Lian Gong como forma de melhorar a qualidade de vida de idosos institucionalizados

Autores

  • Carina Tárzia Kakihara Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v12i2.804

Resumo

O envelhecimento populacional caracteriza-se pelo acúmulo de incapacidades progressivas nas suas atividades funcionais e de vida diária. O acelerado ritmo de envelhecimento no Brasil cria novos desafios para a sociedade brasileira contemporânea, onde esse processo ocorre num cenário de profundas transformações sociais, urbanas, industriais e familiares. Os idosos institucionalizados apresentam um perfil diferenciado, grande ní­vel de sedentarismo, carência afetiva, perda de autonomia causada por incapacidades fí­sicas e mentais e insuficiência de suporte financeiro. Um meio que oportuniza a realização do sentir, do refletir e do conscientizar sobre o envelhecimento é através da vivência de ginástica terapêutica chinesa denominada Lian Gong, que permite ao indiví­duo se mover respeitando sua condição fí­sica. O objetivo do presente trabalho foi analisar a qualidade de vida dos idosos, após a intervenção terapêutica do Lian Gong, com o questionário de qualidade de vida SF-36. Participaram deste projeto idosos institucionalizados, de ambos os sexos, acima de 59 anos, que foram submetidos a um programa de exercí­cios do Lian Gong durante sete semanas consecutivas duas vezes por semana. Dos seis domí­nios do SF-36: capacidade funcional, dor, estado geral de saúde, aspectos sociais, limitações por aspectos emocionais e saúde mental, apenas o aspecto dor apresentou diferença estatisticamente significante (p = 0,05). Os resultados sugerem que essa ginástica terapêutica é eficaz no tratamento de idosos institucionalizados e pode modificar a qualidade de vida.

Palavras-chave: idosos, qualidade de vida, fisioterapia.

Biografia do Autor

Carina Tárzia Kakihara, Universidade Paulista

Ft., M.Sc., Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Paulista, São Paulo

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Publicado

2017-05-20

Edição

Seção

Artigos originais