Estudo da correlação entre a força muscular, composição corporal e a insulinemia
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i1.2361Palavras-chave:
porcentagem de gordura corporal; insulina; força muscularResumo
A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública, devido a sua grande e crescente abrangência mundial e as doenças a ela associada, como as cardiovasculares, diabetes do tipo 2, dentre outras. Este fenômeno da crescente obesidade e suas comorbidades não se explica pelo cruzamento Mendeliano e nem pela teoria evolucionista de Darwin. A leptina, hormônio secretado principalmente pelos adipócitos e descoberto recentemente, está na base de sustentação teórica para a explicação deste evento. Autores sugerem que uma resistência hipotalâmica a leptina pode alterar negativamente a saciedade e taxa metabólica basal (TMB), fazendo com que os indivíduos ganhem muita gordura e apresentem altas concentrações de leptina no sangue. O treinamento de força é conhecido por aumentar a TMB, por diversos fatores ajudando de forma decisiva no emagrecimento e, portanto, pode estar relacionado com uma baixa concentração de leptina no sangue. O objetivo deste estudo foi observar possíveis correlações entre variáveis antropométricas [porcentagem de gordura (%gord), massas corporal magra (MCM) e muscular (MM), VO2 e força muscular (FM)] e a insulina sérica. Participaram 5 homens adultos jovens saudáveis, sedentários. Foram utilizados: força-média do teste de 10 repetições máximas para supino reto, puxada dorsal baixa e leg press. Insulina por radioimunoensaio; glicemia plasmática por colorimetria enzimática; amostras coletadas em jejum. Os dados estão expostos como média ± erro padrão; coeficiente de correlação de Pearson; teste "t" de Student, sendo aceito um p ≤ 0,05 como significativo. Média ± erro padrão das variáveis: Porcentual de Gordura = 23,2 ± 2,8; Insulina = 3,5 ± 1,8 ng/dl; Força = 163,6 ± 17,2 kg. Correlações para com a insulina: Porcentagem de Gordura: r = 0,226; Força Muscular: r = - 0,834; p<0,001 para ambas. Os resultados sugerem fortemente que o treinamento da força muscular pode atuar no controle da insulinemia sérica.
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