O papel da hidratação e suplementação para atletas com deficiência física
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v16i1.1120Resumen
No ano de 2016, o Brasil recebeu os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A sede da grande festa esportiva foi o Rio de Janeiro, cidade litorânea e de clima quente o ano todo, o que suscitou preocupações com relação ao estado de hidratação dos atletas e estresse térmico. Objetivo:Â Esta revisão tem o objetivo de colher informações sobre hidratação, suplementação, seus métodos e recomendações, e verificar se há informações voltadas ao Atleta Paralímpico, para garantir um equilíbrio hídrico e assim alcançar seus objetivos e melhorar seu desempenho. Métodos: Os métodos utilizados foram seleções de 34 referências bibliográficas, publicadas no período entre 1989 e 2016. Resultados: No caso do deficiente físico (em especial aqueles com lesões medulares), a hidratação deve ser sempre monitorada. Nestes indivíduos, a redução do retorno venoso nos membros imobilizados promove uma alteração fisiológica que resulta no aumento da atividade dos membros superiores. No caso da suplementação investigações como metodologia adequada são limitados, gerando uma série de questionamentos. Conclusão: Concluímos que ainda são necessários mais estudos voltados para os Atletas Paralímpicos, a fim de promover melhora do desempenho e níveis adequados de hidratação e suplementação, para minimizar lesões, fadigas ou qualquer outro tipo de desconforto que podem ocorrer nesses atletas.
Palavras-chave: jogos paralímpicos, atletas paralímpicos, atletas portadores de deficiência física, hidratação, desidratação, hiper-hidratação.
Citas
Senatore V. ParaolÃmpicos do futuro. In: Conde AJM, Souza PAS, Senatore V. Introdução ao movimento paraolÃmpico: manual de orientação para professores de Educação FÃsica. BrasÃlia: Comitê ParaolÃmpico Brasileiro; 2006.
Parsons A. Winckler C. Esporte e a pessoa com deficiência – contexto histórico. In: Mello MT, Winckler C. Esporte ParalÃmpico. São Paulo: Atheneu; 2012. p.6-14.
Comitê ParalÃmpico Brasileiro. Esportes. Competições. [citado 2012 Mar 20]. DisponÃvel em: www.cpb.org.br.
Governo Federal. Portal Brasil 2016. [citado 2016 Fev 21]. DisponÃvel em: URL:http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/incentivo-ao-esporte/plano-brasil-madalhas.
Greenleaf JE. Problem: thirst, drinking behavior, and involuntary dehydration. Med Sci Sports Exerc 1992;24(6):645-56.
Carvalho T, Mara LS. Hidratação e nutrição no esporte. Rev Bras Med Esporte 2010;16(2):144-48.
Noakes TD. Overconsumption of fluids by athletes. BMJ 2003;32(7):1-13.
Dennis SC, Noakes TD, Hawlet JA. Nutritional strategies to minimize fatigue during prolonged exercise: fluid, electrolyte and energy replacement. J Sports Sci 1997;15:305-13.
Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do ExercÃcio: energia, nutrição, energia e desempenho humano: exercÃcio e estresse térmico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p.644-7.
Coyle EF, Hamilton M. Fluid replacement during exercise: effects on physiological homeostasis and performance. In: Gisolfi CV, Lamb DR. Perspectives in exercise science and sports medicine. Fluid homeostasis during exercise. Indianapolis: Benchmark Press; 1990. p.281-303.
Montain SJ. Coyle EF. Influence of graded dehydration on hypertermia and cardiovascular drift during exercise. J Appl Physiol 1992;73(13):40-50.
Barr SI, Costill DL, Fink WJ. Fluid replacement during prolonged exercise: effects of water, saline, or no fluid. Med Sci Sports Exerc 1991;23(7):811-7.
Horswill CA. Effective fluid replacement. Int J Sport Nutr 1998;8(1):75-95
Gatorade Sports Science Institute (GSSI). Consenso do Conselho Consultivo em Ciência e Educação do GSSI na América Latina. Atividade fÃsica no calor: regulação térmica e hidratação, 1999 [citado 2016 Mai 30]. DisponÃvel em: URL:http://www.gssi.com.br.
Noakes TD. Can we trust rehydration research? In: McNamee M, ed. Philosophy and the sciences of exercise, health and sport: critical perspectives on research methods. Oxford: Routledge Press; 2004.p.44-68.
Lair RH. Medical care at ultraendurance triathlons. Med Sci Sports Exercise 1989; 222-5.
Armstrong LE, Epstein Y. Fluidelectrolyte balance during labor and exercise: concepts and misconceptions. Int J Sport Nutr 1999;9(1):1-12.
Oppliger RA, Bartok C. Hydration testing for athletes. Sports Med 2002;32:959-71.
Speedy DB, Noakes TD, Kimber NE. Fluid balance during and after an ironman triathlon. Clin J Sports Med 2001;11(1):44-50.
Mitchell JB, Cole KJ, Grandean PW, Sobczak RJ. The effect of a carbohydrate beverage on tennis performance and fluid balance during prolonged tennis play. Journal of Applied Sport Science Research 1992;6(3):174-80.
Cheuvront SN, Haymes EM, Sawka MN. Comparison of sweat loss estimates for women during prolonged high-intensity running. Med Sci Sports Exerc 2002;34(8):1344-50.
Mountain SJ, Cheuvront SN, Sawka MN. Exercise associated hyponatraemia: quantitative analysis to understand the aetiology. British Journal of Sports Medical 2006; 40:98-106.
Cheuvront SN, Haymes EM. Ad libitum fluid intakes and thermoregulatory responses of female distance runners in three environments. J Sports Sci 2001;19(8)45-54.
Tirapegui J, Castro IA. Introdução à suplementação. In: Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade FÃsica. São Paulo: Atheneu; 2012.
Souza MHL, Elias DO. Fisiologia da água e dos eletrólitos. Ciência na mão 2006; 2:141.
Christiano AMM, Ana CMG, Emerson SG, Luiz OCR. Hidratação durante o exercicio: a sede é suficiente? Rev Bras Med Esp 2006;(12):405-9.
Meyer, Flávia; Perrone, Cláudia A. Hidratação pós-exercÃcio. Recomendações e Fundamentação cientÃfica. Rev Bras Ciênc Mov 2004;12(2):87-90.
Brito CJ, Marins JCB. Caracterização das práticas de hidratação em judocas do estado de Minas Gerais. Rev Bras Ciênc Mov 2005;13(2):59-74.
Murray B. Reposição de Fluidos. Sports Science Exchange 1997;13:1-6.
Coggan NA, Coyle EF. Carbohydrate ingestion during prolonged exercise: effects on metabolism and performance. In: Holloszy JO, ed. Exercise and Sports Science Reviews. Baltimore: Williams and Wilkins; 1991.p.1-40.
Hernandez AJ. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Modificações dietéticas, reposição hÃdrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esport 2009;15(3):6-10.
Carvalho T. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Modificações dietéticas, reposição hÃdrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte 2003;9:57-68.
Claudia JR, Andréa MJ. Guia de Suplementação Nutricional no Esporte ParalÃmpico - CPB. 2016. [citado 2016 Abr 5]. DisponÃvel em: http://www.cpb.org.br/documents/20181/32567/Manual+de+Suplementa%C3%A7%C3%A3o+Nutricional+no+Esporte+Paral%C3%ADmpico.pdf/622de1d0-e88b-497d-9917-a4fd1906deee
Tavares RG. Estratégias de hidratação antes, durante e após o exercÃcio em atletas de elite. Efdeportes 2008;13(123).
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).