Síndrome do subdesempenho físico no futebolista?
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v11i4.3412Resumo
O futebol é um esporte de exercícios intermitentes com extensas demandas energéticas, cujas repercussões metabólicas contribuem com o estado de fadiga crescente durante alguns jogos. Os três momentos mais críticos para a fadiga são: a qualquer momento com a redução dos piques subsequentes, no início do segundo tempo e a queda da distância e dos piques nos 15 minutos finais e prorrogação do jogo. Treinamentos físicos específicos, ao esporte e as posições dos jogadores, e nutrição adequada do atleta são recomendados para manter o ritmo físico uniforme dos jogadores durante a partida. Entretanto, combinações persistentes da carga excessiva com período de repouso (recuperação) inadequado podem levar o atleta ao estado de não compensação (descondicionamento ou estagnação física). A supercompensação física que ocorre nas 72 horas pós-jogo poderão ocorrer í custa da deterioração do desempenho anaeróbio ocorrida no período. Entretanto, apesar de resultados de fadiga aguda e redução do rendimento atlético, dados científicos sobre supratreinamento em futebolistas são raros e mais ainda a presença da síndrome do subdesempenho ou do supratreinamento. Nenhum dos 12 estudos levantados preencheu os critérios científicos que justificariam a existência desta síndrome em futebolistas.
Palavras-chave: futebol, fadiga, supratreinamento.
Referências
Reilly T. Energetics of high-intensity exercise (soccer) with particular reference to fatigue. J Sports Sci 1997;15:257-63.
Ekblom B. Applied physiology of soccer. Sports Med 1986;3:50-60.
Bangsbo J. The physiology of soccer--with special reference to intense intermittent exercise. Acta Physiol Scand Suppl 1994;619:1-155.
Bangsbo J, Iaia FM, Krustrup P. Metabolic response and fatigue in soccer. Int J Sports Physiol Perform 2007;2:111-27.
Mohr M, Krustrup P, Bangsbo J. Fatigue in soccer: a brief review. J Sports Sci 2005;23:593-9.
Chalab H, Chernaoul M, Gomez-Merino D, Drogon C, Santivel S, Guezennec C. Étude des manifestations neuroencodriniennes et ortho-parasympathiques de la fatigue dans le cadre du snivi biologique de l'athlete de hant nivean. Exemple chez les footballeurs professionnels du Paris Saint-Germain. Revue Francophone des Laboratoires 2005;375:21-7.
Burini FHP, Oliveira EP, Burini RC. Metabolic (mal) adaptations to training continuum -misconceptions of terminology and diagnosis. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. No prelo.
Ispirlidis I, Fatouros IG, Jamurtas AZ, Michailidi I, Douroridos I, Margonis KI et al. Time-course of changes in inflammatory and performance responses following a soccer game. Clin J Sport Med 2008;18:423-31.
Silva ARS, Santiago V, Papotim M, Gobatto CA. Psychological, biochemical and physiological responses of Brazilian soccer players during a training program. Sci Sports 2008;23:66-72.
Moreira A, Arsati F, Oliveira LAYB, Silva DA, Araujo VC. Salivary cortisol in top-level professional soccer players. Eur J Appl Physiol 2009;106:25-30.
Kraemer WJ, French DN, Paxton NJ, Häkkinen K, Volek JS, et al. Changes in exercise performance and hormonal concentrations over a big ten soccer season in starters and nonstarters. J Strength Cond Res 2004;18:121-8.
Filaire E, Bernain X, Sagnol M, Lac G. Preliminary results on mood state, salivary testosterone: cortisol ratio and team performance in a professional soccer team. Eur J Appl Physiol 2001;86:179-84.
Morgan WP. Test of the champions: the iceberg profile. Psychology Today 1980:92-108.
Meeusen R, Duclos M, Gleeson M, Rietjens G, Steinacker J, Urhausen A. Prevention, diagnosis and treatment of the overtraining syndrome. Eur J Sports Sci 2006;6:1-14.
Handziski Z, Maleska V, Petrovska S, Nikolik S, Mickoska E, Dalip M, et al. The changes of ACTH, cortisol, testosterone and testosterone/cortisol ratio in professional soccer players during a competition half-season. Bratisl Lek Listy 2006;107:259-63.
Banfi G, Dolci A. Free testosterone/cortisol ratio in soccer: usefulness of a categorization of values. J Sports Med Phys Fitness 2006;46:611-6.
Naessens G, Chandler TJ, Kibler WB, Driessens M. Clinical usefulness of nocturnal urinary noradrenaline excretion patterns in the follow-up of training processes in high-level soccer players. J Strength Cond Res 2000;14:125-31.
Lehmann M, Schnee W, Scheu R, Stockhausen W, Bachl N. Decreased nocturnal catecholamine excretion: parameter for an overtraining syndrome in athletes? Int J Sports Med 1992;13:236-42.
Halson SL, Jeukendrup AE. Does overtraining exist? An analysis of overreaching and overtraining research. Sports Med 2004;34:967-81.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).