Avaliação dos tipos de incontinência urinária em um Núcleo de Disfunção Miccional no Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v24i6.5518

Palavras-chave:

incontinência urinária, saúde da mulher, modalidades de fisioterapia

Resumo

A incontinência urinária (IU) na mulher adulta é um problema muito frequente. Sua prevalência pode ser subestimada, pois alguns pacientes não informam os profissionais de saúde sobre esse problema por acharem ser uma condição própria do envelhecimento.(1) As mulheres têm uma maior prevalência (32,9%) de IU em comparação aos homens (6,2%) devido às diferenças anatômicas da pélvis e do trato urinário inferior, além da interferência de fatores hormonais, das gestações e dos partos que desafiam as forças e a estabilidade musculoesquelética da pélvis.(3) Conhecer de forma detalhada os tipos de IU das pacientes que buscam por tratamento no Núcleo de Disfunção Miccional (NDM) Urologia Feminina (UF) da Policlínica Piquet Carneiro (PPC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) é o princípio para poder oferecer um serviço de qualidade para os indivíduos e para o Sistema Público de Saúde. Foram analisados os prontuários de 869 pacientes que buscaram por atendimento no NDM/UF, durante o período de Agosto de 2016 a Agosto de 2019. CONCLUSÃO: nosso estudo evidenciou prevalência alta de Incontinência Urinária Mista (IUM) em relação aos outros dois tipos, a utilização do prontuário eletrônico e do tele monitoramento por todos os profissionais médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, é uma ferramenta que pode aumentar a eficácia do NDM/UF, ampliando o atendimento e diminuindo sensivelmente as filas de espera, consideramos relevante o aumento do espaço físico para o atendimento presencial pela equipe de fisioterapia pélvica, de forma que possamos diminuir o tempo de permanência das pacientes na fila de espera, com consequente melhora da qualidade de vida das mesmas.

Biografia do Autor

Lilian de Castro Ponzoni, UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Fabricio Borges Carrerette, UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Ericka Kirsthine Valentin, UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Ronaldo Damião, UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Ricardo José Souza, UERJ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Referências

Deng DY. Urinary incontinence in women. Med Clin North Am 95:101-109, 2011. doi: 10.1016/j.mcna.2010.08.022

Tran L.; Puckett Y. Urinary Incontinence - StatPearls - NCBI Bookshelf, 2022.

Mannella P, Palla G, Bellini M, Simoncini T. The female pelvic floor through midlife and aging. Maturitas 2013;76(3):230-4. doi: 10.1016/j.maturitas.2013.08.008

Abufaraj M, Xu T, Cao C, Siyam A, Isleem U, Massad A, et al. Prevalence and trends in urinary incontinence among women in the United States. Am J Obstet Gynecol. 2021;225(2):166.e1-166.e12. doi: 10.1016/j.ajog.2021.03.016

Patel U, Godecker A, Giles D, Brown H. Updated Prevalence of urinary incontinence in women: 2015-2018. National Population-Based Survey Data. Female Pelvic Med Reconstr Surg. 2022;28(4):181-187. doi: 10.1097/SPV.0000000000001127

Molander U, Milsom I, Ekelund P, Mellström D. An epidemiological study of urinary incontinence and related urogenital symptoms in elderly women. Maturitas. 1990;12(1):51-60. doi: 10.1016/0378-5122(90)90060-j

Avery K. et al. ICIQ: a brief and robust measure for evaluating the symptoms and impact of urinary incontinence. Neurourology and urodynamics. 2004;23(4):322–30. doi: 10.1002/nau.20041

Hannestad YS, Rortveit G, Sandvik H, Hunskaar S. A community-based epidemiological survey of female urinary incontinence: the Norwegian EPINCONT study. Epidemiology of Incontinence in the County of Nord-Trondelag. J Clin Epidemiol. 2000;53:1150–7. doi: 10.1016/s0895-4356(00)00232-8

Hunskaar S, Burgio K, Diokno AC. Epidemiology and natural history of urinary incontinence (UI). In Abrams P, Cardozo L, Khoury S, Wein A, eds. Incontinence. 2nd International Consultation on Incontinence, 2 ed. Plymouth: Health Publication. 2002;165–201. doi: 10.1007/s001920070021

Hunskaar S, Lose G, Sykes D, Voss S. The prevalence of urinary incontinence in women in four European countries. BJU International. 2004;93:324–30. doi: 10.1111/j.1464-410x.2003.04609.x

Sotira P, Steinar H, Gunar L, David S. Assessment of bothersomeness and impact on quality of life of urinary incontinence in women in France, Germany, Spain and the UK. BJU International. 2005;96:831–8. doi: 10.1111/j.1464-410X.2005.05722.x

Zhang L. A Population-based survey of the prevalence, potential risk factors, and symptom-specific bother of lower urinary tract symptoms in adult Chinese women. Eur Urol. 2015. doi: 10.1016/j.eururo.2014.12.012

Heidi FAM, Bary CMB, Marc EAS, Esther MJB. Prevalence, incidence and bothersomeness of urinary incontinence between 6 weeks and 1 year post-partum: a systematic review and meta-analysis. Int Urogynecol J. 2021;32:1675–93. doi: 10.1007/s00192-021-04877-w

Saboia D, Firmiano M, Bezerra K, Neto J, Oriá M, Vasconcelos C. Impact of urinary incontinence types on women’s quality of life. Rev Esc Enferm USP. 2017. doi: 10.1590/S1980-220X2016032603266

Radzimińska A, Strączyńska A, Weber-Rajek M, Styczyńska H, Strojek K, Piekorz Z. The impact of pelvic floor muscle training on the quality of life of women with urinary incontinence: a systematic literature review. Clinical Interventions in Aging. 2018. doi: 10.2147/CIA.S160057

Downloads

Publicado

2024-01-06

Edição

Seção

Caderno Uro-ginecologia