Hipertensão arterial auto-referida, estado nutricional e consumo alimentar de idosos participantes de um grupo da terceira idade do municí­pio de Espera Feliz/MG

Autores

  • Juliana Câmara de Souza FAMINAS
  • Danielle Cristina Guimarães da Silva UFV

DOI:

https://doi.org/10.33233/nb.v16i1.737

Resumo

O presente estudo foi realizado em 2013 com objetivo de descrever a prevalência de hipertensão arterial auto-referida, apresentar o estado nutricional e dados do consumo alimentar de idosos do municí­pio de Espera Feliz/MG. Os dados foram obtidos através de um questionário, aplicado a 60 idosos. Dentre os entrevistados, 34 (57%) relataram apresentar o diagnóstico de hipertensão arterial. Para o estado nutricional, 35 (58%) dos participantes apresentaram obesidade e a circunferência da cintura apresentou-se elevada na maioria dos entrevistados. 6 (32%) do sexo masculino, e 32 (78%) do sexo feminino. Em relação ao consumo alimentar, verduras, legumes, frutas e carnes não foram considerados hábito alimentar do grupo, sendo que o consumo de sal se apresentou acima do recomendado na alimentação da maioria dos entrevistados. A partir do perfil antropométrico e consumo alimentar do grupo estudado, é necessário que esses idosos recebam orientações de alimentação saudável, para dessa forma evitar o desenvolvimento de doenças crônicas como a hipertensão arterial.

Palavras-chave: doenças crônicas, hipertensão arterial, estado nutricional. 

Biografia do Autor

Juliana Câmara de Souza, FAMINAS

Nutricionista pela Faculdade de Minas, FAMINAS Campus Muriaé/MG

Danielle Cristina Guimarães da Silva, UFV

Doutoranda em Ciência da Nutrição, Universidade Federal de Viçosa/UFV

Referências

Panziera FB, Dorneles MM, Durgante PC, Silva VLP. Avaliação da ingestão de minerais antioxidantes em idosos. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(1):49-58.

Najas MS, Andreazza R, Souza ALM, Sachs A, Guedes ACB, Sampaio L, Ramos LR, Tudisco ES. Padrão alimentar de idosos de diferente estratos socioeconômicos residentes em localidade urbana da região sudeste, Brasil. Rev Saúde Pública 1994;28(3):187-91.

Baraldi GS, Almeida lC, Borges ACLC. Perda auditiva e hipertensão: achados em um grupo de idosos. Rev Bras Otorrinolaringol 2004;70(5):640-44.

Gomes BMR, Alves JGB. Prevalência de hipertensão arterial e fatores associados em estudantes de Ensino Médio de escolas públicas da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil, 2006. Cad Saúde Pública 2009;25(2):375-381.

Harris NG. Nutrição no envelhecimento. In: Mahan K, Moriguti JC, Oliveira JE, Marchine JS, eds. Nutrição no idoso. Ciências nutricionais. São Paulo: Savier; p.239-51, 2002.

Costa JSD, Barcellos FC, Sclowitz ML, Sclowitz IKT, Castanheira M, Olinto MTA, Menezes AMB, Gigante DP, Macedo S, Fuchs SC. Prevalência de hipertensão arterial em adultos e fatores associados: um estudo de base populacional urbana em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Arq Bras Cardiol 2007;88(1):59-65.

Sabry MOD, Sampaio HAC, Silva MGC. Hipertensão e obesidade em um grupo populacional no Nordeste do Brasil. Rev Nutr 2002;15(2):139-47.

Campos MAG, Pedroso ERP, Lamounier JA, Colosimo EA, Abrantes MM. Estado nutricional e fatores associados em idosos. Rev Assoc Med Bras 2006;52(4):214-21.

Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr 2005;18(3):357-65.

Associação Nacional de Empresas de Pesquisa (ABEP) (2012). Critério de classificação econômica Brasil. [Internet]. [citado 2015 fev 25]. Disponível em URL: http//www.abep.com.br.

Lima-Costa MF, Peixoto SV, Firmo JOA. Validade da hipertensão arterial auto-referida e seus determinantes (projeto Bambuí). Rev Saúde Pública 2004;38(5):637-42.

SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010;95:Suppl1:1-3.

Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc 1985;33(2):116-20.

Lipschitz; D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care 1994;21(1): 5-67.

Abreu WC, Franceschini SCC, Tinoco ALA, Pereira CAS, Silva MMS. Inadequação no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestão energética de idosos matriculados no Programa Municipal da Terceira Idade de Viçosa (MG). Rev Baiana Saúde Pública 2008;32(2):190-202.

Santos JS, Costa MCO, Nascimento Sobrinho CL, Silva MCM, Souza KEP, Melo BO. Perfil antropométrico e consumo alimentar de adolescentes de Teixeira de Freitas-Bahia. Rev Nutr 2005;18(5):623-32.

Borelli FAO, Sousa MG, Passarelli Júnior O, Pimenta E, Gonzaga C, Cordeiro A, Lotaif L, Amodeo C. Hipertensão arterial no idoso: importância em se tratar. Rev Bras Hipertens 2008;15(4):236-9.

Miranda RD, Perrotti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS, Toniolo Neto J. Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia, no diagnóstico e no tratamento. Rev Bras Hipertens 2002;9(3):293-300.

Zaitune MPA, Barros MBA, César CLG, Carandina L, Goldbaum M. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2006;22(2):285-94.

Longo MAT, Marteli A, Zimmermann A. Hipertensão Arterial Sistêmica: aspectos clínicos e análise farmacológica no tratamento dos pacientes de um setor de Psicogeriatria do Instituto Bairral de Psiquiatria, no município de Itapira, SP. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(2):271-84.

Lyra Júnior DP, Amaral RT, Veiga EV, Cárnio EC, Nogueira MS, Pelá IR. A farmacoterapia no idoso: revisão sobre a abordagem multiprofissional no controle da hipertensão arterial sistêmica. Rev Latino-am Enfermagem 2006;14(3):435-41.

Amado TCF, Arruda IKG. Hipertensão Arterial no idoso e fatores de risco associados. Rev Bras Nutr Clín 2004;19(2):94-9.

Rosa ML, Mesquita ET, Rocha ER, Fonseca VM. Body mass index and waist circumference as markers of arterial hypertension in adolescents. Arq Bras Cardiol 2007;88:573-8.

Jardim PCBV, Gondim MRP, Monego ET, Moreira HG, Vitorino PVO, Souza WKSB, Scala LCN. Hipertensão arterial e alguns fatores de risco em uma capital brasileira. Arq Bras Cardiol 2007;88(4):452-7.

Rondon MUP, Brum PC. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens 2003;10(2):134-9.

Nóbrega ACL, Freitas EV, Oliveira MAB, Leitão MB, Lazzoli JK, Nahas RM et al. Posicionamento oficial da Sociedade brasileira de medicina do esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria: atividade física e saúde no idoso. Rev Bras Med Esporte 1999;5(6):207-11.

Bloch KV, Rodrigues CS, Fiszman R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial - uma revisão crítica da literatura brasileira. Rev Bras Hipertens 2006;13(2):134-43.

Pires SL, Gagliardi RJ, Gorzoni ML. Estudo das freqüências dos principais fatores de risco para acidente vascular cerebral isquêmico em idosos. Arq Neuro-Psiquiatr 2004;62(3):844-51.

Silva JLL, Souza SL. Fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica versus estilo de vida docente. Revista Eletrônica Enfermagem 2004;6(3):330-5.

Ferreira CCC, Peixoto MRG, Barbosa MA, Silveira EA. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em idosos usuários do Sistema Único de Saúde de Goiânia. Arq Bras Cardiol 2010;95(5):621-8.

Caetano JA, Costa AC, Santos ZMSA, Soares E. Descrição dos fatores de risco para alterações cardiovasculares em um grupo de idosos. Texto Contexto Enferm 2008;17(2):327-35.

Pressuto J, Carvalho EC. Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Rev latino-am Enfermagem 1998;6(1):33-9.

Rique ABR, Soares EA, Meirelles CM. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Bras Med Esporte 2002;8(6):244-54.

Carvalho API, Zanardo VPS. Consumo de água e outros líquidos em adultos e idosos residentes no município de Erechim-Rio Grande do Sul. Perspectiva 2010;34(125): 117-26.

Fonteles JL, Santos ZMSA, Silva MP. Estilo de vida de idosos hipertensos institucionalizados : Análise com foco na educação em saúde. Revista Rene 2009;10(3):53-60.

Mondini L, Monteiro CA. 1994. Mudanças no padrão de alimentação na população brasileira (1962-1988). Rev Saúde Pública 28:433-9.

Chiara VL, Sichieri R, Carvalho TSF. Teores de ácidos graxos trans de alguns alimentos consumidos no Rio de Janeiro. Rev Nutr 2003;16(2):227-33.

Nilson EAF, Jaime PC, Resende DO. Iniciativas desenvolvidas no Brasil para a redução do teor de sódio em alimentos processados. Rev Panam Salud Publica 2012;34(4):287-92.

Figueiredo ICR, Jaime PC, Monteiro CA. Fatores associados ao consumo de frutas, legumes e verduras em adultos da cidade de São Paulo. Rev Saúde Pública 2008;42(5):777-85.

Schlindwein MM, Kassouf AL. Análise da influência de alguns fatores socioeconômicos e demográficos no consumo domiciliar de carnes no Brasil. Rev Econ Sociol Rural 2006;44(3):549-72.

Pereira GAP, Genaro OS, Pinheiro MM, Szejnfeld VL, Martini LA. Cálcio dietético - estratégias para otimizar o consumo. Rev Bras Reumatol 2009;49(2):164-71.

Aquino RC, Philipp ST. Consumo infantil de alimentos industrializados e renda familiar na cidade de São Paulo. Rev Saúde Pública 2002;36(6):655-60.

Coca AL, Gripp DB, Schinestzki ECV, Gianlupi K, Liberali R, Coutinho VF. Consumo alimentar e sua influência no controle da hipertensão arterial de adultos e idosos de ambos os sexos em uma unidade básica de saúde em Dourados-MS. RBCEH 2010;7(2):244-57.

Downloads

Publicado

2017-02-11

Edição

Seção

Artigos originais