Barreiras percebidas por trabalhadores da área administrativa para participar de um programa de ginástica laboral
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i4.4826Palavras-chave:
exercício físico; ginástica; comportamento sedentário; saúde do trabalhadorResumo
Objetivo: Analisar as barreiras apresentadas por trabalhadores do setor administrativo de uma empresa do ramo químico na cidade de São Paulo para não participar da ginástica laboral (GL). Métodos: Pesquisa do tipo descritiva, transversal, exploratória. Amostra: 176 participantes, sendo 98 (55,7%) homens e 78 (44,3%) mulheres, com média de idade 35 e 29 respectivamente. Seleção não probabilística e intencional dos participantes e da empresa. Na análise dos dados adotou-se a estatística descritiva e o teste de qui-quadrado (p < 0,05). Resultados: 44 participantes responderam não participar do programa (12 homens e 32 mulheres); as principais barreiras apontadas pelos participantes foram: “falta de tempo” (28,4%), “excesso de trabalho” (19,8%), “compromissos diversos” (16,9%), “já pratica atividade física” (14,8%). Conclusão: Os fatores organizacionais do trabalho apresentam importantes barreiras que podem influenciar na adesão à participação na GL. Recomenda-se ampliar a análise dos fatores organizacionais e das percepções dos(as) trabalhadores(as) de todos os setores envolvidos, para adequar a GL às peculiaridades da organização onde é desenvolvida.
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