Desenvolvimento de biscoito isento de glúten com recheio de manga (Mangifera indica L.) e enriquecido com ferro

Autores

  • Luisa Costa de Oliveira Centro Universitário Jorge Amado, Salvador/BA

DOI:

https://doi.org/10.33233/nb.v15i2.188

Resumo

A Doença Celí­aca é uma doença que se caracteriza pela intolerância ao consumo do glúten. Dentre os minerais comprometidos em sua absorção está o ferro, que pode ter sua carência aumentada tanto pela deficiência na oferta alimentar, como na insuficiência de absorção ou aumento na perda pelo intestino. Assim, este trabalho objetivou desenvolver um biscoito isento de glúten para pacientes celí­acos avaliando sua composição centesimal, aceitabilidade e intenção de compra. Em substituição í  farinha de trigo, foi elaborado um mix de farinhas amiláceas e quinoa e enriquecido com sulfato ferroso, além de uma geléia de manga para conferir sabor ao produto. O biscoito desenvolvido contou com a aplicação de sulfato ferroso, o que contribuiu para os resultados positivos quanto ao teor de ferro na porção do produto (20 mg/100g). A composição centesimal do biscoito desenvolvido apresentou os seguintes resultados por 100 g de produto: 339,50 kcal, 14,87% umidade, 0,16% cinzas, 8,01% proteí­nas, 0,50% lipí­dios, 76,83% carboidratos e 1,02% fibras. Sensorialmente, todos os atributos avaliados apresentaram altos í­ndices de aceitabilidade (> 70%) e 41,5% dos julgadores afirmaram que "certamente comprariam" o biscoito. Assim, os resultados obtidos demonstraram que o biscoito desenvolvido constitui-se em um lanche viável, prático e nutritivo para o público-alvo a que se destina.

Palavras-chave: glúten, biscoito, doença celí­aca, ferro, produto enriquecido. 

Biografia do Autor

Luisa Costa de Oliveira, Centro Universitário Jorge Amado, Salvador/BA

Nutricionista, Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Jorge Amado, Salvador/BA

Referências

Araujo HMC, Araújo WMC, Botelho RBA, Zandonadi RP. Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida. Rev Nutr 2010; 23(3):467-74.

Castro-Antunes MM, Magalhães R, Nobre JMM, Duarte BP, Silva GAP. Doença celíaca em familiares de primeiro grau de portadores. J Pediatr 2010;86(4):331-6.

Silva TSG, Furlanetto TW. Diagnóstico de doença celíaca em adultos. Rev Assoc Med Bras 2010;56(1):122-6.

Rauen MS, Back JCV, Moreira EAM. Doença celíaca: sua relação com a saúde bucal. Rev Nutr 2005;18(2):271-6.

Zaltman C, Costa MHM. Deficiência de ferro nas afecções gastrointestinais do adulto. Rev Bras Hematol Hemoter 2010;32(Supl2):70-7.

Cassol CA, Pellegrin CP, Wahys MLC, Pires MMS, Nassar SM. Perfil clínico dos membros da associação dos celíacos do Brasil: regional de Santa Catarina (ACELBRA-SC). Arq Gastroenterol 2007;44(3):257-65.

Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol 1999;36(4):244-57.

FENACELBRA – Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil. Guia orientador para celíacos. São Paulo: Escola nacional de Defesa do Consumidor, Ministério da Justiça; 2010.

Rodrigues LP, Jorge SRPF. Deficiência de ferro na mulher adulta. Rev Bras Hematol Hemoter 2010;32(Supl2):49-52.

[S.A.] Panificação: os ingredientes enriquecedores. Food Ingredients Brasil 2009;10:22-7.

Maciel MIS, Melo EA, Lima VLAG, Silva WS, Maranhão CMC, Souza KA. Características sensoriais e físico-química de geléias mistas de manga e acerola. B CEPPA 2009:27(2):247-56.

Spehar CR. 2006 Adaptação da quinoa (Chenopodium quinoa Willd.) para incrementar a diversidade agrícola e alimentar no Brasil. Caderno de Ciências & Tecnologia 2006;23(1):41-62.

PROCISUR/ICCA - Programa Cooperativo para el Desarrollo Tecnológico Agropecuário del Cono Sur/Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura. Disponível em URL: http://www.infoagro.gov.br/index1.htm. 1997.

Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4ª ed. São Paulo: IAL; 2004.

Franco G. Tabela de composição química dos alimentos. Rio de Janeiro: Atheneu; 2004.

Dutcosky SD. Análise Sensorial de Alimentos. Curitiba: Champagnat; 2007. 210 p.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº196 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário oficial da União, 10 de outubro de 1996.

Brasil. Agencia nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº263 de 22 de setembro de 2005. Dispõe sobre Regulamento técnico para produtos de cereais, amido, farinhas e farelos. Diário oficial da União, 23 de setembro de 2005.

Brasil. Agencia nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº31 de 13 de janeiro de 1998. Dispõe sobre Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. Diário oficial da União, 16 de janeiro de 1998.

Brasil. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC 359, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre Aprova Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, de 26 de dezembro de 2003.

Organização Mundial da Saúde. A anemia ferropriva: avaliação, prevenção e controle: um guia para gestores de programas. Genebra: OMS; 2009.

Cançado RD. Deficiência de ferro: causas, efeitos e tratamento. RBM Especiais 2008;65(Supl):17-26.

Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti. Manual do paciente: anemia hemolítica hereditária I (anemia falciforme). Rio de Janeiro: AFARJ; 2004.

Koziol MJ. Composición química. In: WAHLI, C. Quinua hacia su cultivo comercial. Quito: Latinreco; 1990. p.137-59.

Cocato ML, Re MI, Trindade Neto MA, Chiebão HP, Colli C. Avaliação por métodos in vitro e in vivo da biodisponibilidade de sulfato ferroso microencapsulado. Rev Nutr 2007;20(3):239-47.

Lopes AC, Victoria CR. Ingestão de fibra alimentar e tempo de transito colônico em pacientes com contistação funcional. Arq Gastroenterol 2008;45(1):58-63.

Maffei HVL. Constipação crônica funcional: com que fibra suplementar? J Pediatr 2004;80(3):167-9.

Downloads

Publicado

2016-08-16

Edição

Seção

Artigos originais