Mapeamento e análise do fluxo de atendimento ao usuário em uma Unidade de Pronto Atendimento
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i6.2857Abstract
Objetivo: Mapear e analisar o macroprocesso de atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Métodos: Trata-se de relato de experiência de integração ensino-serviço realizado em uma UPA localizada na região sudoeste do estado de Mato Grosso. Compuseram a equipe de trabalho docentes e discentes do curso de enfermagem e administração, direção, coordenador da equipe médica e de enfermagem e dois profissionais da assistência da UPA. A coleta foi dividida em etapas: o mapeamento do fluxo, de documentos e a característica do tipo de atendimento. Resultados: A descrição dos dados primários e secundários levantados permitiu compreender que esse fluxo de atendimento participa do macroprocesso de atendimento ao usuário, composto por 5 processos, que ocorrem em 11 departamentos. Sua análise possibilitou identificar pontos de melhoria em todos os cinco processos. No período analisado, percebe-se que 77% da produção de atendimento são referentes às classificações verde e azul. Conclusão: Conclui-se a necessidade de aperfeiçoar espaços de gestão da assistência, aumentar o quantitativo de recursos humanos de enfermagem, além de instituir um diálogo com a atenção primária í saúde por meio da gestão da clínica capaz de regular corretamente o usuário no sistema de saúde local.
Palavras-chave: serviço hospitalar de admissão de pacientes, serviço hospitalar de emergência, triagem, avaliação de processos, serviços de saúde.
References
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção à s Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2013.
Souza MF, Figueiredo LA, Pinto IC. Análise da utilização do Serviço de Pronto-Socorro na Percepção do Usuário. Cienc Cuid Saúde 2010;9(1):13-20. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v9i1.5242
Bittencour RJ, Hortale VA. Intervenções para solucionar a superlotação nos serviços de emergência hospitalar: uma revisão sistemática. Cad Saúde Pública 2009;25(7):1439-54. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000700002
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2048 de 05 de novembro de 2002. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2002. DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
Konder MT, O’Dwyer G. As Unidades de Pronto-Atendimento na PolÃtica Nacional de Atenção à s Urgências. Rev Saúde Coletiva 2015;25(2):525-45. https://doi.org/10.1590/S0103-73312015000200011
Oliveira SN, Ramos BJ, Piazza M, Prado ML, Reibnitz KS, Souza AC. Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24h: percepção da enfermagem. Texto Contexto Enferm 2015;24(1):238-44. https://doi.org/10.1590/0104-07072015003390011
Diniz AS, Silva AP, Souza CC, Chianca TCM. Demanda clÃnica de uma unidade de pronto atendimento, segundo o protocolo de Manchester. Rev Eletr Enf 2014;16(2):312-20. https://doi.org/10.5216/ree.v16i2.21700
Gomide MFS, Pinto IC, Figueiredo LA. Acessibilidade e demanda em uma Unidade de Pronto Atendimento: perspectiva do usuário. Acta Paul Enferm 2012;25(spe2):19-25. https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000900004
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 10 de 3 de janeiro de 2017: Redefine as diretrizes de modelo assistencial e financiamento de UPA 24h de Pronto Atendimento como Componente da Rede de Atenção à s Urgências, no âmbito do Sistema Único de Saúde. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2017.
Grupo Brasileiro de Acolhimento com Classificação de Risco. História da Classificação de Risco 2010 [citado 2017 Jun 04]. DisponÃvel em: http://gbcr.org.br/
Jesus PBR, Lopes MHBM, Toti ICC, Silva VFP, Monteiro, MI, Lamas JLT. Caracterização e classificação de risco em urgência e emergência hipertensiva. Cogitare Enferm 2016;21(2): 01-09. https://doi.org/10.5380/ce.v21i2.43590
Mello AENS. Aplicação do Mapeamento de Processos e da Simulação no desenvolvimento de projetos de processos produtivos [Tese]. Itajubá: Universidade Federal de Itajubá; 2008. DisponÃvel em: http://repositorio.unifei.edu.br/xmlui/handle/123456789/1695
Cunha AUN. Mapeamento de Processos Organizacionais na UnB: Caso Centro de Documentação da UnB – CEDOC [Monografia]. BrasÃlia: Universidade de BrasÃlia; 2012. DisponÃvel em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4191/1/2012_AlexUilamardoNascimentoCunha.pdf
Pinho AF, Leal F, Montevechi JAB, Almeida DA. Combinação entre as técnicas de fluxograma e mapa de processo no mapeamento de um processo produtivo. In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2007; Foz do Iguaçu. DisponÃvel em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_tr570434_9458.pdf
Mareth T, Alves WT, Borba GS. Mapeamento de processos e simulação como procedimentos de apoio à gestão de custos: uma aplicação para o processo de registros e matrÃculas da Universidade de Cruz Alta [dissertação]. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos; 2015. DisponÃvel em: http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/2830/TacianaMarethCienciasContabeis.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Vasconcelos ACF, Stedefeldt E, Frutuoso MFP. Uma experiência de integração ensino-serviço e a mudança de práticas profissionais: com a palavra, os profissionais de saúde. Interface (Botucatu) 2016;20(56):147-58. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0395
Brasil. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde no Brasil. Laboratório de Inovação em Educação na Saúde com ênfase em Educação Permanente. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2018.
Gleriano JS, Lucietto GC, Reis JB, Teixeira VM, Chaves LDP. A percepção de enfermeiros da estratégia saúde da famÃlia sobre o conceito e prática da avaliação. CuidArte Enferm 2017;11(2):248-56 DisponÃvel em: http://www.webfipa.net/facfipa/ner/sumarios/cuidarte/2017v2/248.pdf
Gleriano JS, Roela SCR, Gasparini LVL, Bento RCP, Furquim FC, et.al. Mapeamento de processos na dispensação de medicamentos: ferramenta para gestão e melhoria da qualidade. Rev Adm Saúde 2018;18(72). https://doi.org/10.23973/ras.72.127
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. População de Tangará da Serra – MT, 2015. DisponÃvel em: https://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/mt/tangara-da-serra/panorama
Tangará da Serra (MT). Decreto nº 216, de 30 de junho de 2016. Institui o complexo hospitalar municipal. Diário Oficial de Tangará da Serra (Mato Grosso). 05 de julho de 2016.
Cury A. Organização e métodos: uma visão holÃstica. 8ª ed. São Paulo: Atlas; 2007.
Becker HS. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. 4ª ed. São Paulo: Hucitec; 1999.
Mattar FN. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. 6ª ed. São Paulo: Atlas; 2005.
Konder M, O’dwyer G. As Unidades de Pronto Atendimento como unidades de internação: fenômenos do fluxo assistencial na rede de urgências. Physis 2019;29(2). https://doi.org/10.1590/s0103-73312019290203
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 1600, de 7 de julho de 2011. Reformula a PolÃtica Nacional de Atenção à s Urgências e institui a Rede de Atenção à s Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). BrasÃlia; 2011. DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html
Inoue KC, Bellucci Júnior JA, Papa MAF, Vidor RC, Matsuda LM. Evaluation of quality of risk classification in emergency services. Acta Paul Enferm 2015;28(5):420-5. https://doi.org/10.1590/1982-0194201500071
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN n. 423/2012. Normatiza no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem a participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Risco. BrasÃlia: COFEN, 2012. DisponÃvel em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4232012_8956.html
Erdmann AL, Andrade SR, Mello ALSF, Drago LC. A atenção secundária em saúde: melhores práticas na rede de serviços. Rev Latinoam Enferm 2013;21(spe):131-9. https://doi.org/10.1590/S0104-11692013000700017
O’Dwyer G, Machado CV, Alves RP, Salvador FG. Atenção pré-hospitalar móvel às urgências: análise de implantação no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2016;21(7):2189-2200. https://doi.org/10.1590/1413-81232015217.15902014
O’Dwyer G, Konder MT, Machado CV, Alves CP, Alves RP. The current scenario of emergency care policies in Brazil. BMC Health Services Research 2013;13:70. DisponÃvel em: https://bmchealthservres.biomedcentral.com/articles/10.1186/1472-6963-13-70
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN/BR). Resolução COFEN 543/2017. DisponÃvel em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-5432017_51440.html
Ulbrich EM, Mantovani MF, Balduino AF, Reis BK. Protocolo de enfermagem em atendimento emergencial: subsÃdios para o acolhimento à s vÃtimas. Cogitare Enferm 2010; 15(2):286-92. https://doi.org/10.5380/ce.v15i2.17863
Machado CV, Lima LD, O’Dwyer G, Andrade CLT, Baptista TWF, Pitthan RGV, et al. Gestão do trabalho nas Unidades de Pronto Atendimento: estratégias governamentais e perfil dos profissionais de saúde. Cad Saúde Pública 2016;32(2):e00170614. https://doi.org/10.1590/0102-311X00170614
Montejano AC, Visser LS. What is a triage nurse? Journal of Emergency Nursing 2010;36(1):85-6. https://doi.org/10.1016/j.jen.2009.07.010
Brasil. Ministério da Saúde. PolÃtica Nacional de Atenção à s Urgências. BrasÃlia, 2003. DisponÃvel em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf
O’Dwyer G, Konder MT, Reciputti LP, Lopes MGM, Agostinho DF, Alves GF. O processo de implantação das unidades de pronto atendimento no Brasil. Rev Saúde Pública 2017;51(125). https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000072
Lago LM, Martins JJ, Schneider DG, Barra DCC, Nascimento ERP, Albuquerque GL et al. Intinerário terapéutico de los usuarios de una urgencia hospitalar. Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(Supl 1):1283-91. https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000700037
Oliveira SN, Ramos BJ, Piazza M, Prado ML, Reibnitz KS, Souza AC. Unidade de Pronto de Atendimento - UPA 24h: percepção da enfermagem. Texto Contexto Enferm 2015;24(1):238-44. https://doi.org/10.1590/0104-07072015003390011
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2ª ed. BrasÃlia: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011. DisponÃvel em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&category_slug=servicos-saude-095&alias=1402-as-redes-atencao-a-saude-2a-edicao-2&Itemid=965
Junior JAB, Matsuda LM, Marcon SS. Análise do fluxo de atendimento de serviço hospitalar de emergência: estudo de caso. Rev Eletr Enf 2015;17(1):108-16. https://doi.org/10.5216/ree.v17i1.23823
Nascimento ERP, Hilsendeger BR, Neth C, Belaver GM, Bertocello KCG. Classificação de risco na emergência: avaliação da equipe de enfermagem. Rev Enferm UERJ 2011;19(1):84-8. DisponÃvel em: http://www.facenf.uerj.br/v19n1/v19n1a14.pdf