Avaliação da arginase sérica em mulheres com excesso de peso sob o efeito agudo do exercício físico – estudo exploratório
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i3.4550Palavras-chave:
obesidade; exercício físico; arginaseResumo
Introdução: A obesidade é uma condição multifatorial apresentando relação com a elevação de arginase sérica, favorecendo a disfunção endotelial. O exercício físico é fator protetor para homeostase do endotélio. Assim, conhecer se o nível de arginase é modificado por uma sessão de exercício físico é de suma importância. Objetivo: Verificar o nível de arginase sérica em mulheres com excesso de peso antes e após uma sessão de exercício físico e avaliar a associação entre o nível de arginase sérica e o IMC dessas pacientes. Métodos: Estudo exploratório, que utilizou a soroteca de um ensaio clínico randomizado, no qual mulheres sedentárias com idade entre 18 e 30 anos, IMC > 24,9 kg/m² foram incluídas. Excluídas mulheres com doenças que pudessem alterar os níveis de arginase. As voluntárias foram randomizadas para grupo intervenção - uma sessão de exercício de leve intensidade (GE) e grupo controle (GC). A arginase sérica de 11 mulheres do GC e 9 do GE foi dosada, antes e 24h após a intervenção. Análise dos dados foi realizada no programa SPSS 20 através do teste t de Student não pareado e Teste de Mann-Whitney. Significância estatística definida como p < 0,05. Resultados: O IMC das pacientes foi = 29 ± 4,7 kg/m². A análise intragrupo não demonstrou variação da arginase sérica antes e após a intervenção, bem como na comparação intergrupo através do delta de arginase. Não se observou correlação entre nível de arginase e IMC. Conclusão: Uma sessão de exercício físico não modificou os níveis de arginase sérica em mulheres com excesso de peso.
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