Monitoramento das alterações posturais por região corporal ocorridas em jovens atletas de alto rendimento no período de três anos de treinamento
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v16i2.967Abstract
O objetivo deste estudo de caso foi monitorar as alterações posturais por região corporal de jovens atletas nas modalidades de atletismo e voleibol durante um período de três anos. Participaram da amostra 14 jovens atletas (7 sexo feminino e 7 masculino) com idade média de 16,4 (± 1,3) anos que treinavam cinco vezes/semana  4 horas/dia. Para a avaliação postural, utilizou-se o protocolo preconizado pela Portland State University (PSU), cujo índice de correção postural (ICP) normal para jovens é de ≥ 75% e para análise das imagens adotou-se procedimentos da biofotogrametria. Com relação í análise estatística utilizou-se o programa SPSS versão 19.0 sendo os valores percentuais expressos em forma de média e desvio padrão. Para análise inferencial utilizou-se teste de Friedman entre os escores de avaliação postural e para escores entre anos, par a par e gênero utilizou-se o teste de Wilcoxon sendo adotado nível de significância p < 0,05. Os resultados mostraram que na postura houve uma variação percentual significativa entre gênero e ano pelo ICP: a) feminino 2011 (90,9% ± 2,1), 2012 (85,0% ± 3,8) e 2013 (83,6% ± 2,4); e b) masculino 2011 (88,2% ± 5,9), 2012 (85,1% ± 2,1) e 2013 (79,4% ± 4,3). Quanto í região corporal, o abdômen/quadril, em ambos os sexos, obteve (93,0% ± 5,1) e em 2013 os membros inferiores, somente no masculino, apresentaram-se abaixo da normalidade (74,3% ± 7,9). No que se referiu às alterações posturais, (100,0% ± 0,0) indicou hiperextensão em ambos os sexos e (95,2% ± 8,3) no feminino e (100,0% ± 0,0) no masculino, identificou-se escoliose torácica direita. Pode-se concluir que monitorar a postura de jovens atletas a longo prazo é uma excelente estratégia diagnóstica.
Palavras-chave: postura, adolescentes, esporte.Â
References
Fronza FCAO, Teixeira LR. Padrão postural de atletas adolescentes de futebol e a relação de alterações com lesão: uma revisão de literatura. Rev Bras Ciênc Saúde 2009;22:96-101.
Bastos FN, Pastre CM. Correlação entre padrão postural em jovens praticantes do atletismo. Rev Bras Med Esporte 2009;6:432-5.
Santos JB, Dubard M, Rodrigues SS, Dubard MA, Leme A, Rodrigues ECF et al. Alterações posturais de atletas de atletismo de alto rendimento. Revista Brasileira de Fisiologia do ExercÃcio 2013;12:196-205.
Pastre CM, Carvalho Filho G, Monteiro HL, Netto Júnior J, Padovani CR et al. Lesões desportivas no atletismo: comparação entre informações obtidas em prontuários e inquéritos de morbidade referida. Rev Bras Med Esporte 2004;10:1-8.
Neto Júnior J, Pastre CM, Monteiro HL. Alterações posturais em atletas brasileiros do sexo masculino que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais. Rev Bras Med Esporte 2004;10:195-198.
Veiga PHA, Daher CRM, Morais MFF. Alterações posturais e flexibilidade da cadeia posterior nas lesões em atletas de futebol de campo. Rev Bras Ciênc Esporte 2011;33:235-48.
Signoreti MM, Parolina EC. Análise postural em capoeiristas da cidade de São Paulo. Aspectos fisiológicos e biomecânicos. Revista da Faculdade de Ciências da Saúde 2009;6:462-470.
Kendal FP, McCreary EK, Provance PG, Rodgers MM, Romani WA. Músculos provas e funções. 5ª ed. São Paulo: Manole; 2007.
Magee D. Avaliação musculoesquelética. 5a.ed. Barueri: Manole; 2005.
Vilas Boas LR, Rosa VC. A influência da natação nos desvios posturais. Batatais; 2005.
Thomas JR, Nelson JK. Métodos de pesquisa em atividade fÃsica. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. p. 294-26.
Althoff SA, Heyden SM, Robertson D. Back to the basics - whatever happened to posture? Journal of Physical Education, Recreation & Dance 1988;59:20-4.
Althoff SA, Heyden SM, Robertson D. Posture screening - a program that works. Journal of Physical Education, Recreation& Dance 1998;59:26-32.
Santos JB, Moro ARP, Reis DC, Cezar MR, Reis PF, Luz JD, et al. Descrição do método de avaliação postural de Portland State University. Rev Fisio Bras 2005;6:392-5.
Baraúna MA, Ricieri D. Biofotogrametria: recurso diagnóstico do fisioterapeuta. [periódico online]. 2011. [citado 2011 Jul]. DisponÃvel em URL: http://www.fisionet.com.br/noticias/interna.asp?cod=63.
Farhat G. Biofotogrametria: tecnologia na avaliação postural. [periódico online]. 2011. [citado 2011 Set]. DisponÃvel em URL: http://institutopostural.com.br/pontagrossa/biofotogrametria_26/
Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução Nº 196/96. [citado 2008 Nov 12]. DisponÃvel em URL: http://conselho.saude.gov.br/comissao/conep/resolucao.html
SPSS 10: IBM SPSS Statistics, versão 19.0.0. IBM Corporation, Armonk, EUA.
Domingues-Filho LA. ExercÃcios abdominais: estratégias e resultado. Cap. I a importância da prática dos exercÃcios abdominais. São Paulo: Ãcone: 2008; p.19-59.
Bittencourt NF, Amaral GM, Anjos MTS, D'Alessandro R, Silva AA, Fonseca ST. Avaliação muscular isocinética da articulação do joelho em atletas das seleções brasileiras infanto e juvenil de voleibol masculino. Rev Bras Med Esporte 2005;11:331-6.
Macnicol MF. O joelho com problema. 2ª. ed. Barueri: Manole; 2002.
Daneshmandi H, Saki F, Shahheidari S, Khoori A. Lower extremity Malalignment and its linear relation with Q angle in female athletes. Procedia Social and Behavioral Sciences. 2011;15:3349-54.
Verderi E. Programa de Educação Postural. São Paulo: Phorte; 2011.
Matos O. Avaliação postural e prescrição de exercÃcios corretivos. São Paulo: Phorte; 2010.
Mendonça M. RP2: método de alongamento. São Paulo: Phorte; 2005. 168p.
Souchard E. O streching global ativo: a reeducação postural global a serviço do esporte. São Paulo: Manole; 1996.
Kolyniak IEGG, Cavalcanti SMB, Aoki MS. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates®. Rev Bras Med Esporte 2004;10:487-90.
Lemos AT, Santos FR, Gaya ACA. Hiperlordose lombar em crianças e adolescentes de uma escola privada no Sul do Brasil: ocorrência e fatores associados. Cad Saúde Pública 2012;28:781-8.
Fisberg M. ExercÃcios na adolescência. In: Cohen M. Guia de medicina do esporte. Barueri: São Paulo; 2008. p. 203-12.
Guedes DP, Guedes J. Manual prático para avaliação em educação fÃsica. São Paulo: Manole; 2006.
Weineck J. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole; 2003.
Gallahue DL, Ozmun JC. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte; 2001. p. 407- 94.
Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. CaracterÃsticas biomecânicas, ergonômicas e clÃnicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter Pesqui 2010;17:270-6.
Peterson L, Renström P. Lesões do esporte; prevenção e tratamento. Barueri: Manole; 2002. p. 267-330.
Bertolini GRF et al. Avaliação da propriocepção ativa em adultos com lesão de ligamento cruzado anterior. Revista Brasileira de Fisiologia do ExercÃcio 2012;11:146-9.
Weber MD, Ware N. Reabilitação do joelho. In: Andrews JR, Harrelson GL, Wilk KE. Reabilitação fÃsica das lesões desportivas. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro; 2000. p. 235-94. Cap 10
Schulz DA. Anatomia. In: Ellenbecker TS, ed. Reabilitação dos ligamentos do joelho. Manole: Barueri; 2002. p. 1-15.
Ferreira DMA, Fernandes CG, Camargo MR, Pchioni CAS, Fregonesi CEPT, Faria CRS. Avaliação da coluna vertebral: relação entre gibosidade e curvas sagitais por método não-invasivo. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2010; 12:282-9.
Maciel AM, Azevedo MD, Bezerra AC, Azevedo KD, Barros SEB, Santos HH et al. Posturas estáticas de alongamento no tratamento da hiperlordose lombar: relato de casos. Revista Brasileira de Ciência e Saúde 2012;16(s2):45-50.
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of work with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine; Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal; Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase impact and citation of published work (See The Effect of Open Access).