Potência aeróbia em diferentes estágios de maturação de jovens jogadores de futebol das categorias infantil e juvenil

Autores/as

  • Leandro Raider Faculdade de Medicina de Valença

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v14i4.119

Resumen

A busca pelo melhor resultado nas partidas de futebol passou a ser um ato devidamente estudado e pesquisado, porém há uma carência de pesquisa a respeito da potência aeróbia e os estágios de maturação dos jovens atletas, representando uma grande perda de informações para os profissionais atuantes na área. O presente estudo tem como objetivo identificar os estágios de maturação e sua influência nos valores de potência aeróbia nas categorias infantil e juvenil. A amostra foi composta por cento e cinquenta (N = 150) jogadores de futebol do sexo masculino, com idades compreendidas entre 14 e 17 anos. Para a avaliação da potência aeróbia, foi utilizado o teste de Yo-Yo Recovery Intermitente ní­vel I. As avaliações maturacionais foram feitas através do protocolo de Anner (1962) que divide em 5 os estágios de maturação pubiana. Foram realizadas as estatí­sticas descritivas (média, desvio padrão e coeficiente de variação) e, para verificar as diferenças das variáveis dependentes entre os estágios maturacionais, foram realizados os testes não paramétricos Mann Whitney U e Kruskall Wallis. Na categoria Infantil encontramos atletas nos estágios de maturação 3 (VO2 46,39 ml/kg-1. min-1), estágio 4 (VO2 45,40 ml/kg-1. min-1) e estágio 5 (VO2 46,20 ml/kg-1. min-1). Já na categoria juvenil encontramos atletas apenas nos estágios 4 (VO2 47,3 ± 1,8 ml/kg-1. min-1) e estágio 5 (VO2 48,1 ± 1,6 ml/kg-1. min-1).(p = 0,03). O presente estudo concluiu que na categoria infantil não houve diferenças significativas entre os estágios de maturação 3, 4 e 5 e os valores de potência aeróbia. Entretanto, na categoria juvenil ocorreu diferenças significativa entre os valores de potência aeróbia e os estágios 4 e 5.

Palavras-chave: futebol, maturação e potência aeróbia.

Biografía del autor/a

Leandro Raider, Faculdade de Medicina de Valença

M.Sc., Professor de Fisiologia do Exercí­cio na Faculdade de Medicina de Valença – CESVA/FAA

Citas

Santos PJ, Soares JM. Capacidade aeróbia em futebolistas de elite em função da posição específica no jogo. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto 2001;1(2):7-12.

Barros TL, Guerra I. Ciência e Futebol. Barueri: Manole; 2004.

Gomes AC, Souza J. Futebol: treinamento desportivo de alto rendimento. Porto Alegre: Artmed; 2008.

Malina, RM, Bouchard C. Atividade Física do Atleta Jovem: do crescimento a maturação. São Paulo: Roca; 2002.

Bangsbo J, Mohr M, Krutrusp P. Physical and metabolic demands of training and match-play in the elite football players. J Sports Sci 2006;24(7):665-74.

Tanner J. Growth at adolescence, with a general consideration of the effects of hereditary and environmental factors upon growth and maturation from birth to maturity. Oxford: Blackwell; 1962.

Matsudo S, Matusudo V. Validade da autoavaliação na determinação da maturação sexual. Rev Bras Ciênc Mov 1991;5(2):18-35.

Costa RF. Composição corporal: teoria e prática da avaliação. 1a ed. São Paulo: Manole; 2001.

Slaughter MH, Lohman TG, Boileau RA, Horswill CA, Stillman RJ, Van Loan MDE, et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Hum Biol 1988; 60(5):709-23.

Bangsbo J. Yo-yo Test. Ancona: Kells; 1996.

Tanaka H, Monahan KD, Seals DR. Age-predicted maximal heart rate revisited J Am Coll Cardiol 2001;37(1):153-6.

Lima DA, Estrada LFG, Massa M. A maturação sexual e a idade cronológica durante um processo de detecção, seleção e promoção do talento esportivo nas categorias de base do futebol de campo. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte 2008;7(3):83-90.

Malina RM, Eisenmann JC, Cumming SP, Ribeiro B, Aroso J. Maturity-associated variation in the growth and functional capacities of youth football ( soccer) players 13-15 years. Eur J Appl Physiol 2004;3(91):555-62.

Cacciari E, Mazzanti L, Tassinari D, Bergamaschi R, Magnani D, Zappula, et al. Effects of sport (football) on growth: auxological, anthropometric and hormonal aspects. Eur J Appl Physiol 1990;61:149-58.

Feliu RA, Albanell PM, Bestit CC, Banos MF, Fernandez BJ, Marti-Heneberg M. Predicción de la capacidad física de deportistas durante la pubertad: Análisis en futbolistas de alto rendimiento. An Esp Pediatr1991;35:323-26.

Pena RME, Cardenas-Barahona E, Malina RM. Growth, physique, and skeletal maturation of soccer players 7–17 years of age. Humanbiol Budapestin 1994;5:453-58.

Williams AM, Reilly T. Talent identification and development in soccer. J Sports Sci 2000; 18(9):657-67.

Meylan C. Cronic J. Oliver J. Hughes M. Talent Identification in Soccer: The role of maturity status on physical, physiological and technical characteristics. Int J Sports Sci Coach 2010;5(4):571-92.

Pittoli TEM, Barbieri FA, Pauli JR, Gobbi LTB, Kokubun E. Brazilian soccer players and no-player’s adolescents: effect of the maturity status on the physical capacity components performance. J Hum Sport Exerc 2010;5(2):280-7.

Carvalho HM, Silva MJC, Figueiredo AJ, Philippaerts RM, Castagna C, Malina RM, et al. Predictors of maximal short-term Power outputs in basketball players 14-16 years. Eur J Appl Physiol 2011;111:789-96.

Mascarenhas LPG, Stabeline NA, Bozza R, Cezar CJ, Campos W. Comportamento do consumo máximo de oxigênio e da composição corporal durante o processo maturacional em adolescentes do sexo masculino participantes de treinamento de futebol. Rev Bras Ciênc Mov 2006;14(1):41-8.

Veale JP, Pearce AJ, Carlson JS. The yo-yo intermittent recovery test (level 1) to discriminate elite junior Australian football players. J Sci Med Sport 2010;13:329-31.

Castagna C. Effects of intermittent-endurance fitness on match performance in young male soccer players. J Strength Cond Res 2009;23(7):1954-9.

Boisseau N, Delamarche P. Metabolic and hormonal responses to exercise in children and adolescents. Sports Med 2000;30(6):405-18.

Publicado

2016-05-14