Alterações fisiológicas associadas à realidade virtual em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio
Artigo original - e235611 - Publicado 15 de dezembro de 2024
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v23i3.5611Palavras-chave:
monitoramento fisiológico, cirurgia cardíaca, realidade virtual, deambulação precoceResumo
Introdução: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) promove alterações fisiológicas nos pacientes e a Realidade Virtual (RV) é uma opção dentro do programa de reabilitação cardíaca, que pode ajudar a reduzir o desconforto e controlar os parâmetros fisiológicos. Objetivo: Descrever as alterações fisiológicas causadas pela prática da RV em pacientes submetidos à CRM. Métodos: Estudo transversal. Os pacientes submetidos à CRM utilizaram a RV por meio do aparelho XBOX 360 mais Kinect a partir do terceiro dia após a cirurgia cardíaca. A pressão arterial sistólica (PAS), a pressão arterial diastólica (PAD), a frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (FR), a saturação de oxigênio (SaO2) e a temperatura foram avaliadas em três momentos: antes da aplicação da RV, após o término da sessão e uma hora após a recuperação. Resultados: Foram incluídos 31 pacientes, com média de idade de 54 ± 8 anos, com maior prevalência no sexo masculino com 21 (68%) indivíduos. A PAS foi inicialmente de 123mmHg ± 18, 133 mmHg ± 17 (p = 0,25) imediatamente após a intervenção e 121mmHg ± 15 (p = 0,43) na recuperação. A variável FC foi analisada no pré-teste com 81bpm ± 11, no pós-teste com 92bpm ± 12 (p = 0,32), e na recuperação com 83bpm ± 13 (p = 0,83). A SpO2 foi encontrada no pré com 96% ± 1, no pós-teste com 96% ± 1 (p = 0,83), e na recuperação com 97% ± 2 (p = 0,84). Comparando as variáveis do pré com o pós-teste e deste com as da recuperação, apesar das alterações clínicas, não se verificou uma diferença estatisticamente significativa. Conclusão: Os parâmetros fisiológicos avaliados, apesar das variações, mostraram que a sua aplicabilidade à realidade virtual é segura e viável.
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