Impacto de diferentes protocolos de treinamento no sinergismo muscular em testes de força máxima e submáxima no exercício supino reto

Artigo original - e235589 - Publicado 1 de outubro de 2024

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v23i2.5589

Palavras-chave:

eletromiografia, força muscular, músculos peitorais, músculo esquelético

Resumo

Objetivo: Este estudo analisou a ativação dos músculos peitoral maior (PM) e tríceps braquial (TB) em testes de força no supino após 10 semanas de treinamento. Métodos: Trinta e três indivíduos não treinados foram divididos em dois grupos experimentais e um grupo controle. Os protocolos foram equiparados em termos de intensidade (50-55% de uma repetição máxima - 1RM), frequência (3 vezes por semana), pausa entre as séries (3 minutos), número de séries (3 a 4 séries) e tempo sob tensão em cada série (36 segundos), mas com número de repetições e duração diferentes (12 repetições vs. 3 segundos / 6 repetições vs. 6 segundos). Resultados: No teste de resistência de força, ambos os grupos experimentais aumentaram a amplitude do sinal eletromiográfico (EMG) em comparação com o grupo controle, mas sem diferença entre eles. A ativação foi maior para o tríceps braquial do que para o peitoral maior e, portanto, a relação de ativação do peitoral maior/tríceps braquial diminuiu significativamente em ambos os grupos, mas sem diferença entre eles. Nos testes de 1RM e de contração isométrica voluntária máxima, a amplitude do sinal EMG, a relação de ativação e a análise de correlação cruzada não apresentaram nenhuma alteração na comparação entre os grupos experimental e de controle. Conclusão: Os resultados mostraram que o fato de os protocolos utilizarem ações dinâmicas, bem como o mesmo tempo sob tensão (TST) e as diferenças entre os testes de repetição única e múltipla, determinaram as respostas verificadas.

Biografia do Autor

Daniel Cesar Teixeira, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Andre Gustavo Pereira de Andrade, UFMG

Laboratório de Biomecânica Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Hugo Cesar Martins-Costa, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais; Departamento de Educação Física, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo horizonte, MG, Brasil

Lucas Tulio Lacerda, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, BH, Brasil

Mateus Camargos Gomes, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Mauro Heleno Chagas, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Rodrigo César Ribeiro Diniz, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

Fernando Vitor Lima, UFMG

Laboratório de Musculação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

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Publicado

2024-10-02

Edição

Seção

Artigos originais