Análise eletromiográfica de indiví­duos portadores de lombalgia crônica

Autores

  • Pryscila Louise Schmidt UNIPAMPA
  • Marcio Alessandro Cossio Baez UNIPAMPA
  • Graziela Morgana Silva Tavares UNIPAMPA

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v18i2.795

Resumo

Introdução: A lombalgia crônica (LC) é uma das afecções musculoesqueléticas de maior incidência na clí­nica médica. Objetivo: Analisar e comparar o potencial de ação muscular de indiví­duos com e sem LC. Método: O estudo avaliou 18 voluntários, os quais foram divididos em dois grupos, o grupo lombalgia constou de 8 indiví­duos com LC, o grupo controle por sua vez, formado por 10 indiví­duos sem lombalgia. Inicialmente. Avaliou-se a lombalgia através da ficha de avaliação, aplicação do Questionário Roland Morris e por último a avaliação eletromiográfica. Os sinais eletromiográficos foram filtrados por meio do filtro digital Butterworth, em sequência foram tabulados os dados no programa SPSS (versão 20.0)®, e posteriormente foram aplicados os Teste de Shapiro-Wilk e o Teste "t". Resultados: Os indiví­duos portadores de LC não apresentaram incapacidade funcional de acordo com a pontuação obtida no questionário de Roland Morris. Já na análise eletromiográfica houve diferença estatisticamente significativa no músculo eretor da espinha direito em decúbito ventral (Ï = 0,05) e na posição sentada no músculo multifí­deo esquerdo (Ï = 0,01). Conclusão: Na análise eletromiográfica dos músculos eretores da espinha foi evidenciado que os indiví­duos com LC apresentam menor potencial de ação quando comparados com o grupo controle.

Palavras-chave: lombalgia, eletromiografia, avaliação.

Biografia do Autor

Pryscila Louise Schmidt, UNIPAMPA

Ft., Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana/RS

Marcio Alessandro Cossio Baez, UNIPAMPA

Ft., D.Sc., Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana/RS

Graziela Morgana Silva Tavares, UNIPAMPA

Ft., D.Sc., Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana/RS

Referências

Woolf AD, Pfleger B. Burden of major musculoskeletal conditions. Bulletin of the World Health Organization 2003;81(9):646-56.

Junior MH, Goldenfum MA, Siena C. Lombalgia ocupacional. Rev Assoc Med Bras 2010;56(5):583-9.

Deyo RA, Cherkin D, Conrad D, Volinn E. Cost, controversy, crisis: low back pain and the health of the public. Annual Review of Public Health 1991;12(1):141-56.

Gerais M. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Universidade Federal de Goiás; 2010.

Borba AC. A relação entre a intensidade da lombalgia e a funcionalidade nos idosos [Dissertação]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2015.

Gotfryd AO, Valesin Filho ES, Viola DCM, Lenza M, Silva JAd, Emi AS, et al. Analysis of epidemiology, lifestyle, and psychosocial factors in patients with back pain admitted to an orthopedic emergency unit. Einstein (São Paulo) 2015;13(2):243-8.

Guastala FAM, Guerini MH, Klein PF, Leite VC, Cappellazzo R, Facci LM. Effect of global postural re-education and isostretching in patients with nonspecific chronic low back pain: a randomized clinical trial. Fisioter Mov 2016;29(3):515-25.

Silva JAL. A associação entre flexibilidade, capacidade funcional e dor nas lombalgias não específicas. Brasília: Centro Universitário de Brasília (UniCEUB/ICPD); 2016.

Bayramoglu M, Akman MN, Klnç S, Çetin N, Yavuz N, Özker R. Isokinetic measurement of trunk muscle strength in women with chronic low-back pain. Am J Phys Med Rehabil 2001;80(9):650-5.

Souza e Silva AV. Associação de dor nas costas com hipovitaminose D em mulheres na pós-menopausa. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2012.

Kawano MM, Souza RBd, Oliveira BIRd, Menacho MO, Cardoso APRG, Nakamura FY et al. Comparison of electromyographic fatigue of erector spinae muscles and angular kinematic of spine between individuals with and without low back pain. Rev Bras Med Esporte 2008;14(3):209-14.

Costa Dd, Alexandre P. O efeito do treinamento contra resistência na síndrome da dor lombar. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto 2005;5(2):224-34.

Crossman K, Mahon M, Watson PJ, Oldham JA, Cooper RG. Chronic low back pain-associated paraspinal muscle dysfunction is not the result of a constitutionally determined “adverse†fiber-type composition. Spine 2004;29(6):628-34.

Basmajian JV. Electrofisiología de la acción muscular. Buenos Aires/Madrid: Panamericana; 1976.

Monteiro J, Faísca L, Nunes O, Hipólito J. Questionário de incapacidade de Roland Morris: adaptação e validação para a população portuguesa com lombalgia. Acta Médica Portuguesa 2010;23:761-6.

Hermens D, Freriks B. Surface electromyography for the non-invasive assessment of muscles (seniam). 2005. [citado 2013 Maio 12]. Disponível em URL: www. www.seniam.org/

Ponte C. Lombalgia em cuidados de saúde primários. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2005;21(3):259-67.

Almeida I, Sá KN, Silva M, Baptista A, Matos MA, Lessa I. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop 2008;43(3):96-102.

Silva MC, Fassa AG, Valle NCJ. Dor lombar crônica em uma população adulta do Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Cad Saúde Pública 2004;20(2):377-85.

Oliveira CSR. Contextualização da produção científica brasileira sobre obesidade em pessoas idosas (TCC). Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba; 2016.

Souza Magnago TSB, Lisboa MTL, Griep RH, Kirchhof ALC, Camponogara S, Quadros Nonnenmacher C et al. Condições de trabalho, características sociodemográficas e distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem. Acta Paul Enferm 2010;23(2):187-93.

Pazetto JS. Proposta de tratamento para indivíduos com sobrepeso e obesidade que apresentam dores lombares através do método Pilates. Criciúma: UNESC; 2012.

Oliveira RM, Leite ACS, Silva LMS, Almeida PC, Oliveira SKP, Chaves ACP. Comparative analysis of functional capacity among women with fibromyalgia and low back pain. Revista Dor 2013;14(1):39-43.

Harreby M, Nygaard B, Jessen T, Larsen E, Storr-Paulsen A, Lindahl A, et al. Risk factors for low back pain in a cohort of 1389 Danish school children: an epidemiologic study. Eur Spine J 1999;8(6):444-50.

Grabois M. Management of chronic low back pain. Am J Phys Med Rehabil 2005;84(3):S29-S41.

Haldeman S. Low back pain: current physiologic concepts. Neurologic Clinics 1999;17(1):1-15.

Negrelli WF. Hérnia discal: procedimentos de tratamento. Acta Ortop Bras 2001;9(4):39-45.

Vey APZ, da Silva AC, de Lima FST. Análise de dor nas costas em estudantes de graduação. Disciplinarum Scientia Saúde 2016;14(2):217-25.

Silva JN, Neto RC. Prevalência de dor lombar em pessoas que trabalham na postura sentada. UNILUS Ensino e Pesquisa 2016;13(32):67-75.

Macedo ED, Blank VLG. Processo de trabalho e prevalência de dor lombar em motoristas de caminhões transportadores de madeira, no sul do Brasil. Cad Saúde Coletiva (Rio J) 2006;14(3):435-50.

Lopes AD, Ciconelli RM, Reis FB. Quality of life and health status evaluation measurements. Rev Bras Ortop 2007;42(11-12):355-9.

Potvin J, O'brien P. Trunk muscle coâ€contraction increases during fatiguing, isometric, lateral bend exertions: possible implications for spine stability. Spine 1998;23(7):774-80.

Santos MM, Gallo AP. Lombalgia gestacional: prevalência e características de um programa pré-natal. Arq Bras Ciênc Saúde 2010;35(3):174-9.

Kankaanpää M, Taimela S, Laaksonen D, Hänninen O, Airaksinen O. Back and hip extensor fatigability in chronic low back pain patients and controls. Arch Phys Med Rehabil 1998;79(4):412-7.

Barbosa FSS. Atividade eletromiográfica dos músculos eretores da espinha durante contração isométrica contínua em diferentes níveis de carga: efeito de um protocolo de treinamento de resistência isométrica [Tese]. Rio Claro: UNESP; 2005.

Oliveira RANS. Estudo longitudinal sobre factores de risco biomorfológicos e psicossociais associados aos problemas músculo-esqueléticos da coluna lombar em adolescentes [Tese]. Lisboa: Universidade de Lisboa; 2010.

Luoto S, Heliövaara M, Hurri H, Alaranta H. Static back endurance and the risk of low-back pain. Clinical Biomech 1995;10(6):323-4.

Latimer J, Maher CG, Refshauge K, Colaco I. The reliability and validity of the Biering–Sorensen test in asymptomatic subjects and subjects reporting current or previous nonspecific low back pain. Spine 1999;24(20):2085.

Gomes WA, Lopes CR, Marchetti PH. The central and peripheric fatigue: a brief review of the local and non-local effects on neuromuscular system. Revista CPAQV 2016;8(1):2.

Chok B, Lee R, Latimer J, Tan SB. Endurance training of the trunk extensor muscles in people with subacute low back pain. Phys Ther 1999;79(11):1032-42.

Hides J, Stokes M, Saide M, Jull G, Cooper D. Evidence of lumbar multifidus muscle wasting ipsilateral to symptoms in patients with acute/subacute low back pain. Spine 1994;19(2):165-72.

Hides JA, Richardson CA, Jull GA. Multifidus muscle recovery is not automatic after resolution of acute, firstâ€episode low back pain. Spine 1996;21(23):2763-9.

Wilke H-J, Wolf S, Claes LE, Arand M, Wiesend A. Stability increase of the lumbar spine with different muscle groups: a biomechanical in vitro study. Spine 1995;20(2):192-7.

Downloads

Publicado

2017-05-02

Edição

Seção

Artigos originais