Efeito imediato da técnica de compressão isquêmica na inibição de pontos gatilhos
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v12i5.933Resumo
Introdução: Os pontos gatilhos são manifestações comumente encontradas na Síndrome Dolorosa Miofascial, associados í presença de músculos em estado de encurtamento ou contratura, com aumento do tônus e rigidez. A técnica de compressão isquêmica é um dos vários tratamentos propostos para inibir os pontos gatilhos. Objetivo: Avaliar o efeito imediato da técnica de compressão isquêmica na inibição de pontos gatilhos do músculo trapézio superior, através da percepção dolorosa subjetiva e da análise eletromiográfica do referido músculo. Método: Participaram do presente estudo 24 indivíduos com presença de ponto gatilho latente ou ativo. Foram analisados os dados coletados na escala visual analógica adaptada e os valores médios das aquisições RMS (Root Mean Square) da eletromiografia de superfície, antes e após a aplicação da técnica, pelo teste de Wilcoxon, considerando-se um nível de significância p ≤ 0,05. Resultados: Houve diferença estatisticamente significante na avaliação da escala visual analógica (p = 0,0002), porém a análise do sinal eletromiográfico do músculo trapézio superior não revelou diferenças com significância estatística (p = 0,4772). Conclusão: A técnica de compressão isquêmica foi eficaz apenas em reduzir imediatamente o quadro álgico provocado pelo ponto gatilho, sem alterações significantes no sinal eletromiográfico do músculo trápezio superior.
Palavras-chave: síndromes da dor miofascial, compressão isquêmica, eletromiografia, medição da dor.
Referências
Wheeler AH, Aaron GW. Muscle pain due to injury. Curr Pain Headache Rep 2001;5:441-6.
Musse CAI. SÃndrome dolorosa miofascial. In: Lianza S. Medicina de Reabilitação. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p.151-69.
Balbinot LF. Termografia computadorizada na identificação de trigger points miofasciais [Dissertação]. Florianópolis: Universidade do Estado de Santa Catarina; 2006.
Bigongiari A, Franciulli PM, Souza FA, Mochizuki L, Araujo RC. Análise da atividade eletromiográfica de superfÃcie de pontos gatilhos miofasciais. Rev Bras Reumatol 2008;48(6):319-24.
Kostopoulos D, Rizopoulos K. Pontos-gatilho miofasciais: teoria, diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p. 20-22.
Simons DG. Understanding effective treatments of myofascial trigger points. J Bodyw Mov Ther 2002;6(2):81-8.
Gerwin RD. A review of myofascial pain and fibromialgia – factors that promote their persistence Acupunct Med 2005;23(3):121-34.
Greve JMD, Oliveira RP, Tarrico MA, Barros TEP. SÃndromes dolorosas miofasciais da região cervical: diagnóstico e tratamento. Rev Bras Ortop 1993;28(3):100-4.
Rickards LD. The effectiveness of non-invasive treatments for active myofascial trigger point pain: a systematic review of the literature. Int J Osteopath Med 2006;9(4):120-36.
De las Peñas CF, Sohrbeck CM, Fernandez CJ, Miangolarra PJC. Manual therapies in myofascial trigger point treatment: a systematic review. J Bodyw Mov Ther 2005;9(1):27-34.
Amorin LJ. Análise eletromiográfica durante o movimento de pega de objetos para atividades de vida diária. In: Congresso Brasileiro de Biomecânica: Anais do X Congresso Brasileiro de Biomecânica; 2003; Ouro Preto-MG.[S.l.]:[s.n.]; 2003.p.66-70.
Souza L. Análise eletromiográfica dos efeitos do alongamento estático passivo no músculo sóleo [Monografia]. Cascavel: Curso de Fisioterapia da Unioeste; 2004.
Hou C-R, Tsai L-C, Cheng K-F, Chung K-C, Hong C-Z. Immediate effects of various physical therapeutic modalities on cervical myofascial pain and trigger-point sensitivity. Arch Phys Med Rehabil 2002;83:1406-14.
Simons DG, Travell JG, Simons LS. Myofascial pain and dysfunction: the trigger point manual. 2 ed. Baltimore: Wiliams & Wilkins; 1999.
Gerwin RD, Shannon S, Hong C-Z, Hubbard D, Gevirtz R. Interrater reliability in myofascial trigger point examination. Pain 1997;69:65-73.
Carvalho DS, Kowacs PA. Avaliação da intensidade de dor. Migrâneas e Cefaléias 2006;9(4):164-8.
Seniam Group. Recommendations of Sensor Locations [Internet]. Netherlands. [citado 2009 Jan 20]. DisponÃvel em: URL: http://www.seniam.org.
De Luca CJ. A Practicum on the use of surface EMG signals in movement sciences. Section 2: Technology and the Quality of the sEMG Signal. Delsys [Internet]. 2008. [citado 2009 Jan 22]. DisponÃvel em URL: http://www.delsys.com.
Hong C-Z, Chen Y-C, Pon C H, Yu J. Immediate effects of various physical medicine modalities on pain threshold of an active myofascial trigger point. J Muscoskel Pain 1993;1:37-53.
Hanten WP, Olson SL, Butts NL, Nowicki AL. Effectiveness of a home program of ischemic pressure followed by sustained stretch for treatment of myofascial trigger points. Phys Ther 2000;80:997-1003.
Fryer G, Hodgson L. The effect of manual pressure release on myofascial trigger points in the upper trapezius muscle. J Bodyw Mov Ther 2005;9:248-55.
De las Peñas CF, Alonso-Blanco C, Fernandez-Carnero J, Miangolarra-Page CJ. The immediate effect of ischemic compression technique and transverse friction massage on tenderness of active and latent myofascial trigger points: a pilot study. J Bodyw Mov Ther 2006;10(1):3-9.
Gemmell H, Miller P, Nordstrom H. Immediate effect of ischaemic compression and trigger point pressure release on neck pain and upper trapezius trigger points: a randomised, controlled trial. Clin Chiropractic 2008;11(1):30-6.
Carvalho LC, Marinho LF, Ferreira JJA, Guedes DT. Eletromiograma superficial na avaliação da função muscular de pacientes hemiparéticos sob tratamento fisioterapêutico [online]. In: II Congresso Latinoamericano de IngenierÃa Biomédica; 2001; La Habana, Cuba. [citado 2009 Nov 10]. DisponÃvel em: URL: http://www.hab2001.sld.cu/arrepdf/00122.pdf.
Simons DG. Review of enigmatic MTrPs as a commom cause of enigmatic musculoskeletal pain and dysfunction. J Electromyogr Kinesiol 2004;14:95-107.
Wolens D. The miofascial pain syndrome: a critical appraisal. Am Phys Med Rehabil 1998;12(2):299-316.
Hubbard DR, Berkoff GM. Myofascial trigger point show spontaneous needle EMG activity. Spine 1993;18(13):1803-7.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.