Percepção dos graduandos de enfermagem sobre práticas simuladas em emergência
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v19i2.3083Abstract
Introdução: As metodologias ativas de ensino, dentre as quais a simulação, podem contribuir para a formação de profissionais competentes. Objetivo: Analisar a percepção dos acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública do sul de Minas Gerais sobre as atividades práticas simuladas em casos clínicos de emergência. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e analítico. Foi desenvolvido com discentes do curso de enfermagem que tiveram a simulação como método avaliativo. Os dados foram coletados por entrevistas com roteiro semiestruturado e para organização e análise dos dados utilizou-se a Análise Temática. Resultados: Da análise temática foi possível construir um tema central - percepção dos estudantes de enfermagem: uma visão ambígua e os subtemas: aspectos positivos da simulação, aspectos negativos da simulação, e contexto da simulação: críticas ao método e currículo. Apreende-se que a percepção dos alunos de enfermagem sobre a simulação é ambígua. Pode oportunizar o desenvolvimento de competências para as emergências, por outro, pode causar ansiedade, medo, insegurança, o que pode dificultar o aprendizado. Conclusão: A simulação no ensino de enfermagem pode contribuir no processo de formação do profissional, na melhoria do aprendizado e na qualidade do cuidado, e relaciona-se ao modo como ela se insere no projeto de curso.
Palavras-chave: enfermagem, educação, simulação, emergências.
References
Santos JLG, Souza CSBN, Tourinho FSV, Sebold LF, Kempfer SS, Linch GFC. Estratégias didáticas no processo de ensino-aprendizagem de gestão em enfermagem. Texto Contexto Enferm 2018;27:e1980016. https://doi.org/10.1590/0104-070720180001980016
Quilici AP, Abrão KC, Timermam S, Gutierrez F. Simulação clÃnica: do conceito à aplicabilidade. Rio de Janeiro: Atheneu; 2012. 164p.
Fonseca LMM, Aredes NDA, Fernandes AM, Batalha LMC, Apóstolo JMA, Martins JCA, et al. Simulação por computador e em laboratório no ensino de enfermagem neonatal: as inovações e o impacto na aprendizagem. Rev Latinoam Enferm 2016;24:e2808. https://doi.org/10.1590/1518-8345.1005.2808
Silva AC, Bernardes A, Évora YDM, Dalri MCB, Silva AR, Sampaio CSJC. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a capacitação em parada cardiorrespiratória. Rev Esc Enferm USP 2016;50:988-995. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000700016
Agea JLD, Robles MRM, RodrÃguez DJ, Moreno IM, Viedma IV, Costa CL. Discovering mental models and frames in learning of nursing ethics through simulations. Nurse Educ Pract 2018;32:108-114. https://doi.org/10.1016/j.nepr.2018.05.001
Negri EC, Mazzo A, Martins JCA, Junior Pereira GA, Almeida RGS, Pedersoli CE. Simulação clÃnica com dramatização: ganhos percebidos por estudantes e profissionais da saúde. Rev Latinoam Enferm 2017;25:e2916. https://doi.org/10.1590/1518-8345.1807.2916
Silva RC, Torres AP, Valadão SR, Soares TMS. A simulação do cuidado como um cenário de aprendizagem em enfermagem. J Nurs Health 2016;6:164-172. https://doi.org/10.15210/jonah.v6isupp.9191
Fernandes AKC, Ribeiro LM, Brasil GC, Magro MCS, Hermann PRS, Leon CGRMP, et al. Simulação como estratégia para o aprendizado em pediatria. Rev Min Enferm 2016;20:e976. https://doi.org/10.5935/1415-2762.20160046
Ferreira RPN, Guedes HM, Douglas-de-Oliveira DW, Miranda JL. Simulação realÃstica como método de ensino no aprendizado de estudantes da área da saúde. Rev Enferm Cent Oeste Min 2018;8:e2508. https://doi.org/10.19175/recom.v8i0.2508
Braun V, Clarke V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology 2006;3:77-101.
Brasil. Ministério da Saúde. Resolução Nº 466. BrasÃlia, DF; 2012.
Boostel R, Felix JVC, Bortolato-Major C, Pedrolo E, Vayego SA, Mantovani MF. Estresse do estudante de enfermagem na simulação clÃnica: ensaio clÃnico randomizado. Rev Bras Enferm 2018;71:967-74. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0187
Oliveira SN, Massaroli A, Martini JG, Rodrigues J. Da teoria à prática, operacionalizando a simulação clÃnica no ensino de enfermagem. Rev Bras Enferm 2018;71:1791-8. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0180
Lawrence K, Messias DKH, Cason ML. The influence of simulation experiences on new nurses’ clinical judgment. Clin Simul Nurs 2018;25:22-7. https://doi.org/10.1016/j.ecns.2018.10.008
Haukedal TA, Reierson IA, Hedeman H, Bjork IT. The impact of a new pedagogical intervention on nursing students’ knowledge acquisition in simulation-based learning: a quasi-experimental study. Nurs Res Pract 2018;2018:10p. https://doi.org/10.1155/2018/7437386
Brown KM, Rode JL. Leadership development through peer-facilitated simulation in nursing education. J Nurs Educ 2018;57:53-7. https://doi.org/10.3928/01484834-20180102-11
Lubbers J, Rossman C. Satisfaction and self-confidence with nursing clinical simulation: novice learners, medium-fidelity, and community settings. Nurse Educ Today 2017;48:140-4. https://doi.org/10.1016/j.nedt.2016.10.010
Costa RRO, Medeiros SM, Martins JCA, Cossi MS, Araujo MS. Percepção de estudantes da graduação em enfermagem sobre a simulação realÃstica. Rev Cuid 2017;8:1799-808. https://doi.org/10.15649/cuidarte.v8i3.425
Jarvill M, Jenkins S, Akman O, Astroth KS, Pohl C, Jacobs PJ. Effect of simulation on nursing students' medication administration competence. Clin Simul Nurs 2018;14:3-7. https://doi.org/10.1016/j.ecns.2017.08.001
Ferreira Filho GE, Paula GS, Tocio FHO, Telini WM, Machado LRC. A prática da simulação realÃstica na formação médica: um relato de experiência. Revista Unifev: Ciência & Tecnologia 2017;3:217-24.
Hill JMF, Woodley L, Goodwin M. Simulation to prepare graduate nursing students for clinical faculty role. Nurs Educ Perspect 2018;39:319-21. https://doi.org/10.1097/01.NEP.0000000000000304