Influência do alongamento estático/passivo sobre o desempenho da força
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v9i2.3476Resumo
Atualmente observa-se uma restrição muito grande nas academias de musculação sobre a realização de alongamentos antes do treinamento de força (TF). Ainda não se sabe ao certo se o uso dessas atividades auxilia ou prejudica o executante em exercícios que exijam grande quantidade de força. O objetivo do estudo foi comparar a taxa do desempenho de homens treinados no exercício de supino horizontal, submetidos í realização de alongamento estático/passivo prévio ou não í realização de séries consecutivas (3 séries) com carga máxima (10 RM). Participaram deste estudo 10 homens (27 ± 3,3 anos) com experiência mínima de um ano de TF. Utilizou-se estatística descritiva para caracterizar os sujeitos e dados percentuais para determinar a queda do rendimento nas situações experimentais. Para determinar a diferença do rendimento utilizou-se o teste t de student para dados emparelhados, adotando-se uma significância de p ≤ 0,05. Verificou-se redução do desempenho da força muscular em ambas as situações experimentais, entretanto, essa perda foi maximizada na sessão que se utilizou de alongamentos precedendo o treinamento do supino reto (p < 0,05). Em valores percentuais, essa diminuição do desempenho foi estimada em 10,2% para a condição sem alongamento prévio e 27,4% para a condição com alongamento prévio entre a primeira e a última série.
Palavras-chave: força muscular, flexibilidade, treinamento de resistência, desempenho atlético.
Â
Referências
Woods K, Bishop P, Jones E. Warm-up and stretching in the prevention of muscular injury. Sports Med 2007;37(12):1089-99.
Yamaguchi T, Ishii K. Effects of static stretching for 30 seconds and dynamic stretching on leg extension power. J Strength Cond Res 2005;19:677-83.
Little T, Williams AG. Effects of differential stretching protocols during warm-ups on high-speed motor capacities in professional soccer players. J Strength Cond Res 2006;20:203-7.
Woolstenhulme MT, Griffiths CM, Woolstenhulme EM, Parcell AC. Ballistic stretching increases flexibility and acute vertical jump height when combined with basketball activity. J Strength Cond Res 2006;20:799-03.
Franco BL, Signorelli GR, Trajano GS, Oliveira CG. Acute effects of different stretching exercises on muscular endurance. J Strength Cond Res 2008;22(6):1832-37.
Yamaguchi T, Ishii K, Yamanaka M, Yasuda K. Acute effect of static stretching on power output during concentric dynamic constant external resistance leg extension. J Strength Cond Res 2006;20:804-10.
Cramer JT, Housh TJ, Weir JP, Johnson GO, Coburn JW, Beck TW. The acute effects of static stretching on peak torque, mean power output, electromyography, and mechanomyography. Eur J Appl Physiol 2005;93:530-9.
Wallmann HW, Mercer JA and McWhorter, JW. Surface electromyographic assessment of the effect of static stretching of the gastrocnemius on vertical jump performance. J Strength Cond Res 2005;19:684-8.
Fletcher IM, Jones B. The effect of different warm-up stretch protocols on 20 meter sprint performance in trained rugby union players. J Strength Cond Res 2004;18:885-8.
Cramer JT, Housh TJ, Coburn JW, Beck TW, Johnson GO. Acute effects of static stretching on maximal eccentric torque production in women. J Strength Cond Res 2006;20:354-8.
LaRoche DP, Connolly DA. Effects of stretching on passive muscle tension and response to eccentric exercise. Am J Sports Med 2006;6:1000-07.
Bradley PS, Olsen PD, Portas MD. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. J Strength Cond Res 2007;21:223-6.
Unick J, Kieffer HS, Cheesman W, Feeney A. The acute effects of static and ballistic stretching on vertical jump performance in trained women. J Strength Cond Res 2005;19:206-12.
Fowles JR, Sale DG, MacDougall M. Reduced strength after passive stretch of the human plantarflexores. J Appl Physiol 2000;89:1179-88.
Cramer JT, Housh TJ, Johnson GO, Miller JM, Coburn JW, Beck TW. The acute effects of static stretching on peak torque in women. J Strength Cond Res 2004;18:236-41.
Jackson AS, Pollock ML. Generalized equations for predicting body density of men. Br J Nutr 1978;40:497-504.
Siri WE. Body composition from fluid space and density. In: Brozek J, Henschel A, eds. Techniques for measuring body composition. Washington DC: National Academy of Science 1961. p.223-44.
McNair PJ, Depledge J, Brettkelly M, Stanley SN. Verbal encouragement: effects on maximum effort voluntary muscle action. Br J Sports Med 1996;30:243-5.
Baechle TR, Earle RW, ed. Essentials of strength training and conditioning. 2a ed. Champaign: Human Kinetics; 2000.
Hall SJ. Biomecânica básica. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
Kokkonen J, Nelson AG, Cornwell A. Acute muscle stretching inhibits maximal strength performance. Res Q Exerc Sport 1998;69:411-5.
Nelson AG, Kokkonen J, Arnall DA. Acute muscle stretching inhibits muscle strength endurance performance. J Strength Cond Res 2005;19:338-43.
Laur DJ, Anderson T, Geddes G, Crandall A, Pincivero DM. The effects of acute stretching on hamstring muscle fatigue and perceived exertion. J Sport Sci 2003;21(1):163-70.
Comwell A, Nelson AG, Sidaway B. Acute effects of stretching on the neuromechanical properties of the triceps surae muscle complex. Eur J Appl Physiol 2002;86:428-34.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).