Avaliação da aptidão fí­sica da saúde e do estado nutricional de mulheres praticantes de zumba

Autores

  • Isabela Fernanda Tork Pinho Pessôa UFPI
  • Renata Costa Silva UNIFSA
  • Marcela Araújo Sá Nogueira UFPI
  • Mara Jordana Magalhães Costa UFPI

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i3.2579

Palavras-chave:

aptidão física; estado nutricional; dança

Resumo

Introdução: A zumba, uma das maiores modalidades de dança atualmente, melhora a autoestima e proporciona bem-estar, além de fornecer benefí­cios fisiológicos. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a aptidão fí­sica relacionada í  saúde das praticantes de zumba de Teresina/PI. Métodos: Estudo descritivo, transversal, abordagem quantitativa. Amostra composta de 63 mulheres com idades entre 20 e 63 anos. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário sociodemográfico, aferiu-se peso e estatura para classificar o í­ndice de massa corporal (IMC) e avaliou-se a flexibilidade e resistência muscular localizada do abdômen. Realizou-se uma estatí­stica descritiva, com valores de média e desvio padrão para análise dos dados e uma estatí­stica inferencial, teste do qui-quadrado para avaliar a associação entre variáveis qualitativas. Os dados analisados no software Stata 12.0, ní­vel de significância 5%. Resultados: Mostraram que 53,97% das mulheres pesquisadas tinham idade entre 41 e 63 anos, 36,51% ensino médio completo, 44,44% renda menor que um salário mí­nimo, 47,61% tinham de 3 a 11 meses de prática de zumba, 36,51% sobrepeso, 46,03% flexibilidade acima da média e resistência muscular localizada excelente. Associação estaticamente significativa foi encontrada entre idade e flexibilidade e resistência muscular localizada, na qual as mulheres com idade mais avançada apresentaram melhores resultados (p = 0,05 e p = 0,0000, respectivamente). Conclusão: A aptidão fí­sica das mulheres pesquisadas da zumba foi boa, tendo a maioria uma classificação acima da média quanto í  flexibilidade e RML. Porém, apesar de praticarem atividade fí­sica aeróbia, a maioria estava com sobrepeso. Além disso, mulheres com idade mais avançada apresentaram melhores resultados estaticamente significativos, quanto aos ní­veis de flexibilidade e resistência muscular localizada.

 

Biografia do Autor

Isabela Fernanda Tork Pinho Pessôa, UFPI

Licenciatura em Educação Fí­sica – Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Teresina, PI

Renata Costa Silva, UNIFSA

Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio e Treinamento Personalizado, Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), Teresina, PI

Marcela Araújo Sá Nogueira, UFPI

Licenciatura em Educação Fí­sica, Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Teresina, PI

Mara Jordana Magalhães Costa, UFPI

D.Sc., Professora Adjunta da Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Teresina, PI

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Publicado

2022-03-08