Efeitos da liberação miofascial sobre a funcionalidade e a dor em mulheres mastectomizadas
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v16i3.75Resumo
Introdução: No tratamento do câncer de mama, muitas vezes é realizada a mastectomia radical modificada, que pode implicar em complicações como fibrose, aderência cicatricial e retrações miofasciais. As alterações miofasciais podem acarretar problemas biomecânicos que consequentemente geram dores e perdas funcionais. A terapia manual apresenta-se como uma opção para a promoção da funcionalidade alterando características fasciais, especialmente com efeitos agudos. Objetivo: Analisar as influências da liberação miofascial sobre a dor e funcionalidade em mulheres mastectomizadas. Método: Foi utilizado o questionário DASH para avaliar a funcionalidade do membro superior e a EVA para avaliação da dor, antes e após a aplicação de uma técnica de liberação miofascial da cadeia anterior do braço homolateral í cirurgia. Resultados: Os dados estão apresentados em mediana e amplitude interquartil (p25-75). A amostra foi composta por 10 mulheres submetidas í mastectomia radical modificada com idade de 59,5 (45-64,3) anos, EVA pré-intervenção 5 (0,8-6,5) e DASH pré-intervenção de 25,4 (16,6-53,3), após uma semana da intervenção a EVA pós-intervenção foi de 0 (0-1,8) e DASH pós-intervenção de 18,3 (8,5-35,6). Conclusão: A técnica de liberação miofascial utilizada é capaz de reduzir a dor e melhorar a funcionalidade de mulheres mastectomizadas.
Palavras-chave: mastectomia, dor, massagem, fáscia.
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