A nova calistenia

Autores/as

  • Alexandre Fernandes Machado USJT

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i2.2463

Resumen

Em 1829 o suí­ço Phoktion Heinrich Clias publicou o livro intitulado: Kallisthenie - Exercises for Beauty and Strength, caracterizando a calistenia como prática ritmada de exercí­cios com o peso corporal denominados de exercí­cios livres [1,2].

A estrutura de uma sessão de calistenia obedece a três princí­pios básicos, sendo eles: seleção, precisão e totalidade [1]. Os exercí­cios da sessão são distribuí­dos em três grupos: introdutório, exercí­cios de aquecimento; fundamental, constituí­do de exercí­cios de extensão, flexão e laterais de tronco, equilí­brio, abdominais, corridas, saltos e conclusivo, constituí­dos de exercí­cios de volta í  calma [2].

O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) é considerado um método de treinamento eficiente e seguro para o aprimoramento da aptidão fí­sica de indiví­duos com diferentes ní­veis de atividade fí­sica [3-5]. As sessões são compostas por estí­mulos repetidos de alta intensidade, que podem variar entre 15 segundos a 1 minuto [6] seguidos por perí­odo de recuperação de 10 segundos até 4 minutos [7].

Alguns pesquisadores [8-10] reintroduziram a prática de exercí­cios com o peso corporal usando o HIIT. Esse treinamento pode ser considerada uma modalidade de fácil acesso e baixo custo o que facilitaria a inclusão de grande parte da população, mas é necessária uma proposta metodológica clara e de fácil uso para a massificação do HIIT [11].

Em 2017 um grupo de pesquisadores [12] propôs uma metodológica de organização da sessão de treino de HIIT com peso do corpo e denominou de HIIT body work. A proposta metodológica surgiu a partir de uma série de pesquisas [13-17] nas quais foram observadas as respostas fisiológicas e modelos metodológicos, como: resposta da frequência cardí­aca, reposta do lactato, resposta do consumo do oxigênio, esforço percebido, recuperação percebida, classificação dos exercí­cios e distribuição dos exercí­cios.

Com isso a seleção dos exercí­cios para a elaboração de uma sessão de HIIT body work obedece a uma regra metodológica, que é um dos pilares da calistenia tradicional, na qual se destacam: a sessão deve ser de caráter inclusivo, usar apenas o peso do corpo e ter como objetivo saúde, condicionamento e/ou estética. Nesse contexto podemos afirmar que o HIIT body work é a nova calistenia, pois ele se enquadra nos quatro pilares da calistenia tradicional, porém com uma nova abordagem metodológica.

Biografía del autor/a

Alexandre Fernandes Machado, USJT

Doutorando em Educação Fí­sica da Universidade São Judas Tadeu, SP, Sócio fundador da VO2pro

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Publicado

2022-03-05