Sí­ndrome do subdesempenho fí­sico no futebolista?

Autores

  • Roberto Carlos Burini UNESP

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v11i4.3412

Resumo

O futebol é um esporte de exercí­cios intermitentes com extensas demandas energéticas, cujas repercussões metabólicas contribuem com o estado de fadiga crescente durante alguns jogos. Os três momentos mais crí­ticos para a fadiga são: a qualquer momento com a redução dos piques subsequentes, no iní­cio do segundo tempo e a queda da distância e dos piques nos 15 minutos finais e prorrogação do jogo. Treinamentos fí­sicos especí­ficos, ao esporte e as posições dos jogadores, e nutrição adequada do atleta são recomendados para manter o ritmo fí­sico uniforme dos jogadores durante a partida. Entretanto, combinações persistentes da carga excessiva com perí­odo de repouso (recuperação) inadequado podem levar o atleta ao estado de não compensação (descondicionamento ou estagnação fí­sica). A supercompensação fí­sica que ocorre nas 72 horas pós-jogo poderão ocorrer í  custa da deterioração do desempenho anaeróbio ocorrida no perí­odo. Entretanto, apesar de resultados de fadiga aguda e redução do rendimento atlético, dados cientí­ficos sobre supratreinamento em futebolistas são raros e mais ainda a presença da sí­ndrome do subdesempenho ou do supratreinamento. Nenhum dos 12 estudos levantados preencheu os critérios cientí­ficos que justificariam a existência desta sí­ndrome em futebolistas.

Palavras-chave: futebol, fadiga, supratreinamento.

Biografia do Autor

Roberto Carlos Burini, UNESP

CeMENutri – Departamento de Saúde Pública – Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) – Botucatu, São Paulo/SP, Professor Titular do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) e responsável pelo CeMENutri

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Publicado

2012-11-16