Avaliação fisioterapêutica nas disfunções do assoalho pélvico consequente ao tratamento de câncer do colo do útero

Autores

  • Even Tainah Tavares Menezes UNICAMP
  • Rafaela Dórea Santos Rodrigues Clí­nica Contornare, Recife/PE
  • Lucieny da Silva Pontes UEPA
  • George Alberto da Silva Dias UEPA
  • Gustavo Fernando Sutter Latorre Portal perineo.net
  • Erica Feio Carneiro Nunes UEPA

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v18i2.797

Resumo

Introdução: O câncer de colo do útero se apresenta como a segunda neoplasia maligna mais comum entre as mulheres. Seu tratamento consiste principalmente em cirurgias, quimioterapia e radioterapia, o que pode trazer como consequência disfunções no assoalho pélvico. Objetivo: Objetivou-se neste estudo avaliar as disfunções do assoalho pélvico consequente ao tratamento de câncer do colo do útero. Material e métodos: Durante a coleta de dados foram avaliadas 12 mulheres, investigando presença de dispareunia, grau de força da musculatura pélvica, presença de disfunção miccional e existência de estenose vaginal. Resultados: Ao verificar dispareunia, observou-se que 75% das pacientes relataram dor durante a relação sexual. No que diz respeito í  força dos músculos do assoalho foi verificado que 41,7% das mulheres apresentavam AFA 2. Quanto í  presença de disfunção miccional, nenhuma das pacientes relatou alguma disfunção. Ao verificar presença de estenose vaginal, observou-se uma media de 6,63. Quando comparado o número de sessões de radioterapia com a estenose vaginal, não houve significância estatí­stica devido ao número restrito da amostra. Conclusão: Com o trabalho pode-se concluir que entre as participantes deste estudo, todas apresentaram alguma disfunção do assoalho pélvico após o tratamento de câncer do colo do útero.

Palavras-chave: neoplasias do colo do útero, colo do útero, saúde sexual, incontinência urinária.

 

Biografia do Autor

Even Tainah Tavares Menezes, UNICAMP

Fisioterapeuta especialista em Saúde da Mulher pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Clí­nica Sófisio, Belém/PA

Rafaela Dórea Santos Rodrigues, Clí­nica Contornare, Recife/PE

Fisioterapeuta especialista em fisioterapia hospitalar, Clí­nica Contornare, Recife/PE

Lucieny da Silva Pontes, UEPA

Ft., M.Sc., Docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA)  

George Alberto da Silva Dias, UEPA

Pós-Doutor em Doenças Tropicais (UFPA), Docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA)  

Gustavo Fernando Sutter Latorre, Portal perineo.net

Fisioterapeuta pélvico, Portal perineo.net, Florianópolis SC

Erica Feio Carneiro Nunes, UEPA

Ft., M.Sc.,  Docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA)  

Referências

Borges CAM, Silveira CF, Lacerda PCMT, Nascimento MTA. Análise dos métodos de avaliação, dos recursos e dos reconhecimentos da fisioterapia oncológica nos hospitais públicos do Distrito Federal. Rev Bras Cancerol 2008;54(4):333-44.

Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Estimativa 2016. Incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2015.

Meira KC. Perfil de mortalidade por câncer do colo do útero no município do Rio de Janeiro no período 1999-2006. Rev Bras Cancerol 2011;57(1):7-14.

Marques AA, Silva MPP, Amaral MTP. Tratado de fisioterapia em saúde da mulher. 1° ed. São Paulo: Roca; 2011.

Vidal MLB. Efeitos adversos tardios subsequentes ao tratamento radioterápico para câncer de colo uterino na bexiga, reto e função sexual [Dissertação]. Rio de Janeiro: INCA; 2008. 94f.

Butler RN, Lewis MI. Sexo e amor na terceira idade. 2º ed. São Paulo: Summus; 1976.

Nascimento SM. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico na mulher com incontinência urinária de esforço após cirurgia de Wertheim-Meigs: revisão de literatura. Rev Bras Cancerol 2009;55(2):157-63.

Noronha FA. Avaliação das repercussões do tratamento para câncer invasor do colo uterino no assoalho pélvico. São Paulo: Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista; 2007.

Bernardo BC, Lorenzato FRB, Figueiroa JN, Kitoko PM. Disfunção sexual em pacientes com câncer do colo uterino avançado submetidas à radioterapia exclusiva. Rev Bras Ginecol Obstet 2007;29(2):85-90.

Frigo LF, Zambarda SO. Câncer do colo de útero: efeitos do tratamento. Cinergis 2015;16(3):164-8.

Lima CA, Palmeira JAV, Cipolotti R. Fatores associados ao câncer do colo uterino em Propriá, Sergipe, Brasil. Cad Saúde Pública 2006;22(10):2151-6.

Nakagawa JT, Espinosa MM, Barbieri M, Schirmer J. Fatores associados ao câncer invasivo do colo do útero no estado de Mato Grosso. Cienc Cuid Saúde 2010;9(4):799-805.

Weijamar Schultz WCMW, Van De Wiel BMV. Sexuality, intimacy, and gynecological cancer. Journal of Sex Marital Therapy 2003;29:121-8.

Arshi SD, Jane M. Interventions for the physical aspects of sexual dysfunction in women following pelvic radiotherapy. The Cochrane Library; 2009.

Davi F. Sintomas urinários pós-histerectomia radical: revisão de literatura e análise de dados. Revista Femina 2009;37(8).

Fitz FF, Santos ACC, Stupp A, Bernardes APMR, Marx AG. Impacto do tratamento do câncer de colo uterino no assoalho pélvico. Femina 2011;39(8).

Downloads

Publicado

2017-05-02

Edição

Seção

Caderno Uro-ginecologia