Influência da obesidade na bainha de mielina do sistema nervoso central

Autores

  • Cristina Camillio UNESP
  • Ana Carolina Inhasz Kiss UNESP
  • Débora Cristina Damasceno UNESP

DOI:

https://doi.org/10.33233/nb.v16i1.741

Resumo

Obesidade é definida como o acúmulo de gordura anormal ou excessiva que apresenta riscos í  saúde. O entendimento e o estudo da obesidade são de grande importância uma vez que essa doença atinge de forma global muitos indiví­duos. O controle do balanço entre o consumo de alimentos e o gasto de energia é controlado por áreas do sistema nervoso central (SNC). Por isso, a integridade cerebral é fundamental para que haja um controle eficaz da ingestão de nutrientes. Alterações causadas pela obesidade que levem a alterações no SNC podem causar danos a esse controle. Presente nos neurônios do Sistema Nervoso Central, a mielina é uma substância rica em lipí­dios e proteí­nas. A membrana plasmática das células que formam bainha de mielina é constituí­da por 70% de lipí­dios e 30% de proteí­nas, enquanto as outras membranas possuem 35% de lipí­dios e 65% de proteí­nas. Frente í  necessidade de investigação sobre os efeitos da obesidade na bainha de mielina nos neurônios do sistema nervoso central, foi realizada uma revisão de literatura.

Palavras-chave: obesidade, bainha de mielina, sistema nervoso central.

Biografia do Autor

Cristina Camillio, UNESP

Laboratório de Pesquisa Experimental de Ginecologia e Obstetrí­cia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp, Botucatu/SP

Ana Carolina Inhasz Kiss, UNESP

Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências de Botucatu, Unesp, Botucatu/SP

Débora Cristina Damasceno, UNESP

Laboratório de Pesquisa Experimental de Ginecologia e Obstetrí­cia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp, Botucatu/SP

Referências

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 3.ed. Itapevi/SP: AC Farmacêutica; 2009.

Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.

Ahima RS, Flier JS. Leptin. Ann Rev Physiol 2000;62:413-37.

Romero CEM, Zanesco A. O papel dos hormônios leptina e grelina na gênese da obesidade. Rev Nutr 2006;19(1):85-91.

Marques-Lopes I. Aspectos genéticos da obesidade.Rev Nutr 2004;17(3):327-38.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares, 2010 [citado 2016 Oct 24]. Disponível em URL: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=25

Pelosi P, Croci M, Ravagnan I, Tredici S, Pedoto A, Lissoni A, Gattinoni L. The effects of body mass on lung volumes, respiratory mechanics, and gas exchange curing general anesthesia. Anesth Analg 1998;87(3):654-60.

Jones RL, Nzekwu MM. The effects of body mass index on lung volumes. Chest 2003;130(3):827-33.

Zerah F., Harf A, Perlemuter L, Lorino H, Lorino AM, Atlan G. Effects of obesity on respiratory resistance. Chest 1993;103(5):1470-6.

Choi S, Snider AJ. Sphingolipids in high fat diet and obesity-related diseases. Mediators Inflamm 2015;520618. doi: 10.1155/2015/520618.

Feijó SG, Lima JMC, Oliveira MAA, Patrocínio RMV, Moura-Junior LG, Campos AB, Lima JWO, Braga LLBC. The spectrum of non alcoholic fatty liver disease in morbidly obese patients. Prevalence and associate risk factors. Acta Cir Bras 2013;28(11):788-93.

Kelly RK, Magnussen CG, Sabin MA, Cheung M, Juonala M. Development of hypertension in overweight adolescents a review. Adolesc Health Med Ther 2015;6:171-87.

Suplicy H. Obesidade visceral, resistência à insulina e hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens 2000;7(2):136-41.

Klenov VE, Jungheim ES. Obesity and reproductive function: a review of the evidence. Curr Opin Obstet Gynecol 2014;26(6):455-60.

Alves MG, Jesus TT, Sousa M, Goldberg E, Silva BM, Oliveira PF. Male fertility and obesity: are ghrelin, leptin and glucagon-like peptide-1 pharmacologically relevant? Curr Pharm 2016;22(7):783-91

Singh M. Mood, food, and obesity. Front Psychol. 2014;5:925.

Volkow ND, Wang GJ, Fowler JS, Tomasi D, Baler R. Food and drug reward: overlapping circuits in human obesity and addiction. Curr Top Behav Neurosci 2012;11:1-24.

Rangel A. Regulation of dietary choice by the decision-making circuitry. Nat Neurosci 2013;16(12):1717-24.

Weltens N, Zhao D, Van Oudenhove L. Where is the comfort in comfort foods? Mechanisms linking fat signaling, reward, and emotion. Neurogastroenterol Motil 2014;26(3):303-15.

Lanza H, Grell C, Chung P. Adolescent obesity and future substance use: Incorporating the psychosocial context. J Adolesc 2015;45:20-30.

Damiani D, Damiani D. Sinalização cerebral do apetite. Rev Bras Clin Med 2011;9(2):138-45.

Marques MJ. Células de Schwann. In: Carvalho HF, Collares-Buzato CB. Células: uma abordagem multidisciplinar. Barueri: Manole; 2005. p.250-1.

Nowicki M, Kosacka J, Serke H, Blüher M, Spanel-Borowski K. Altered sciatic nerve fiber morphology and endoneural microvessels in mouse models relevant for obesity, peripheral diabetic polyneuropathy, and the metabolic syndrome. J Neurosci Res 2012;90(1):122-31.

Jayaraman A, Lent-Schochet D, Pike CJ. Diet-induced obesity and low testosterone increase neuroinflammation and impair neural function. J Neuroinflammation 2014;11:162.

Sena A, Sarliève LL, Rebel G. Brain myelin of genetically obese mice. J Neurol Sci 1985;68(2-3):233-43.

Downloads

Publicado

2017-02-11