Efeitos de dois tipos de protocolos de cross training sobre a composição corporal e aptidão física

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v19i5.3264

Palavras-chave:

exercício; antropometria; treinamento resistido

Resumo

Introdução: Alterações em parâmetros da composição corporal são considerados fatores de risco à saúde. Com isso, programas de exercício físico como o Cross Training surgem como alternativa para reduzir fatores de risco à saúde, em especial a composição corporal dos praticantes. Objetivo: Verificar se existe diferença entre dois protocolos diferentes de Cross Training sobre a composição corporal e aptidão física de jovens ativos. Métodos: Sessenta adultos foram submetidos a dez semanas de dois programas de Cross Training, organizados em circuito agrupado (CTG: n = 26; idade: 26 ± 7 anos; massa corporal 68 ± 11 kg; IMC 24 ± 3 kg/m2) e alternado (CTA: n = 29; idade 27 ± 8 anos; massa corporal 69 ± 10 kg; IMC 25 ± 4 kg/cm2). Antes e após o período de intervenção, os indivíduos foram avaliados em parâmetros composição corporal e aptidão física. Massa corporal e adiposa foram avaliadas por meio de análise de impedância bioelétrica (BIA). A verificação da aptidão física foi realizada por meio da força muscular isométrica máxima (isometric deadlift e Handgrip test) e aptidão cardiorrespiratória (yoyo intermitente recovery test-IR2). Análise de variância (ANOVA 2x2) com medidas repetidas, seguido por post hoc test de Bonferroni foram utilizados para comparação de médias e detecção de diferenças entre os protocolos, adotando p ≤ 0,05 para significância estatística. Percentual de mudança e tamanho do efeito também foram calculados para cada variável dependente. Resultados: Após o período de intervenção ambos protocolos de treinamento apresentaram diferença estatisticamente significante em relação ao tempo em parâmetros da composição corporal (massa muscular: p ≤ 0,001 e massa adiposa: p ≤ 0,001) e aptidão cardiorrespiratória (p ≤ 0,01) para ambos os grupos. Em relação a força isométrica máxima, o CTG apresentou diferença significativa quando comparado com o momento inicial (Handgrip: p = 0,02; Deadlift: p = 0,03), fato observado no grupo CTA somente no Deadlift (p = 0,05), (Handgrip: p = 0,08). Quando confrontados entre si, os grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa em nenhuma comparação. Conclusão: Ambos protocolos de treinamento foram eficazes para melhora dos parâmetros de composição corporal e aptidão cardiorrespiratória em jovens adultos.

Biografia do Autor

Marzo Edir Da Silva-Grigoletto, UFS

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão/SE, Brasil

Ezequias Pereira Neto, UFS

Graduado em Educação Fí­sica pela UNIT-SE, Especialização em Desempenho Humano na Ativ. Fí­sica e Esportes UNIT-SE, Professor da rede estadual de ensino, SEED-SE, Professor e Coordenador de pós graduação no Instituto HIB, Mestrando em Educação Fí­sica Universidade Federal de Sergipe

Leandro Henrique Albuquerque Brandão, UFS

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão/SE, Brasil

Leury Max Da Silva Chaves, UFS

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil

Marcos Bezerra de Almeida, UFS

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil

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Publicado

2021-10-15