Percepções do enfermeiro intensivista frente í  morte encefálica e í  doação de órgãos

Autores/as

  • Manuella Fernanda de Souza Fundação Hermí­nio Ometto
  • Jéssica Caxias Bento Fundação Hermí­nio Ometto
  • Clarice Santana Milagres Fundação Hermí­nio Ometto

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v18i1.1960

Resumen

A morte encefálica (ME) representa a ausência de funcionamento cerebral, no qual há inexistência de atividade elétrica na região do encéfalo e o paciente somente consegue sobreviver devido a meios artificiais, permanecendo com a função cardiorrespiratória intacta temporariamente. O enfermeiro tem importante papel na identificação, notificação e captação de órgãos de pacientes com este diagnóstico, atuando na comunicação com a famí­lia para que eles possam decidir sobre aceitar ou recusar a doação de órgãos. Objetivo: Verificar a percepção dos enfermeiros intensivistas diante da morte encefálica e da doação de órgãos. Métodos: Pesquisa qualitativa convergente assistencial, realizada em um hospital público no interior do Estado de São Paulo. Foram selecionados enfermeiros intensivistas que atuam neste setor de Unidade de Terapia Intensiva adulto. Para a pesquisa, foi realizada uma entrevista com questões norteadoras discursivas, e, posteriormente, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Nesta proposta, a categorização foi utilizada e empregada a representatividade. Resultados: Da análise das transcrições das entrevistas obtidas emergiram três categorias temáticas: percepção dos enfermeiros para lidar com a morte; preparo do enfermeiro intensivista sobre a morte e seus critérios de definição; e processo de trabalho do enfermeiro na efetividade do processo de doação de órgãos para transplante. Conclusão: O presente estudo proporcionou a percepção do enfermeiro intensivista diante da morte encefálica e da doação de órgãos. O processo de trabalho deste profissional consta, entre diversas atividades, realizar uma assistência de qualidade ao indiví­duo em ME, reconhecer os sinais e sintomas da ME, realizar os cuidados ao corpo e, por fim abordar os familiares de forma empática e humana, assim como orientá-los, sobre a doação de órgãos. Diante desta última ação, o êxito de um futuro transplante pode ser possí­vel.

Palavras-chave: morte encefálica, transplantes, unidades de terapia intensiva.

 

 

Biografía del autor/a

Manuella Fernanda de Souza, Fundação Hermí­nio Ometto

Discente de Enfermagem da Fundação Hermí­nio Ometto/ FHO - Uniararas, cursando o 9º perí­odo.

Jéssica Caxias Bento, Fundação Hermí­nio Ometto

Enfermeira pela Fundação Hermí­nio Ometto – FHO/UNIARARAS

Clarice Santana Milagres, Fundação Hermí­nio Ometto

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrí­cia pela Universidade Federal do Espí­rito Santo (2009), especialidade em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Gama Filho (RJ/2011) e Saúde Coletiva e da Famí­lia (UNICAMP/2015). Doutora em Odontologia/Saúde Coletiva na Universidade Estadual de Capinas/Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP). Mestre em Ciência da Nutrição e Saúde (ênfase em grupos populacionais - idosos) pela Universidade Federal de Viçosa (2014). Coordenadora de pós-graduação Enfermagem em Nefrologia na Fundação Hermí­nio Ometto/UNIARARAS. Tem experiência na área de enfermagem em nefrologia e saúde coletiva, docência em graduação e pós-graduação lato-sensu em Nefrologia, Saúde Pública e Saúde Coletiva e da Famí­lia. Atua principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Nefrologia (ênfase em hemodiálise), Saúde do Idoso e Envelhecimento, Saúde da Famí­lia, Saúde Pública, Gestão em Saúde Coletiva e Polí­ticas Públicas de Saúde. Docente da Instituição Hermí­nio Ometto-UNIARARAS para os cursos de graduação em saúde, especialização e MBA em saúde.

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Publicado

2019-03-18

Número

Sección

Artículos originales