Atividade fí­sica como fator de prevenção de risco cardiovascular

Authors

  • Dihogo Gama de Matos UTAD

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v8i4.3591

Abstract

O número de pessoas com hipertensão arterial vem aumentando a cada dia, e as doenças cardiovasculares representam, no Brasil, 32% das causas de morte. A adoção de um estilo de vida que incorpore a prática regular de exercí­cios fí­sicos pode reduzir significativamente os comprometimentos relacionados í  hipertensão, como o diabetes, hiperlipidemia e doenças cardiovascularesem geral. Oobjetivo do estudo foi revisar a literatura sobre os efeitos do exercí­cio sobre fatores de risco relacionados í  hipertensão. Adicionalmente, apresentam-se resultados de questionários sobre o perfil de risco de pacientes com diagnóstico de hipertensão. Os benefí­cios do exercí­cio podem ter grande impacto sobre a saúde pública, porém, devem se inserir dentro de um programa global de intervenção sobre os fatores de risco cardiovasculares. Dentre alguns benefí­cios da atividade fí­sica podemos citar a melhora da sensibilidade í  insulina, levando a um melhor controle glicêmico, aumento da fração HDL e diminuição da LDL e redução de triglicerí­deos sanguí­neos. A composição corporal tende a melhorar, com diminuição do percentual da gordura corporal e aumento da massa muscular. Mesmo com intensidade de volume moderados, programas de exercí­cio podem exercer efeito protetor contra a doença arterial coronariana e demais causas de mortalidade relacionadas í  hipertensão. Os pacientes avaliados exibiam evidente histórico familiar para diversos fatores de risco, mas em sua maioria não fumavam. Quanto às atividades fí­sicas, grande parte a praticava, pelo menos duas vezes por semana, com preferência pelas caminhadas.

Palavras-chave: hipertensão, exercí­cio, composição corporal.

Author Biography

Dihogo Gama de Matos, UTAD

Programa de Pós-graduação Strictu Senso em Avaliação das Atividades Fí­sicas e Desportivas, UTAD Portugal

References

Turner RWD. Coronary heart disease: the size and nature of the problem. Postgrad Med 1980;56:538-47.

Zimmet ZP. Obesity, hipertension, carbohydrate disorders and risk of chronic diseases. Med J Aust 1986;145: 256-62.

Ministério da saúde. Estatística de mortalidade: Brasil, 1985. Brasília: Centro de Documentação; 1988.

Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, Cusham WC, Green LA, Izzo Junior JL, et al. National High Blood Pressure Education Program Coordinating Committee. The seventh report of the Joint National. JAMA 2003; 21;289(19):2560-72.

Fagard RH. Exercise characteristics and the blood pressure response to dynamic physical training. Med Sci Sports Exerc 2001;33(6):484-92.

American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.

Fundação Nacional de Saúde. Sistemas de informações de mortalidade: mortalidade proporcional por grupos de causas determinada02222 s (indicador RIPSA C7), Brasil, 1998. [citado 2008 Nov 12]. Disponível em URL: www.funasa.gov.br.

Vasan RS, Larson MG, Leip EP, Evans JC, O’Donnell CJ, Kannel WB, et al. Impact of high-normal blood pressure on the risk of cardiovascular disease. N Engl J Med 2001;345:1291-7.

Whelton SP, Chin A, Xin X, He J. Effect of aerobic exercise on blood pressure: a meta-analysis of randomized, controlled trials. Ann Intern Med 2002;136:493-503.

Wilson PW, D’Agostino RB, Levy D, Belanger AM, Silbershatz H,Kannel WB. Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation 1998;97:1837-47.

Fletcher GF, Balady G, Blair SN et al. Statement on exercise: benefits and recommendations for physical activity programs for all Americans: a statement for health professionals by the Committee on Exercise and Cardiac Rehabilitation of the Council on Clinical Cardiology, American Heart Association. Circulation 1996;94:857-62.

Berenson GS, Srinivasan SR, Bao W, Newman WP 3rd, Tracy RE, Wattigney WA. Association between multiple cardiovascular risk factors and atherosclerosis in children and young adults. The Bogalusa Heart Study. N Engl J Med 1998;338:1650-6.

Kimm SY, Payne GH, Stylianou MP, Waclawiw MA, Lichtenstein C. National trends in the management of cardiovascular disease risk factors in children: second NHLBI survey of primary care physicians. Pediatrics 1998;102:E50.

Walter HJ, Hofman A, Vaughan RD, Wynder EL. Modification of risk factors for coronary heart disease. Five-year results of a school-based intervention trial. N Engl J Med 1988;318:1093-100.

Powell KE, Thompson PD, Caspersen CJ, Kendrick JS. Physical activity and the incidence of coronary heart disease. Annu Rev Public Health 1987; 8: 253-87

Paffeenberger Jr RS, Hyde RT, Wing AL, Lee IM, Jung DL, Kampert JB. The association of changes in physical-activity level and other lifestyle characteristics with mortality among men. N Engl J Med 1993;328:538-45.

Puska P, Tuomileto J, Salone J, et al. Community control of cardiovascular diseases. Evaluation of a comprehensive community program for control of cardiovascular diseases in North Karelia, Finland 1972-1977.WHO: Copenhagen; 1981.

Fuchs FD. Hipertensão arterial sistêmica. Epidemiologia e prevenção. Arq Bras Cardiol 1994;63:443-44.

Lotufo PA. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica no Brasil. In: SOCESP II – Cardiologia: Atualização e Reciclagem. São Paulo: Atheneu; 1996. p. 327-31.

James AS, de Almeida-Filho N, Kaufman JS. Hypertension in Brazil: a review of the epidemiological evidence. Ethn Dis 1991;1:91-8.

Ministério da Saúde. Estudo multicêntrico sobre a prevalência do diabetes mellitus no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 1991. 32p.

Duncan BB, Schimidt MI, Polanczyk CA, Hormrich CS, Rosa RS, Achutti AC. Risk factors for non-communicable diseases in a metropolitan area in the south of Brazil: prevalence and simultaneity. Rev Saúde Pública 1993;27:43-8.

Cervato AM, Mazzili RN, Martins IS, et al. Dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares. Rev Saúde Pública 1997;31:227-35.

Barbosa MTS, Carline-Cotrim B, Silva Filho AR. O uso de tabaco em estudantes de primeiro e segundo graus de dez capitais brasileiras: possíveis contribuições de estatística multivariada para a compreensão do fenômeno. Rev Saúde Pública 1989;23:401-9.

International Federation of Sports Medicine. Physical exercise: an important factor for health. Physicians and Sports Medicine 1990;18:155-156.

Bijnen F, Caspersen C, Mosterd W. Physical inactivity as a risk factor for coronary heart disease: a WHO and International Society and Federation of Cardiology position statement. Bulletin of the World Health Organization 1994; 72:1-4.

Bloch KV. Fatores de risco cardiovascular e para o diabetes mellitus. In: I Lessa. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: Epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis. Rio de Janeiro: Hucitec; 1998.

Piccini R, Victora CG. Hipertensão arterial sistêmica em área urbana no sul do Brasil: Prevalência e fatores de risco. Rev Saúde Pública 1994;28:261-7.

CDC (Center for Disease Control and Prevention). Body mass index-for-age- BMI is used differently with children than it is with adults. Atlanta: CDC; 2001

Crocker PR, Bailey DA, Faulkner RA, Kowalski KC, McGrath R. Measuring general levels of physical activity: preliminary evidence for the Physical Activity Questionnaire for Older Children. Med Sci Sports Exerc 1997;29: 1344-9.

Silva RCR, Malina RM. Nível de atividade física em adolescentes do município de Niterói Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública 2000;16:1091-7.

CDC (Center for Disease Control and Prevention). Physical Activity and Health. A report of the surgeon general. Atlanta: CDC; 1996.

Published

2009-12-10