A importância do teste de caminhada de seis minutos na avaliação da capacidade funcional de idosos hipertensos

Authors

  • Elaine Cristina Martinez Teodoro UNESP

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v8i4.3596

Abstract

A grande incidência de hipertensão em idosos se dá por alterações anatômicas e fisiológicas que ocorrem principalmente no sistema cardiovascular durante o envelhecimento. Uma das formas de diminuir os ní­veis de pressão arterial em indiví­duos hipertensos é obtida por meio de mudanças nos hábitos de vida, uso de medicamentos e realização de exercí­cios fí­sicos, sendo extremamente importante a inclusão de uma avaliação dinâmica da capacidade funcional dos idosos, hipertensos ou não, anteriormente ao iní­cio da realização de um programa de exercí­cios. O Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M) é considerado um teste de exercí­cio submáximo, simples de ser realizado, de baixo custo e bem tolerado pelos pacientes, mesmo por aqueles com idades mais avançadas. Conclui-se que o TC6M impõe uma sobrecarga cardiovascular menor, sendo considerado mais seguro para a avaliação da capacidade funcional dos idosos hipertensos.

Palavras-chave: envelhecimento, idoso, hipertensão arterial, teste de caminhada de seis minutos.

Author Biography

Elaine Cristina Martinez Teodoro, UNESP

Especialista em Fisiologia do Exercí­cio (UNIFESP/EPM), Doutoranda em Engenharia Mecânica, Departamento de Mecânica - Universidade Estadual Paulista (UNESP) Guaratinguetá/SP, Professora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Pindamonhangaba – FAPI, Pindamonhangaba/ SP

References

World Health Organization. Envelhecimento ativo: uma política de saúde; 2005.

Santana RR, Strottmann IB. Os fatores de risco da hipertensão arterial sistêmica em indivíduos idosos (revisão de literatura). XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação. São José dos Campos: - Universidade do Vale do Paraíba; 2005.

Vieira VA, Castiel LD. Hipertensão arterial em idosos atendidos em grupos de aconselhamento. Comentários a partir de um estudo descritivo preliminar. Psicol Ciênc Prof 2003;23(2):76-83.

Mendonça TT, Ito RE, Bartholomeu T, Tinucci T, Forjaz CLM. Risco cardiovascular, aptidão física e prática de atividade física de idosos de um parque de São Paulo. Rev Bras Ciênc Mov 2004;12:19-24.

Pessuto J, Carvalho EC. Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Rev Latinoam Enfermagem 1998;6(1):33-9 .

Oliveira TC, Araújo TL, Melo EM, Almeida DT. Avaliação do processo adaptativo de um idoso portador de hipertensão arterial. Rev Latinoam Enfermagem 2002;4:530-536.

Matsudo SM, Matsudo VKR, Neto TLB. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev Bras Ciênc Mov 2000;8:21-32.

Ferreira FFP, Izzo H, Filho WJ. Impacto da capacidade física na saúde percebida entre idosos em velhice avançada. Cad Saúde Coletiva 2007;17:154-7.

Pires SR, Oliveira AC, Parreira VF, Britto RR. Teste de caminhada de seis minutos em diferentes faixas etárias e índices de massa corporal. Rev Bras Fisioter 2007;11:147-151.

Araújo CO, Makdisse MRP, Peres PAT, Tebexreni AS, Ramos LR, Matsushita AM, et al. Diferentes padronizações do teste de caminhada de seis minutos como método para a mensuração da capacidade de exercício de idosos com ou sem cardiopatia clinicamente evidente. Arq Bras Cardiol 2006;86(3):198-205.

Lebrão ML. O envelhecimento no Brasil: aspectos da transição demográfica e epidemiológica. Cad Saúde Coletiva 2007;17:135-40.

Chaimowicz F. Epidemiologia e o envelhecimento no Brasil. In: Freitas EV, et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2006.

Zaslavsky C, Gus I. Idoso. Doença cardíaca e comorbidade. Arq Bras Cardiol 2002;79: 635-9.

Miranda EP, Rabelo HT. Efeitos de um programa de atividade física na capacidade aeróbica de mulheres idosas. Movimentum - Revista Digital de Educação Física da Unileste; 2006.

Sampaio LR. Avaliação nutricional e envelhecimento. Rev Nutr 2004; 17(4):507-514.

Guyton AC, Hall JE. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.7.

Polito MD, Farinatti PTV. Respostas de freqüência cardíaca, pressão arterial e duplo produto ao exercício contra resistência: uma revisão de literatura. Rev Port Ciências Desp 2003;3:79-91.

Moore A, Mangonl AA, Lyons D, Jackson SHD. The cardiovascular system in the ageing patient. Br J Clin Pharmacol 2003;56(3):254-60.

Rodrigues LOC, Garcia ES, Moreira MCV, Ribeiro GA. Avaliação da capacidade funcional através da medida consumo de oxigênio em portadores de provável cardiopatia assintomática. Arq Bras Cardiol 1999;73:1-5.

Angelis K, Santos MSB, Irigoyen MC. Sistema nervoso autônomo e doença cardiovascular. Rev Soc Cardiol 2004;13(3):1-7.

Baraldi GS, Almeida LC, Borges ACL. Perda auditiva e hipertensão: achados em grupos de idosos. Rev Bras Otorrinolaringol 2004;70:640-4.

Affiune A. Envelhecimento cardiovascular. In: Freitas EV. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.

Soares AM, Mion Junior D, Pierin A, Jacob Filho W. A importância de um programa de assistência multidisciplinar no controle de pressão arterial no idoso hipertenso. Einstein (São Paulo) 2007;5(2):137-42.

Amado TCF, Arruda IKG. Hipertensão arterial no idoso e fatores de risco associados. Rev Bras Nutr Clin 2004;19:94-9.

Bloch KV, Rodrigues CS, Fiszman R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial - uma revisão crítica de literatura brasileira. Rev Bras Hipertens 2006;13:134-43.

Miranda RD, Perrotti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS, Neto JT. Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia no diagnóstico e tratamento. Rev Bras Hipertens 2002;9:293-300.

Rosa RF, Franken RA. Fisiopatologia e diagnóstico da hipertensão arterial no idoso: papel da monitorização ambulatorial da pressão arterial e da monitorização residencial da pressão arterial. Rev Bras Hipertens 2007;14:21-4.

Bautmans I, Lombert M, Mets T. The six-minute walk test in community dwelling elderly: influence of health status. BMC Geriatr 2004; 23:4-6.

Silva LG, Pontes CS. Teste de caminhada de seis minutos para pacientes cardiopatas sob a óptica do fisioterapeuta. Interfisio 2006. [citado 2009 Jan 12]. Disponível em URL: http:// www.interfisio.locaweb.com.br

Trooster T, Gosselink R, Decramer M. Six minute walking distance in healthy elderly subjects. J Eur Respir1999;14:270-4.

American Thoracic Society. ATS Statement: guidelines for the six minute walk test. Am J Respir Crit Care Med 2002;166:111-7.

Butland RJ, Pang J, Gross ER, Woodcock AA, Geddes DM. Two, six and twelve-minute walking test in respiratory disease. Br Med J (Clin Res Ed) 1982;284(6329):1607-8.

Rodrigues SL, Mendes HF, Viegas CAA. Teste de caminhada de seis minutos: estudo do aprendizado em portadores de doença pulmonar crônica. J Bras Pneumol 2004;30:122-5.

Brook D, Davis AM, Naglie G. The feasibility of six minute and two minute walk test in patient geriatric rehabilitation. Can J Aging 2007;26:159-62.

Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). II Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre teste ergométrico. Arq Bras Cardiol 2002;78(Supl.2).

Enright PL, McBurnie MA, Bitter V, Tracy RP, McNamara R, Arnold A, Newman AB.

The 6-minute walk test: a quick measure of functional status in elderly adults. Chest 2003;123(2):387-98.

Polcaro P, Lova RM, Guarducci L, Conti AA, Zipoli R, Papucci M et al. Left ventricular function and physical performance on the 6 min walk test in older patients after in patient cardiac rehabilitation. Am J Phys Med Rehabil 2008;87(1):46-52.

Harada ND, Chiu V, Stewart AL. Mobility-related function in older adults: assessment with a 6-minute walk test. Arch Phys Med Rehabil 1999;80(7):837-41.

Silva TLP, Sampaio LMM, Silva AB, Kunikoshita LN, Costa D. Comparação entre o teste de caminhada de seis minutos realizado no corredor e na esteira rolante em mulheres asmáticas. Fisioter Mov 2007;20:137-44.

Keeffe STO, Lye M, Domellan C, Carmichael DN. Reproducibility and responsiveness of quality of life assessment and six minute walk test in elderly heart failure patients. Heart 1998;80:377-82.

Enright PL, Sherrill DL. Reference equations for the six-minute walk in healthy adults. Am J Respir Crit Care Med 1998;158:1384-7.

Rocha RM, Santo EPE, Gouveia EP, Bittencourt MI, Dowsley R, Meirelles LR et al. Correlação entre o teste de caminhada de seis minutos e as variáveis do teste ergométrico em pacientes com insuficiência cardíaca: um estudo piloto. Rev Socerj 2006;19(6):482-6.

Valentin VE, Valentin EE, Abreu LC. Análise do desempenho de mulheres brasileiras adultas saudáveis no teste de caminhada de seis minutos: estudo piloto. Fisioter Bras 2007; 8(Supl 6):6.

Wu G, Sanderson B, Bittner V. The 6-minute walk test: how important is the learning effect? Am Heart J 2003;146:129-33.

Kervio G, Carre F, Ville NS. Reliability and intensity of the six minute walk test in healthy elderly subjects. Med Sci Sports Exerc 2003;35:169-64.

Nery RM, Manfroi WC, Barbisan JN. Teste de caminhada de seis minutos na avaliação pré-operatório da cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev HCPA 2007;27(1)47-50.

Carreira MAMQ, Tavares LR, Leite RF, Ribeiro JC, Santos AC, Pereira KG et al. Teste de esforço em hipertensos em uso de diferentes inibidores da enzima conversora da angiotensina. Arq Bras Cardiol 2003;80:127-32.

Pedroso MA, Simões RA, Bertato MP, Novaes PFS, Peretti A, Alves SCC et al. Efeitos do treinamento de força em mulheres com hipertensão arterial. Saúde Rev 2007;9(21): 27-32.

Macanhan FE, Do Valle PHC, Moreira PR, Barbosa EGS, Guntzel AM, Foresti J et al. Comparação do desempenho no teste de seis minutos de caminhada, entre um grupo de idosos diabéticos e hipertensos que realiza caminhadas regulares, em relação a um grupo controle sedentário não diabético e não hipertenso. Revista de Fisioterapia da Universidade de Cruz Alta 2000;2(2):67.

Vitorino PVO. Efeito do tratamento fisioterápico na atividade física diária e na adesão ao exercício físico de idosos hipertensos [tese]. Brasília: Universidade de Brasília; 2006.

Reboredo MM, Henrique DMN, Faria RS, Bergamini BC, Bastos MG, Paula RB. Correlação entre a distância no teste de caminhada de seis minutos e o pico de consumo de oxigênio em pacientes portadores de doença renal crônico em hemodiálise. J Bras Nefrol 2007;29:88-89.

Published

2009-12-10