Efeito da crioterapia de imersão sobre níveis de força e potência muscular
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v19i4.3925Palavras-chave:
Fisioterapia; crioterapia; recuperação de função fisiológica; regeneração; força muscular; desempenho atlético; exercícioResumo
Objetivos: Verificar a influência da crioterapia de imersão na força isométrica e potência de membros inferiores de atletas. Métodos: Neste estudo transversal do tipo crossover, 14 sujeitos foram avaliados em três momentos. Primeiro realizaram os testes de caracterização: antropometria (massa, estatura e composição corporal), capacidade aeróbia (teste de esforço cardiopulmonar) e recordatório alimentar. Na segunda e na terceira visita foram ministrados os testes de impulsão vertical em tapete de contato e o pico de torque isométrico da musculatura extensora de joelhos no CYBEX isocinético. Estes testes foram realizados em três momentos: 1) em situação basal; 2) após o protocolo de fadiga; e 3) após o protocolo de recuperação: repouso ativo ou crioterapia de imersão. O protocolo de fadiga incidia em correr na velocidade correspondente a 120% do VO2MAX até a falha motora. Para a crioterapia de imersão, os sujeitos submergiram os membros inferiores até o nível das gônadas em um tanque contendo gelo e água, permanecendo na posição ortostática por 10 minutos. A temperatura da água foi monitorada utilizando um termômetro subaquático (10 ± 1°c). Para recuperação ativa, os sujeitos repetiram o procedimento em um tanque vazio. Os dados foram analisados no GraphPAD Prism (p < 0,05). Resultados: Foram avaliados 14 atletas de rúgbi (idade 22 ± 2 anos; massa adiposa 27,8 ± 4,4%; VO2MAX 44,1 ± 6,7 ml.kg-1.min-1). Não houve diferença no consumo calórico entre os dias de avaliação (2.893 ± 802 versus 2.915 ± 746 kcal; p = 0,949). Nossos dados indicam redução de 18% na altura do salto após os protocolos de fadiga e crioterapia (33,0 ± 2,8 versus 27,0 ± 2,8 cm; p < 0,05) e incremento de 7,1% após os protocolos de fadiga e repouso (32,5 ± 6,4 versus 34,8 ± 2,1 cm; p < 0,05). Em relação ao pico de torque isométrico, observou-se redução de 3,7% após a crioterapia (295 ± 71 versus 285 ± 68 Nm; p < 0,05) e de 9,6% após o repouso ativo (297 ± 73 versus 268 ± 72 Nm; p < 0,05). Conclusão: A crioterapia de imersão parece afetar a potência de membros inferiores e auxiliar na recuperação da força isométrica quando comparada a recuperação passiva.
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