Influência das variáveis musculares na via de nascimento após preparação perineal em primíparas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v24i6.5534

Palavras-chave:

assoalho pélvico, Fisioterapia, parto normal, períneo, cesárea

Resumo

Introdução: Muitas gestantes buscam o parto vaginal, como uma via mais saudável e respeitosa, e as técnicas de massagem perineal e alongamento perineal assistido por instrumento tem como objetivo trazer melhores desfechos no pós-parto. Apesar disso, alguns partos podem não ocorrer como o esperado e finalizarem com intervenções ou parto cirúrgico. Objetivo: Analisar a influência das variáveis musculares no tipo de parto de mulheres submetidas a preparação perineal. Métodos: Trata-se de uma análise secundária de um ensaio clínico em que foram incluídas primíparas com idade gestacional de 33 semanas. Foram realizadas avaliações antes e após oito sessões de intervenção por meio de massagem perineal e alongamento assistido pelo instrumento Epi-No Delphine Plus®. Foram avaliadas as variáveis musculares distensibilidade perineal com uso do equipamento Epi-No Delphine Plus® e a força pico e média dos músculos do assoalho pélvico (MAP) por meio do manômetro vaginal Peritron. Após o parto foi questionado por contato telefônico o tipo de parto realizado. Para a análise estatística foi realizada a regressão logística univariada com nível de significância de 0,05. Resultados: Sessenta e uma primíparas foram incluídas no estudo (média de idade: 30 anos; DP: 4,8). Nenhuma das variáveis musculares examinadas foram preditores para o parto vaginal (p > 0,05). Conclusão: As variáveis musculares não influenciaram na via de parto final de mulheres submetidas a preparação perineal.

Biografia do Autor

Leticia Rodrigues Silva, UFU

Postgraduate Program in Health Sciences, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Natasha Morena Bazílio Silva, UFU

Postgraduate Program in Health Sciences, Universidade de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Alana Leandro Cabral, UFU

Postgraduate Program in Health Sciences, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Sissi Sisconeto de Freitas, UFU

Postgraduate Program in Health Sciences, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Rogério de Melo Costa Pinto

Mathematics Department, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Vanessa Santos Pereira-Baldon, UFU

Physical Therapy Department, Universidade de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Referências

World Health Organization. Who recommendations on intrapartum care for a positive childbirth experience. World Health Organization; 2018. [Internet]. [cited 2020 Sep 24]. Available from: https://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/

Arik RM, Parada CMGL, Tonete VLP, Sleutjes FCM. Perceptions and expectations of pregnant women about the type of birth. Rev Bras Enferm. 2019;72:41-9. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0731

Hoyte L, Damaser MS, Warfield SK, Chukkapalli G, Majumdar A, Choi DJ. Quantity and distribution of levator ani stretch during simulated vaginal childbirth. Am J Obstet Gynecol. 2008;199:198.e1-198.e5. doi: 10.1016/j.ajog.2008.04.027

Beckmann MM, Stock OM. Antenatal perineal massage for reducing perineal trauma. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013. doi: 10.1002/14651858.CD005123.pub3

Kovacs GT, Heath P, Heather C. First Australian trial of the birth-training device Epi-No: A highly significantly increased chance of an intact perineum. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2004;44:347–8. doi: 10.1111/j.1479-828X.2004.00265.x

Abdelhakim AM, Eldesouky E, Elmagd IA, Mohammed A, Farag EA, Mohammed AE, et al. Antenatal perineal massage benefits in reducing perineal trauma and postpartum morbidities: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Int Urogynecol J. 2020;31:1735–45. doi: 10.1007/s00192-020-04302-8

Weidle WG, Medeiros CRG, Grave MTQ, Dal Bosco SM. Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cad Saúde Colet. 2014;22:46–53. doi: 10.1590/1414-462X201400010008

Rydahl E, Declercq E, Juhl M, Maimburg RD. Cesarean section on a rise—Does advanced maternal age explain the increase? A population register-based study. PLoS ONE. 2019;14:e0210655. doi: 10.1371/journal.pone.0210655

Chu SY, Kim SY, Schmid CH, Dietz PM, Callaghan WM, Lau J, Curtis KM. Maternal obesity and risk of cesarean delivery: a meta-analysis. Obes Rev. 2007;8:385-94. doi: 10.1111/j.1467-789X.2007.00397.x

Heffner L. Impact of labor induction, gestational age, and maternal age on cesarean delivery rates. Obst Gynecol. 2003;102:287–93. doi: 10.1016/S0029-7844(03)00531-3

Macrosomia: ACOG Practice Bulletin, Number 216. Obstet Gynecol. 2020;135: e18–e35. doi: 10.1097/AOG.0000000000003606

Mendes NA, Mazzaia MC, Zanetti MRD. Análise crítica sobre a utilização do Epi-No na gestação e parto. ABCS Health Sci. 2018;43. http://dx.doi.org/10.7322/abcshs.v43i2.1091

Zanetti MRD, Petricelli CD, Alexandre SM, Paschoal A, Araujo Junior E, Nakamura MU, et al. Determination of a cutoff value for pelvic floor distensibility using the Epi-no balloon to predict perineal integrity in vaginal delivery: ROC curve analysis. Prospective observational single cohort study. Sao Paulo Med J. 2015;134:97–102. doi: 10.1590/1516-3180.2014.8581009

Schreiner L, Crivelatti I, Oliveira JM, Nygaard CC, Santos TG. Systematic review of pelvic floor interventions during pregnancy. Int J Gynecol Obstet. 2018;143:10–18. doi: 10.1002/ijgo.12513

Aran T, Aran T, Osmanagaoglu MA, Kart C, Guven S, Sahin M, Unsal MA, et al. Failed labor induction in nulliparous women at term: the role of pelvic floor muscle strength. Int Urogynecol J. 2012;23:1105–10. doi: 10.1007/s00192-012-1754-7

Sobhgol SS. The effect of antenatal pelvic floor muscle exercises on labour and birth outcomes: a systematic review and meta-analysis. Int Urogynecol J. 2020;15. doi: 10.1007/s00192-020-04298-1

Bø K, Hilde G, Jensen JS, Siafarikas F, Engh ME. Too tight to give birth? Assessment of pelvic floor muscle function in 277 nulliparous pregnant women. Int Urogynecol J. 2013;2065–70. doi: 10.1007/s00192-013-2133-8

Freitas SS, Cabral AL, Melo CPR, Resende APM, Pereira BVS. Effects of perineal preparation techniques on tissue extensibility and muscle strength: a pilot study. Int Urogynecol J. 2018;30:951–7. doi: 10.1007/s00192-018-3793-1

Labrecque M, Eason E, Marcoux S, Lemieux F, Pinault JJ, Feldman P, Laperrière L. Randomized controlled trial of prevention of perineal trauma by perineal massage during pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 1999;180. doi: 10.1016/S0002-9378(99)70260-7

Hair Jr JF, Black WC, Babin BJ, Anderson RE, Tatham RL. Análise multivariada de dados. Bookman; 2009.

Silva MET, Oliveira DA, Roza TH, Brandão S, Parente MPL, Mascarenhas T. Study on the influence of the fetus head molding on the biomechanical behavior of the pelvic floor muscles, during vaginal delivery. J Biomech. 2015;48:1600–5. doi: 10.1016/j.jbiomech.2015.02.032

Moccellin AS, Rett MT, Driusso P. Existe alteração na função dos músculos do assoalho pélvico e abdominais de primigestas no segundo e terceiro trimestre gestacional? Fisioter Pesqui. 2016;23:136–141. doi: 10.1590/1809-2950/14156523022016

Alperin M, Lawley DM, Esparza MC, Lieber RL. Pregnancy-induced adaptations in the intrinsic structure of rat pelvic floor muscles. Am J Obstet Gynecol. 2015;213:191.e1-191.e7. doi: 10.1016/j.ajog.2015.05.012

Salvesen, KÅ, Mørkved S. Randomised controlled trial of pelvic floor muscle training during pregnancy. BMJ. 2004;329:378–80. doi: 10.1136/bmj.38163.724306.3a

Du Y, Xu L, Ding L, Wang Y, Wang Z. The effect of antenatal pelvic floor muscle training on labor and delivery outcomes: a systematic review with meta-analysis. Int Urogynecol J. 2015;26:1415–27. doi: 10.1007/s00192-015-2654-4

Zanardo GLP, Uribe MC, Nadal AHRD, Habigzang LF. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicol Soc. 2017;29. doi: 10.1590/1807-0310/2017v29155043

Nakamura MU, Sass N, Elito Júnior J, Petricelli CD, Alexandre SM, Edward Araujo Júnior E, et al. Parturient perineal distensibility tolerance assessed by EPI-NO: an observational study. Einstein. (São Paulo) 2014;12:22–6. doi: 10.1590/S1679-45082014AO2944

Publicado

2024-01-06

Edição

Seção

Caderno Uro-ginecologia