Idoso sertanejo: a realidade sociodemográfica e antropométrica da terceira idade do município de Senador Pompeu/CE
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v14i2.112Abstract
O presente estudo objetivou avaliar a realidade sociodemográfica e antropométrica do idoso sertanejo do município de Senador Pompeu/CE. Tratou-se de um estudo epidemiológico, transversal e quantitativo com 370 idosos. Os dados foram coletados no domicílio do idoso, utilizando um questionário sociodemográfico e antropométrico. Os dados foram tabulados no Excel 2007 e analisados na versão 20.0 do SPSS. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FCRS, protocolo n° 20120017. Dos 370 idosos, 258 (69,7%) eram mulheres e 112 (30,3%) homens, idade média de 71,6 anos; 296 (80%) idosos eram da zona urbana e 74 (20%) da zona rural; 193 (52,2%) idosos eram casados; 180 (48,6) eram analfabetos; 329 (88,9%) eram católicos; 221 (59,7%) eram agricultores; 198 (53,5%) possuíam renda de 1 a 2 salários. Sobre o perfil antropométrico, apresentou-se peso médio de 64 kg e uma estatura média de 1,56 m. O IMC foi de 26,14% (médio), mostrando que 37,8% estavam acima do peso ideal (sobrepeso) e 17% encontravam-se obesos. As circunferências revelaram os seguintes números: circunferência do quadril obteve uma média de 99,61; circunferência de cintura, média de 99,77; e circunferência do pescoço uma média de 35,55. Ressalta-se, portanto, a necessidade do município de Senador Pompeu/CE de criar projetos que proporcionem ao idoso sertanejo melhores condições de saúde. Desse modo, sugerem-se práticas de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos, pois apenas dessa forma a população geriátrica poderá ter uma qualidade de vida melhor.
Palavras-chave: envelhecimento populacional, qualidade de vida, idoso, Fisioterapia.Â
References
Filho ETC, Netto MP. Geriatria fundamentos, clÃnica e terapêutica. 2° ed. São Paulo: Atheneu; 2006.
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica – IBGE. Indicadores sociodemográficos e de saúde no Brasil. Estudos & Pesquisas. Informação demográfica e Socioeconômica. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
Netto MP. Tratado de Gerontologia. 2° ed. São Paulo: Atheneu; 2007.
Organização Mundial da Saúde – OMS. Envelhecimento ativo: uma polÃtica de saúde. Traduzido por: Gontijo S. BrasÃlia: Organização Pan-Americana de Saúde; 2005.
Silva MD, Guimarães HA, Filho EMT, Andreoni S, Ramos LR. Fatores associados à perda funcional em idosos residentes no municÃpio de Maceió, Alagoas. Rev Saúde Pública 2011;45(6);1137-44.
Campolina AG, Dini PS, Ciconelli RM. Impacto da doença crônica na qualidade de vida de idosos da comunidade em São Paulo. Ciênc Saúde Coletiva 2011;16(6):2919-25.
Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saúde Pública 2009;43(3):548-54.
Cesar JA, Filho JAO, Bess G, Cegielka R, Machado J, Gonçalves TS, Neumann NA. Perfil dos idosos residentes em dois municÃpios pobres das regiões Norte e Nordeste do Brasil: resultados de estudo transversal de base populacional. Cad Saúde Pública 2008;24(8):1835-45.
Terra L, Coelho MA. Geografia Geral e Geografia do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Moderna; 2005.
Camarano AA. Jovens e idosos nordestinos: exemplos de trocas intergeracionais. Textos para discussão no. 1031. Rio de Janeiro: IPEA; 2004.
Portal do Envelhecimento. Um olhar positivo para o envelhecimento. [citado 2011 Out 20]. DisponÃvel em: URL: www.portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/longevidade/populacao-de-idosos-cresce-61-no-ceara.html
Garcia ESS, Saintrain MVL. Perfil epidemiológico de uma população idosa atendida pelo programa saúde da famÃlia. Revista de Enfermagem 2009;17(1):18-23.
Queiroz TV. Adesão do idoso hipertenso a tratamento: uma tecnologia educativa em saúde embasada no modelo de crenças [Dissertação]. Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Fortaleza: Universidade de Fortaleza; 2010.
Filho JM, Ramos LR. Epidemiologia do envelhecimento no nordeste do Brasil: resultados de inquérito domiciliar. Rev Saúde Pública 1999:33(5):445-53.
Motta LB, Aguiar AC, Caldas CP. Estratégia Saúde da FamÃlia e a atenção ao idoso: experiências em três municÃpios brasileiros. Cad Saúde Pública 2011;27(4):779-86.
Rosset I, Roriz-Cruz M, Santos JLF, Haas VJ, FabrÃcio-Wehber SCC, Rodrigues RAP. Diferenciais socioeconômicos e de saúde entre duas comunidades de idosos longevos. Rev Saúde Pública 2011;45(2):391-400.
Brasil. Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução nº 466/12, de 12 de dezembro de 2012. BrasÃlia: Conselho Nacional de Saúde; 2012.
Oliveira BLAA, Silva AM, Baima VJD, Barros MMB. Situação social e de saúde da população idosa da uma comunidade de São LuÃs-MA. Rev Pesq Saúde 2010;11(3):25-29.
Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC, Vasconcelos FF. Perfil sociodemográfico e clÃnico de idosos atendidos em Unidade Básica de Saúde da FamÃlia. Acta Paul Enferm 2009;22(1):49-54.
Feliciano AB, Moraes AS, Freitas ICM. O perfil do idoso de baixa renda no MunicÃpio de São Carlos, São Paulo, Brasil: um estudo epidemiológico. Cad Saúde Pública 2004;20(6):1575-85.
Minosso JSM, Amendola F, Alvarenga MRM, Oliveira MAC. Prevalência de incapacidade funcional e dependência em idosos atendidos em um centro de saúde-escola da universidade de São Paulo. Cogitare Enferm 2010;15(1):12-8.
Sousa MNA, Sarmento TC, Alchieri JC. Estudo quantitativo sobre a qualidade de vida de pacientes hemodialÃticos da ParaÃba, Brasil. Revista CES PsicologÃa 2011;4(2):1-14.
Pereira JJC, Bezerra JA. Uma leitura sobre a agricultura familiar e práticas rurais nas comunidades de gameleira e poço da pedra, em riacho de Santana-RN. Geo Temas 2011;1(2):19-34.
Lima TM, Meiners MMM, Soler O. Perfil de adhesión al tratamiento de pacientes hipertensosatendidos en la Unidad Municipal de Salud de Fátima, em Belém, Pará, AmazonÃa, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude 2010;1(2):113-20.
Oliveira DC, Cupertino AP. Explorando o perfil de saúde dos idosos do Exército Brasileiro. Psicol Pesq 2011;5(1):68-76.
Leal MCC, Marques APO, Marino JG, Rocha EC. Perfil de pacientes idosos e tempo de permanência em ambulatório geronto-geriátrico. Rev Bras Geriatr Gerontol 2009;12(1):77-86.
Nascimento CM, Ribeiro AQ, Oliveira RMS, Priore RS. Estado nutricional e condições de saúde da população idosa brasileira: revisão da literatura. Rev Med Minas Gerais 2011;21(2):174-80.
Santos DMS, Sicheri R. Ãndice de massa corporal e indicadores antropométricos de adiposidade em idosos. Rev Saúde Pública 2005;39(2):163-8.
Faller JW, Melo WA, Versa GL, Marcon SS. Qualidade de vida de idosos cadastrados na estratégia saúde da famÃlia de foz do Iguaçu-PR. Esc Anna Nery 2010;14(4):803-10.
Lopes AF, Braga CP, Boliane E, Almeida FQA. Perfil antropométrico e alimentar dos participantes do programa universidade aberta à terceira idade (UNATI) do instituto de biociências de Botucatu/SP. Rev Ciênc Ext 2010;6(1):1.
Aurichio TR, Rebelatto JR, Castro AP. Obesidade em idosos do MunicÃpio de São Carlos, SP e sua associação com diabetes mellitus e dor articular. Fisioter Pesq 2010;17(2):114-17.
Ferreira MG, Valente JG, Silva RMVG, Sichieri R. Acurácia da circunferência da cintura e da relação cintura/quadril como preditores de dislipidemias em estudo transversal de doadores de sangue de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Cad Saúde Pública 2006;22(2):307-14.
Nagatsuyu DT, Moriguti EKU, Pfrimer K, Moriguti JC. O impacto da obesidade abdominal sobre os nÃveis plasmáticos de lÃpides nos idosos. Medicina (Ribeirão Preto) 2009;42(2):157-63.
Girotto E, Andrade SM, Cabrera MAS. Prevalência de obesidade abdominal em hipertensos cadastrados em uma Unidade de Saúde da FamÃlia. Rev Saúde Pública 2009;13(3):123-32.
Tavares EL, Anjos LA. Perfil antropométrico da população idosa brasileira. Resultados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição. Cad Saúde Pública 1999;15(4):759-68.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of work with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine; Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal; Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase impact and citation of published work (See The Effect of Open Access).