. Funcionalidade e envelhecimento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.
Beard JR, Blom DE. Towards a comprehensive public heath response to population ageing. Lancet. 2015;385(9968):658-61. doi: 10.1016/S0140-6736(14)61461-6
Moreira A, Alvarelhão J, Silva AG, Costa R, Queirós A. Tradução e validação para português do WHODAS 2.0 ‐ 12 itens em pessoas com 55 ou mais anos. Revista Portuguesa de Saúde Pública. 2015;33(2). doi: 10.1016/j.rpsp.2015.06.003
Medeiros SM, Silva LSR, Carneiro JM, Ramos GCF, Barbosa ATF, Caldeira AP. Fatores associados à autopercepção negativa da saúde entre idosos não institucionalizados de montes Claros, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2016;21(11). doi: 10.1590/1413-812320152111.18752015
Storti LB, Whebe SCCF, Kusumota L, Rodrigues RAP, Marques Sueli. Fragilidade de idosos internados na clínica médica da unidade de emergência de um hospital geral terciário. Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):452-9. doi: 10.1590/S0104-07072013000200022
Costa RS, Leão LF, Campos HLM. Envelhecer na zona rural do interior do estado do Amazonas, desempenho cognitivo, funcionalidade e percepção de saúde: um estudo transversal. Revista Kairós Gerontologia. 2020;23(1):83-103. doi: 10.23925/2176-901X.2020v23i1p83-103
Torres GV, Reis LA, Fernandes MH. Características sociodemográficas e de saúde de idosos dependentes residentes em domicílio. Espaç Saúde. 2009;10(2):12-7. doi: 10.1590/S0104-11692011000500022
Spocito G, D’elboux MJ, Neri AL, Guariento ME. A satisfação com a vida e a funcionalidade em idosos atendidos em um ambulatório de geriatria. Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18;3475-3482. doi: 10.1590/S1413-81232013001200004
Luoh MC, Herzog AR. Individual consequences of volunteer and paid work in old age: health and mortality. J Health Soc Behav. 2002;490-509. doi: 10.2307/3090239
Soares VN, Fattori A, Neri AL, Fernandes PT. Influência do desempenho físico na mortalidade, funcionalidade e satisfação com a vida de idosos: dados do estudo FIBRA. Ciênc Saúde Coletiva. 2019;(24):4181-90. doi: 10.1590/1413-812320182411.07592018
Rocha JP, Oliveira GG, Jorge LB, Rodrigues FR, Morsch P, Bós AJG. Relação entre funcionalidade e autopercepção de saúde entre idosos jovens e longevos brasileiros. Revista Saúde e Pesquisa. 2017;10(2):283-291. doi: 10.177651/1983-1870.2017v10n2p283-291
Sato S, Demura S, Kobayashi H, Nagasawa Y. The relationship and its change with aging between ADL and daily life satisfaction characteristics in independent Japanese elderly living at home. J Physiol Anthropol. 2002;21(4):195-204. doi: 10.2114/jpa.21.195
Garbaccio JL, Estêvão WG, Jacome BB, Batista LAT. Envelhecimento e qualidade de vida de idosos residentes na zona rural. Revista Brasileira de Enfermagem. 2018;(71):776-7849. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0149
Nascimento RASAD, Batista RTS, Rocha SV, Vasconcelos LRC. Prevalência e fatores associados ao declínio cognitivo em idosos com baixa condição econômica: estudo MONIDI. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 2015;64(3):187-192. doi: 10.1590/0047-2085000000077
Silveira EA, Vieira LL, Souza JD. Elevada prevalência de obesidade abdominal em idosos e associação com diabetes, hipertensão e doenças respiratórias. Ciênc Saúde Coletiva. 2018;(23):903-12. doi: 10.1590/1413-81232018233.01612016
Santos RR, Bicalho MAC, Mota P, de Oliveira DR, de Moraes EN. Obesity in the elderly. Rev Med Minas Gerais.2013;(1):23. doi: 10.5935/2238-3182.20130011.
Medeiros SM, Silva LSR, Cameiro JM, Ramos GCF, Barbosa ATF, Caldeira AP. Fatores associados à autopercepção negativa da saúde entre idosos não institucionalizados de Montes Claros, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11). doi: 10.1590/1413-812320152111.18752015
Borim FSA, Barros MBDA, Neri AL. Autoavaliação da saúde em idosos: pesquisa de base populacional no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2012;(28):769-780. doi: 10.1590/S0102-311X2012000400016
Costa MFL, Firmo JOA, Uchôa E. A estrutura da auto-avaliação da saúde entre idosos: projeto Bambuí. Rev Saúde Pública. 2004;38:(6). doi: 10.1590/S0034-89102004000600011
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Victor Cezar Mendes de Melo, Yandra Alves Prestes, Johrdy Amilton da Costa Braga, Higor Gregore Alencar Oliveira, Maria Helena Ribeiro de Checchi, Elisa Brosina de Leon, Hércules Lázaro Morais Campos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.