Espectroscopia no infravermelho próximo durante exercício contrarresistência de baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i5.4748Palavras-chave:
treinamento de força; músculo esquelético; força muscular; espectroscopia de luz próxima ao infravermelhoResumo
Introdução: Exercícios contrarresistência de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) são conhecidos por serem eficazes na promoção de força e hipertrofia muscular. No entanto, há uma escassez de evidências sobre suas respostas hemodinâmicas agudas. Objetivo: Comparar as alterações nas concentrações musculares de oxihemoglobina (O2Hb), desoxihemoglobina (HHb) e saturação de O2 (StO2) durante exercício contrarresistência com baixa intensidade com fluxo sanguíneo livre (FSL) e RFS. Métodos: Quinze homens saudáveis foram submetidos aleatoriamente a testes de extensão bilateral do joelho (4 séries/15 repetições a 20% de 1RM, intervalo de 30s entre séries) nas condições FSL e RFS. Na condição RFS, os voluntários se exercitaram com um manguito posicionado na região proximal da coxa e inflado a 50% da pressão de oclusão. Alterações no O2Hb, HHb, hemoglobina total (tHb) e StO2 no músculo vasto lateral foram monitorados usando espectroscopia no infravermelho próximo. Resultados: Uma ANOVA de duas vias com medidas repetidas revelou efeitos principais significativos em séries para todas as variáveis. Os valores de StO2 durante as séries 2, 3 e 4 em condições de RFS foram significativamente menores do que em FSL. Também foram observadas diferenças entre as condições de exercício durante os intervalos de descanso para HHb (intervalos 2, 3 e 4) e tHb (intervalo 3) (todas as diferenças para P < 0,05). Não houve interações significativas entre as condições e séries ou condições e intervalos para O2Hb. Conclusão: O exercício contrarresistência de baixa intensidade realizado com RFS diminuiu significativamente a StO2 muscular e aumentou a hemoglobina muscular total.
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