Efeitos da bandagem funcional sobre a perda urinária e qualidade de vida de mulheres incontinentes

Autores

  • Ariane Bôlla Freire UFSM
  • Cristieli Froemming UFSM
  • Nathália Mezadri Pozzebon UFSM
  • Estele Caroline Welter Meereis UFRJ
  • Melissa Medeiros Braz UFSM
  • Hedioneia Maria Foletto Pivetta UFSM

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v17i6.693

Palavras-chave:

incontinência urinária, fita atlética, qualidade de vida, Fisioterapia, saúde da mulher

Resumo

Objetivo: Investigar os efeitos da bandagem funcional sobre a perda urinária e qualidade de vida de mulheres incontinentes. Métodos: Estudo experimental com amostra de nove mulheres com queixa de perda urinária. Os procedimentos foram: ficha de avaliação fisioterapêutica em uroginecologia, Pad-test e King’s Health Questionnaire (KHQ). As voluntárias receberam aplicação de bandagem como forma de tratamento durante 30 dias. Para a análise estatística foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para avaliação da distribuição dos dados, para os dados da perda urinária o teste Wilcoxon, para os dados da qualidade de vida o teste t de Student e para a correlação dos dados o teste de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5% (α < 0,05). Resultados: A bandagem apresentou efeito benéfico sobre a perda urinária e qualidade de vida, notando-se melhora estatisticamente significativa em oito dos nove domínios avaliados pelo KHQ. Conclusão: A bandagem apresentou efeito benéfico sobre a perda urinária e qualidade de vida após 4 semanas de intervenção, indicando o efeito somatório da mesma. Desse modo, percebe-se a importância do uso da bandagem como parte de um programa de reabilitação para o tratamento de mulheres com incontinência urinária.

Biografia do Autor

Ariane Bôlla Freire, UFSM

Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Cristieli Froemming, UFSM

Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Nathália Mezadri Pozzebon, UFSM

Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Estele Caroline Welter Meereis, UFRJ

M.Sc., Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Riode Janeiro, RJ, Brasil  

Melissa Medeiros Braz, UFSM

D.Sc., Professora Adjunta do Curso de Fisioterapia da UFSM, Santa Maria, RS, Brasil

Hedioneia Maria Foletto Pivetta, UFSM

Professora Adjunta do Curso de Fisioterapia da UFSM, Santa Maria, RS, Brasil

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Publicado

2017-01-04

Edição

Seção

Artigos originais