Respostas agudas da pressão arterial em exercí­cios básicos do treinamento de força

Autores

  • Matheus Rodrigues Paiva UCDB
  • Gabriel da Costa Gomes Rodrigues UCDB
  • Thiago Teixeira Pereira UCDB
  • Gildiney Penaves de Alencar UFMS https://orcid.org/0000-0002-5177-495X
  • Leonardo Emmanuel Medeiros Lima UAM
  • André Luis de Oliveira Krug UCDB
  • Aluisio Fernandes de Souza UCDB

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v18i1.2532

Palavras-chave:

musculação; adaptação fisiológica; pressão arterial

Resumo

O treinamento de força conta com diversos benefí­cios para a saúde, trazendo adaptações positivas no sistema cardiovascular. Desta maneira, o objetivo deste estudo se pautou em identificar as respostas agudas da pressão arterial em exercí­cios básicos do treinamento de força. O estudo foi realizado com 8 praticantes de treinamento de força do sexo masculino (21,4 ± 1,68 anos), com no mí­nimo 1 ano de treinamento ininterrupto, normotensos, nos exercí­cios agachamento livre e supino reto, sendo executados testes de 1 RM para determinação da intensidade. Os avaliados foram submetidos a dois testes, com intervalo de no mí­nimo 48 horas entre eles. No primeiro, foram executadas 3 séries do exercí­cio supino reto a 100% de 1 RM e no segundo, 3 séries a 100% de 1 RM do exercí­cio agachamento livre. Uma semana depois realizaram o mesmo procedimento com 80% de 1 RM. A pressão arterial foi aferida antes e imediatamente após a execução de cada série. Houve uma diferença estatisticamente significativa considerando as alterações na pressão arterial sistólica (PAS) nos valores de 100% de 1 RM e 80% de 1 RM quando comparamos o valor de PAS de repouso no exercí­cio de agachamento livre e as respostas agudas na 1ª, 2ª e 3ª séries. Quanto í  pressão arterial diastólica (PAD), não observa-se nenhuma diferença significativa nos valores de 100% e 80% de 1 RM entre a PAD de repouso no exercí­cio agachamento livre e as respostas agudas na 1ª, 2ª e 3ª séries. Tais resultados nos remetem ao quão seguro e benéfico pode ser um treinamento realizado em intensidades mais elevadas e o estudo esclarece o funcionamento da pressão arterial quando o corpo é submetido a altas cargas, sendo possí­vel uma prescrição de protocolos seguros e adequados dentro das academias.

Palavras-chave: musculação, adaptação fisiológica, pressão arterial.

Biografia do Autor

Matheus Rodrigues Paiva, UCDB

Acadêmico do curso de Educação Fí­sica pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS

Gabriel da Costa Gomes Rodrigues, UCDB

Acadêmico do curso de Educação Fí­sica pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS

Thiago Teixeira Pereira, UCDB

Graduado em Educação Fí­sica Licenciatura pela UCDB, membro do Grupo de Estudos em Fisiologia do Esforço e Performance Esportiva (GEFEPE) da UCDB, Professor tutor substituto do curso de Graduação em Educação Fí­sica modalidade Educação à  Distância pela Universidade Norte do Paraná polo de Campo Grande, MS (UNOPAR/CG) 

Gildiney Penaves de Alencar, UFMS

Graduado em Educação Fí­sica pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB/MS), aluno regular do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Professor de Educação Fí­sica do Quadro Efetivo da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (SEMED) lotado na Escola Municipal Professor João Cândido de Souza e Professor Tutor Presencial na Universidade Norte do Paraná - Polo Campo Grande (UNOPAR/CG) no Curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Fí­sica

Leonardo Emmanuel Medeiros Lima, UAM

Graduação em Educação Fí­sica pela Universidade Bandeirante de São Paulo, Fisiologista do exercí­cio - Runner Academias, Professor titular da Universidade Anhembi Morumbi 

André Luis de Oliveira Krug, UCDB

Graduação em Educação Fí­sica pela Universidade Católica Dom Bosco (2008),   doutorado em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de São Carlos (2018), Professor de ensino superior da Universidade Católica Dom Bosco e professor efetivo de educação fí­sica da Prefeitura Municipal de Campo Grande, MS  

Aluisio Fernandes de Souza, UCDB

Graduação Plena em Educação Fí­sica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Pós-Graduação em Musculação (FMU/SP), Mestrado em Educação Fí­sica (UNICAMP), Docente na Universidade Católica Dom Bosco no curso de Educação Fí­sica

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Publicado

2022-03-03