Barreiras para prática de atividade física e fatores associados em professores da rede pública – estudo epidemiológico transversal
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v21i2.5067Palavras-chave:
comportamento e mecanismos comportamentais; exercício físico; obesidade; psicologia do esporte; professores; epidemiologiaResumo
Introdução: Professores apresentam elevada prevalência de níveis insuficientes de atividade física (AF). No entanto, as barreiras para a prática de AF nesta população e fatores associados ainda não são estabelecidos na literatura. Objetivo: Descrever as barreiras para AF e identificar fatores associados em professores da rede pública de ensino. Métodos: A amostra foi composta por 246 professores (45,2 ± 10,4 anos, 76% mulheres). As barreiras para AF, condição socioeconômica, jornada de trabalho e nível habitual de atividade física foram avaliados por questionário. O nível de AF de acordo com cada barreira foi comparado pela análise de variância e a associação entre barreiras e categorias das variáveis independentes foi analisada por regressão logística binária. Resultados: A falta de tempo (FT) e a preguiça, cansaço ou desânimo (PCD) foram as barreiras mais reportadas pelos professores (36,2% e 35,0%, respectivamente). Professores obesos foram mais propensos a reportar PCD (OR = 2,34, p < 0,05) e menos propensos a não reportar nenhuma barreira (OR = 0,07, p < 0,05), quando comparados com professores de peso normal. Professores que trabalhavam entre 21-30 horas/semana foram mais propensos a reportar PCD comparados aos que trabalhavam por até 20 horas/semana (OR = 4,12, p < 0,05). Professores com níveis de AF moderado a baixo no tempo livre e na prática esportiva foram mais propensos a reportar PCD (OR = 2,53, p < 0,05 e OR = 2,29, p < 0,05; respectivamente). Conclusão: A FT e PCD foram as barreiras mais frequentemente reportadas por professores, sendo a PCD associada com obesidade, maior jornada de trabalho e menores níveis de AF no tempo livre e na prática esportiva.
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