Relação da apneia obstrutiva do sono com consumo de oxigênio, atividade física e alimentação
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i1.4340Palavras-chave:
consumo de alimentos; exercício físico; qualidade de vida; apneia obstrutiva do sono; comportamento sedentárioResumo
Objetivo: Avaliar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), nível de atividade física, consumo alimentar e qualidade de vida em pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS). Métodos: Estudo descritivo quali-quantitativo com análise transversal a partir de aplicação de questionários estruturados, realizado em uma clínica privada de Petrolina, PE. A qualidade de vida foi avaliada pelo WHOQOL-bref, o consumo alimentar pelo formulário de marcadores do consumo alimentar que consta no Protocolo do SISVAN e o nível de atividade física pela versão curta do IPAQ. Resultados: Dos 16 pacientes incluídos, 6 não tinham AOS, 4 apresentaram AOS leve, 2 AOS moderada e 4 AOS grave. Sedentarismo foi prevalente em 20% dos pacientes com AOS leve, em 50% dos com AOS moderada e em 75% dos com AOS grave. Consumo alimentar saudável prevaleceu em todos os grupos, com maior consumo de alimentos não saudáveis por pacientes com AOS grave. Foi identificado predomínio de qualidade de vida regular em todos os grupos, necessitando melhorar especialmente o domínio físico de todos eles. Tanto VO2máx quanto o limiar anaeróbico apresentaram valores reduzidos à medida que a gravidade da doença aumentava, sendo menores os valores nos pacientes com a forma mais grave da doença. Conclusão: Foi constatada relação inversa entre AOS mais grave com o VO2máx e os níveis de atividade física dos pacientes analisados. Há um maior consumo de alimentos não saudáveis com má alimentação e comportamento sedentário que constituem importantes fatores de risco para o desenvolvimento e agravamento da doença.
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