Validação de uma balança de impedância bioelétrica para a estimativa de gordura corporal em adolescentes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v19i5.4106

Palabras clave:

pletismografia; impedância bioelétrica; adolescentes; excesso de peso

Resumen

Introdução: A estimativa da gordura corporal tem sido realizada por diversos equipamentos disponíveis no mercado. Entretanto, muitos desses equipamentos não foram comparados com critérios de referência que verificassem a sua real acurácia. Objetivo: Verificar a validade de uma balança de impedância bioelétrica (OMRON-514C) para a estimativa de gordura corporal. Métodos: Quarenta e quatro adolescentes com excesso de peso (25 do sexo feminino) participaram deste estudo, com idade média de 12,3 ± 1,1 anos. Todos foram submetidos à avaliação da gordura corporal por pletismografia de deslocamento de ar e impedância bioelétrica. Resultados: Valores mais elevados de gordura corporal relativa e absoluta foram estimados por impedância bioelétrica em relação à pletismografia (p < 0,05). Não houve correlação entre as medidas de gordura corporal relativa entre os dois métodos (r = 0,185; p = 0,228). As medidas absolutas de gordura corporal foram correlacionadas (r = 0,497, p = 0,001). Tanto nas medidas de gordura corporal relativa (p = 0,034) quanto absoluta (p = 0,021), nas quais, para ambas as medidas, a impedância bioelétrica superestimou os valores medidos. Conclusão: Em adolescentes com características semelhantes à do presente estudo, a estimativa de gordura corporal pela impedância bioelétrica (OMRON-514C) deve ser usada com cautela.

Biografía del autor/a

Andreia Pelegrini, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil

André de Araújo Pinto, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil

Hector Cris Colares de Angelo, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil

Gaia Salvador Claumann, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina,  Florianópolis, SC, Brazil

Diego Augusto Santos Silva, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina,  Florianópolis, SC, Brasil

Mateus Augusto Bim, UESC

Universidade do Estado de Santa Catarina,  Florianópolis, SC, Brasil

Citas

Jardim JB, Souza IL. Obesidade infantil no Brasil: uma revisão integrativa. J Manag Prim Healh Care 2017;8(1):66-90. doi: 10.14295/jmphc.v8i1.275

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde: Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica; 2015.

FAO/OPAS: sobrepeso afeta quase metade da população de todos os paí­ses da América Latina e Caribe 2017. Disponí­vel em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5331:fao-opas-sobrepeso-afeta-quase-metade-da-populacao-de-todos-os-paises-da-america-latina-e-caribe&Itemid=820

Malta DC, Silva MMAD, Moura LD, Morais Neto OLD. A implantação do Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 2003 a 2015: alcances e desafios. Rev Brasil Epidemiol 2017;20:661-75. doi: 10.1590/1980-5497201700040009

Neves FS, Oliveira RMS, Cândido APC. Aspectos epidemiológicos do excesso de peso em crianças e adolescentes: tendência secular nas perspectivas mundial e brasileira. Rev APS 2018;20(2):293-95. doi: 10.34019/1809-8363.2017.v20.16586

Vigitel Brasil. Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão. Brasí­lia: Conselho Federal de Nutricionistas; 2016.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: 2015. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2016.

Silveira MGG. Prevenção da obesidade e de doenças do adulto na infância. Petrópolis: Vozes; 2017.

Reilly JJ, El-Hamdouchi A, Diouf A, Monyeki A, Somda SA. Determining the worldwide prevalence of obesity. The Lancet 2018;391(10132):1773-4. doi: 10.1016/S0140-6736(18)30794-3

Martin AD, Drinkwater DT. Variability in the measures of body fat. Curr Sport Med Rep 1991;11(5):277-88. doi: 10.2165/00007256-199111050-00001

Giannichi RS, Bedim RF, Rigueira JE. Análise da técnica de bioimpedância elétrica em relação a sua validade. In: IV Simpósio Mineiro de Ciências do Esporte. Viçosa: Imprensa Universitária. Rev Min Educ Fis 2000.

Pereira LLO, Campos FPL, Lancha Junior AH. Obesity: considerations about etiology, metabolism, and the use of experimental models. Diabetes Metab Syndr Obes 2012;5:75-87. doi: 10.2147/DMSO.S25026

Leite MJCIC. Métodos de avaliação da composição corporal. Porto: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto; 2004.

Delisle Nyström C, Henriksson P, Alexandrou C, Löf M. The Tanita SC-240 to assess body composition in pre-school children: An evaluation against the three components model. Nutrients 2016;8(6):371. doi: 10.3390/nu8060371

Verney J, Metz L, Chaplais E, Cardenoux C, Pereira B, Thivel D. Bioelectrical impedance is an accurate method to assess body composition in obese but not severely obese adolescents. J Food Nutr Res 2016;36(7):663-70. doi: 10.1016/j.nutres.2016.04.003

Barreira TV, Staiano AE, Katzmarzyk PT. Validity assessment of a portable bioimpedance scale to estimate body fat percentage in White and African–American children and adolescents. Int J Pediatr Obes 2013;8(2):e29-e32. doi: 10.1111/j.2047-6310.2012.00122.x

Canadian Society for Exercise Physiology. The Canadian physical activity, fitness and lifestyle appraisal: CSEP´s guide to health active living. 3 ed. Ottawa: CSEP; 2004.

Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. BMJ 2000;320((7244):1240-3. doi: 10.1136/bmj.320.7244.1240

Mello MT, Dâmaso AR, Antunes HKM, Siqueira KO, Castro ML, Bertolino SV, et al. Avaliação da composição corporal em adolescentes obesos: o uso de dois diferentes métodos. Rev Brasil Med Esp 2005;11(5):267-70. doi: 10.1590/S1517-86922005000500004

Fields DA, Goran MI. Body composition techniques and the four-compartment model in children. J Appl Physiol 2000;89(2):613-20. doi: 10.1152/jappl.2000.89.2.613

Silva DRP, Ribeiro AS, Pavão FH, Ronque ER, Avelar A, Silva AM et al. Validade dos métodos para avaliação da gordura corporal em crianças e adolescentes por meio de modelos multicompartimentais: uma revisão sistemática. Rev Assoc Med Brasil 2013;59(5):475-86. doi: 10.1016/j.ramb.2013.03.006

Faria ER, Faria FR, Gonçalves, VSS, Franceschini, SCC, Peluzio, MCG, Sant´Ana LFR, et al. Prediction of body fat in adolescents: comparison of two electric bioimpedance devices with dual-energy X-ray absorptiometry. Nutr Hosp 2014;30(6):1270-8. doi: 10.3305/nh.2014.30.6.7793

Roemmich JN, Clark PA, Weltman A, Rogol AD. Alterations in growth and body composition during puberty. I. Comparing multicompartment body composition models. J Appl Physiol 1997;83(3):927-35. doi: 10.1152/jappl.1997.83.3.927

Bray GA, Delany JP, Volaufova J, Harsha DW, Champagne C. Prediction of body fat in 12-y-old African American and white children: evaluation of methods. Am J Clin Nutr 2002;76(5):980-90. doi: 10.1093/ajcn/76.5.980

Heyward VH, Wagner DR. Applied body composition assessment. Human Kinetics 2004. doi: 10.1186/1475-2891-7-26

Dehghan M, Merchant AT. Is bioelectrical impedance accurate for use in large epidemiological studies? Nut J 2008;7(1):26. doi: 10.1186/1475-2891-7-26.

McClanahan BS, Stockton MB, Lanctot JQ, Relyea G, Klesges RC, Slawson DL, et al. Measurement of body composition in 8–10-year-old African-American girls: A comparison of dual-energy X-ray absorptiometry and foot-to-foot bioimpedance methods. Int J Ped Ob 2009;4(4):389-96. doi: 10.3109/17477160902763358

Publicado

2021-10-15