Estudo da correlação entre a força muscular, composição corporal e a insulinemia

Autores/as

  • Eduardo Hippolyto Latsch Cherem Escola Municipal Ginásio Medalhista Olí­mpico Thiago Braz da Silva
  • Paulo Vanderlei Périco Júnior Academia Body Club Petrópolis
  • Fernando Petrocelli de Azeredo Universidade Estácio de Sá
  • Leonardo Chrysostomo dos Santos Universidade Estácio de Sá

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i1.2361

Palabras clave:

porcentagem de gordura corporal; insulina; força muscular

Resumen

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública, devido a sua grande e crescente abrangência mundial e as doenças a ela associada, como as cardiovasculares, diabetes do tipo 2, dentre outras. Este fenômeno da crescente obesidade e suas comorbidades não se explica pelo cruzamento Mendeliano e nem pela teoria evolucionista de Darwin. A leptina, hormônio secretado principalmente pelos adipócitos e descoberto recentemente, está na base de sustentação teórica para a explicação deste evento. Autores sugerem que uma resistência hipotalâmica a leptina pode alterar negativamente a saciedade e taxa metabólica basal (TMB), fazendo com que os indiví­duos ganhem muita gordura e apresentem altas concentrações de leptina no sangue. O treinamento de força é conhecido por aumentar a TMB, por diversos fatores ajudando de forma decisiva no emagrecimento e, portanto, pode estar relacionado com uma baixa concentração de leptina no sangue. O objetivo deste estudo foi observar possí­veis correlações entre variáveis antropométricas [porcentagem de gordura (%gord), massas corporal magra (MCM) e muscular (MM), VO2 e força muscular (FM)] e a insulina sérica. Participaram 5 homens adultos jovens saudáveis, sedentários. Foram utilizados: força-média do teste de 10 repetições máximas para supino reto, puxada dorsal baixa e leg press. Insulina por radioimunoensaio; glicemia plasmática por colorimetria enzimática; amostras coletadas em jejum. Os dados estão expostos como média ± erro padrão; coeficiente de correlação de Pearson; teste "t" de Student, sendo aceito um p ≤ 0,05 como significativo. Média ± erro padrão das variáveis: Porcentual de Gordura = 23,2 ± 2,8; Insulina = 3,5 ± 1,8 ng/dl; Força = 163,6 ± 17,2 kg. Correlações para com a insulina: Porcentagem de Gordura: r = 0,226; Força Muscular: r = - 0,834; p<0,001 para ambas. Os resultados sugerem fortemente que o treinamento da força muscular pode atuar no controle da insulinemia sérica.

 

Biografía del autor/a

Eduardo Hippolyto Latsch Cherem, Escola Municipal Ginásio Medalhista Olí­mpico Thiago Braz da Silva

Escola Municipal Ginásio Medalhista Olí­mpico Thiago Braz da Silva

Paulo Vanderlei Périco Júnior, Academia Body Club Petrópolis

Academia Body Club Petrópolis, Petrópolis, RJ

Fernando Petrocelli de Azeredo, Universidade Estácio de Sá

Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio da Universidade Estácio de Sá, LAFIEX, nos campi Nova Iguaçu e Petrópolis II, RJ  

Leonardo Chrysostomo dos Santos, Universidade Estácio de Sá

Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio da Universidade Estácio de Sá, LAFIEX, nos campi Nova Iguaçu e Petrópolis II, RJ  

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Publicado

2022-03-04