Cesárea eletiva no Brasil: imposição da autonomia da mulher ou do poder médico?
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v10i6.3887Abstract
Introdução: A cesariana é um dos procedimentos cirúrgicos mais executados no Brasil há décadas, destacando-se em muitas pesquisas tanto a solicitação da mulher e família pela cesárea, quanto a manifestação de desejo pelo parto normal, mas muitas vezes há coerção em favor da cesárea, criando-se uma razão "médica" que a torne aceitável. Objetivo: Analisar bases bibliográficas sobre as razões de médicos obstetras, gestantes e familiares adotarem a cesárea como principal opção para o nascimento no Brasil. Métodos: Estudo de atualização da literatura junto í Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sobre a questão da cesárea como via de eleição para o parto. Resultados: Ficaram destacados: a formação médica mais voltada para a prática cirúrgica; o medo da mulher pela dor no parto normal; a falta de tempo do médico e número insuficiente de enfermeiros obstetras na assistência ao trabalho de parto; a realização da cesárea eletiva por solicitação da mulher, desconsiderando-se o efetivo benefício para mãe e filho e também o receio de um processo jurídico por erro ou omissão de socorro. Conclusão: É imperativo buscar consensos baseados em evidências científicas sobre o ciclo gravídico-puerperal, nos aspectos de formação e atuação de médicos e enfermeiros obstetras, visando í atenção humanizada ao nascimento.
Palavras-chave: cesárea, parto humanizado, assistência obstétrica, médico obstetra, nascimento, enfermeiro obstetra.
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