Método fotogramétrico de rastreamento do ângulo de Charpy em crianças asmáticas e não asmáticas

Autores

  • Mario Antonio Baraúna UNIT

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v1i2.615

Resumo

O presente trabalho enfoca a avaliação do ângulo de Charpy em crianças asmáticas e não asmáticas procurando identificar a existência de diferenças significativas entre a angulação dos elementos da amostragem. Verificamos por meio da formulação do problema que o ângulo de Charpy, sobre o tema asmáticos, pode apresentar-se diferenciado, o que se confirma segundo a revisão bibliográfica.  Procuramos também neste trabalho desenvolver um método seguro e fidedigno para a análise do ângulo de Charpy, visto que a avaliação comumente usada, é feita com mensuradores simples como réguas, goniômetros e fitas métricas, que carecem de exatidão. Desta forma então, o trabalho desenvolvido, passou a ser composto de três partes, às quais, retratam respectivamente: a revisão bibliográfica, com fins a proporcionar um suporte acerca da problemática levantada, quando então discorremos sobre as diversas definições, da asma, da caixa torácica e postura, e da sua anatomo- morfologia. Numa segunda parte colocou-se o tema, onde sob a forma de questionamento é colocada a significância da angulação entre os elementos da amostragem; o desenvolvimento da metodologia, que norteou o trabalho da pesquisa, visando demonstrar a importância da angulação, procuramos apresentar os principais instrumentos que fizeram parte desta; através da fotogrametria, tanto para a recolha de dados, como para a identificação e registro dos elementos da amostragem, bem como o tratamento estatí­stico empregado, e os resultados obtidos, apresentados em forma de tabelas e gráficos, onde apresentamos a distribuição da amostragem quanto ao sexo, idade, idade de iní­cio dos sintomas da doença e a avaliação do ângulo de Charpy das crianças envolvidas na pesquisa dos grupos, asmático e não asmático. Como resultados, o presente trabalho revela que em relação í  população de crianças asmáticas estudadas, o sexo masculino teve prevalência sobre o feminino. Bem como, com relação í  idade das crianças, a maior prevalência ocorreu nas crianças com 7, 12 e 13 anos. Na avaliação entre os ângulos de Charpy das crianças asmáticas com relação às crianças não asmáticas, constatamos diferenças significantes obtidas pelos dois grupos, sendo que as medidas do grupo asmático foram significantemente mais elevadas que as do grupo não asmático, com probabilidade < 0,00003. Por fim a bibliografia foi apresentada, os seus anexos, que nos deram apoio ao trabalho, através dos documentos e protocolos que, desta forma fizeram com que a pesquisa chegasse a termo.

Palavras-chave: avaliação da asma, ângulo de Charpy, postura.

Biografia do Autor

Mario Antonio Baraúna, UNIT

Coordenador do núcleo de pesquisas da UNIT, Uberlandia/MG, Professor do Mestrado em Fisioterapia da UNIT, Uberlandia/MG, Doutor em Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal, Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

2016-12-10

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Artigos originais