Efeito agudo do treinamento aeróbio contínuo e variado na glicemia de portadores de diabetes mellitus do tipo 2
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v10i4.3450Resumo
Estudos demonstraram que o exercício físico pode resultar queda nos níveis glicêmicos mesmo quando analisado de forma aguda em diabéticos. O objetivo do trabalho foi analisar os efeitos agudos do treinamento aeróbio praticado de forma contínua e variada em portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Oito indivíduos com DM2 de ambos os sexos, entre 40 e 55 anos, foram submetidos a duas sessões de 30 minutos cada, sendo uma sessão no método de treinamento aeróbio contínuo (TAC) na velocidade fixa de 5,5 km/h e outra no método de treinamento aeróbio variado (TAV) com velocidades de 5 e 6 km/h intercalando a cada 5 minutos, as quais correspondiam a uma intensidade de 70 a 80% da frequência cardíaca máxima (FCMáx.) predita pela idade média do grupo, tendo um intervalo entre as sessões de 48 horas. Em ambas as sessões foi aferida a Glicemia Capilar (GC) 5 minutos pré, 15 minutos durante, 5 e 15 minutos pós-exercício. Ambas as sessões executadas no período da manhã com os participantes pré-agendados no mesmo horário, sem intervenção de alimento e medicamento. Foi observado além das características peculiares dos portadores de DM2 que o TAC resultou em uma queda de 28 mg/dl (p < 0,005 ANOVA teste t Student) e o TAV resultou em queda de 20 mg/dl (p < 0,181 ANOVA teste t Student) sendo ambos protocolos, mesmo por apenas 30 minutos de atividade, benéficos para a redução da glicemia em DM2.
Palavras-chave: treinamento aeróbio, diabetes mellitus, efeito agudo.
Referências
Brito CP. Prevenção da diabetes tipo 2: Consenso da International Diabetes Federation. Revista Portuguesa de Diabetes 2007;2(2):34-37.
Silva CA, Lima WC. Efeito benéfico do exercÃcio fÃsico no controle metabólico do Diabetes Mellitus tipo 2 à curto prazo. Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46(5):550-56.
Franco LL. Diabetes: como revenir, tratar e conviver. São Paulo: Elevação; 2005. p. 148.
Berlese DB, Moreira MC, Sanfelice GR. A importância do exercÃcio fÃsico e sua relação com Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Digital EFDesportes 2007;12(115).
Mediano MFF, Barbosa JSO, Sichieri R, Pereira RA. Efeito do exercÃcio fÃsico na sensibilidade à insulina em mulheres obesas submetidas a programa de perda de peso: um ensaio clÃnico. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51(6):993-99.
Sartorelli DS, Franco LJ. Tendências do diabetes mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional. Cad Saúde Pública 2003;19(1):29-36.
Martins DM. ExercÃcio fÃsico no controle da Diabetes Mellitus. São Paulo: Phorte; 2000. p. 145.
Farrell PA. Diabetes, exercÃcio fÃsico e esportes de competição. Sports Science Exchange 2004;16(3).
Pádua S, Neiva CM, Tonello MGM, Araújo ECF. Treinamento fÃsico como método terapêutico e controle clÃnico do diabetes: atualizando modelos. Revista Digital EFDesportes 2007;12(114).
Hu FB, Manson JE, Stampfer MJ, Colditz G, Liu S, Solomon CG, Willett WC. Diet, lifestyle, and risk of type 2 diabetes mellitus in women. New Engl J Med 2001;345(11):790-7.
Pitanga FJG. Testes, medidas e avaliações em educação fÃsica e esporte. 4ª ed. São Paulo: Phorte; 2005. p. 200.
Domingues Filho LA. Manual do personal trainer brasileiro. 3ª ed. São Paulo: Ãcone; 2006. p. 216.
Gisela AC, Aline CSR, Juliano RM, Pedro LB, Carmen SGC, Herbert GS, et al. Hipotensão pós-exercÃcio em hipertensos submetidos ao exercÃcio aeróbio de intensidades variadas e exercÃcio de intensidade constante. Rev Bras Med Esporte 2006;12(6):313-17.
American Diabetes Association (ADA). Diabetes de A a Z: tudo o que é preciso saber sobre diabetes – de forma simples. 5ª ed. Rio de Janeiro: Anima; 2006. p. 202.
Guiselini M. ExercÃcios aeróbicos: teoria e prática no treinamento personalizado e em grupos. São Paulo: Phorte; 2007. p. 376.
Alves JF, Santos RC, Fada RBN, Gomes TRG, Lasaponari T, Sampaio K. Treinamento aeróbio para adultos obesos portadores de diabetes mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Fisiologia do ExercÃcio 1010;9(2):107-15.
Picon PX, Leitão CB, Gerchman F, Azevedo MJ, Silveiro SP, Gross JL, et al. Medida da cintura e razão cintura/quadril e identificação de situações de risco cardiovascular: estudo multicêntrico em pacientes com diabetes mellito tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51(3):443-9.
Cambri LT, Souza M, Mannrich G, Cruz RO, Gevaerd MS. Perfil lipÃdico, dislipidemias e exercÃcios fÃsicos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2006;8(3):100-6.
Negrão CE, Barreto ACP. Cardiologia do exercÃcio: do atleta ao cardiopata. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2006. p. 372.
Pereira RA, Sichieri R, Marins MR. Razão cintura/quadril como preditor de hipertensão arterial. Cad Saúde Pública 1999;15(2):333-44.
Ciolac EG, Guimarães GV. ExercÃcio fÃsico e sÃndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte 2004;10(4):319-24.
Ferreira S, Tinoco ALA, Panato E, Viana NL. Aspectos etiológicos e o papel do exercÃcio fÃsico na prevenção e controle da obesidade. Revista Educação FÃsica 2006; 133:15-24.
Mercuri N, Arrechea V. Atividade fÃsica e diabetes mellitus. Diabetes ClÃnica 2001;4:347-9.
Krinski K, Elsangedy HM, Gorla JI, Calegari DR. Efeitos do exercÃcio fÃsico em indivÃduos portadores de diabetes e hipertensão arterial sistêmica. Revista Digital EFDesportes 2006;10(93).
Lima ICG, Júnior GMJ, Giacomini MCC. Análise dos efeitos fisiológicos dos exercÃcios fÃsicos aeróbicos na prevenção do diabetes tipo 2. Revista Digital EFDesportes 2009;13(130).
Zabaglia R, Assumpção CO, Urtado CB, Souza TMF. Efeito dos exercÃcios resistidos em portadores de diabetes mellitus. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do ExercÃcio 2009;3(18):547-58.
Lima-Silva AE, Fernandes TC, Oliveira FR, Nakamura FY, Gevaerd MS. Metabolismo do glicogênio muscular durante o exercÃcio fÃsico: mecanismos de regulação. Rev Nutr 2007;20(4):417-29.
Guyton AC. Fisiologia Humana. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1988. p. 564.
Powers SK, Howley ET. Fisiologia do ExercÃcio: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3ª ed. São Paulo: Manole; 2000. p. 527.
Maughan RJ, Burke LM. Nutrição esportiva. Porto Alegre: Artmed; 2004. p. 190.
Cardoso LM, Moraes Ovando RG, Silva SF, Alberto Ovando L. Aspectos importantes na prescrição do exercÃcio fÃsico para o Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do ExercÃcio 2007;1(6):59-69.
Silva-Costa E, Gonçalves AA, Brito IJL, Silva CA. Metformina interage com o treinamento fÃsico diminuindo a glicemia e aumentando o armazenamento de glicogênio em ratos diabéticos. Rev Bras Med Esporte 2008;14(4):337-40.
Rogatto GP, Luciano E. Efeitos do treinamento fÃsico intenso sobre o metabolismo de carboidratos. Rev Ativ FÃs Saúde 2001;6(2):39-46.
Canali ES, Kruel LFM. Respostas hormonais ao exercÃcio. Rev Paul Educ FÃs 2001;15(2):141-53.
Brum PC, Forjaz CLM, Tinucci T, Negrão CE. Adaptações agudas e crônicas do exercÃcio fÃsico no sistema cardiovascular. Rev Paul Educ FÃs 2004;18:21-31.
Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia: do esporte e do exercÃcio. São Paulo. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001. p.710.
Irigoyen MC, Angelis K, Schaan BD, Fiorino P, Michelini LC. ExercÃcio fÃsico no diabetes melito associado à hipertensão arterial sistêmica. Rev Bras Hipertens 2003;2:109-17.
Ramalho ACR, Soares S. O papel do exercÃcio no tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1. Arq Bras Endocrinol Metab 2008;52(2):260-67.
Forjaz CLM, Junior CGC, Bisquolo VAF. ExercÃcio fÃsico, resistência à insulina e diabetes melito: efeitos agudos e crônicos, cuidados necessários. Rev Soc Cardiol 2002;12(5)(supl. A):16-27.
Assunção MCF, Santos IS, Costa JSD. Avaliação do processo da atenção médica: adequação do tratamento de pacientes com diabetes mellitus, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde Pública 2002;18(1):205-11.
Geloneze B, Lamounier RN, Coelho OR. Postprandial hiperglycemia: Treating it atherogenic potential. Arq Bras Cardiol 2006;87:604-13.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
