Imobilização do tornozelo de ratos: estudo histológico da extremidade distal da tí­bia

Autores

  • Priscila Daniele de Oliveira UNICENTRO

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v12i1.596

Resumo

As articulações sinoviais têm como função a realização de movimentos e, quando permanecem imobilizadas, sua integridade fica prejudicada, mesmo em diferentes perí­odos de imobilização. O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento das estruturas osteocartilaginosas da extremidade distal da tí­bia após a imobilização do tornozelo de ratos. Para isso, utilizou-se 15 ratos Wistar, que foram divididos em 3 grupos, com 5 animais cada, sendo submetidos a imobilização por 14, 21 e 45 dias. Os controles dos experimentos foram obtidos através dos membros direitos dos respectivos animais. Estes foram eutanasiados e seus tornozelos foram submetidos í  rotina histológica. A seguir procedeu-se a documentação em fotomicroscopia e as imagens foram analisadas de forma descritiva. Os resultados revelaram redução da massa óssea subcondral e aumento dos espaços trabeculares em todos os perí­odos de imobilização. Nos grupos experimentais de 21 e 45 dias houve diminuição da espessura das cartilagens articular e epifisária. Notou-se ainda no experimento de 45 dias um decréscimo no número de células cartilaginosas, formação de grupos isógenos e avanço do osso subcondral para a cartilagem articular. Com base nesses resultados, conclui-se que a imobilização por diferentes perí­odos provoca alterações estruturais osteocartilaginosas da extremidade distal da tí­bia.

Palavras-chave: articulação do tornozelo, cartilagem hialina, imobilização.

Biografia do Autor

Priscila Daniele de Oliveira, UNICENTRO

Ft., Pós-graduação em Anatomia e Histologia pela Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá PR, Pós-graduação em Gestão da Saúde pela Universidade Estadual do Centro-oeste – UNICENTRO

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Publicado

2017-05-20

Edição

Seção

Artigos originais