Enfermagem e a humanização do gestar e parir: revisão de literatura acerca da violência obstétrica
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v21i2.4854Palavras-chave:
Violência Obstétrica; Parto Humanizado; Assistência ObstétricaResumo
A maternidade é o momento mais marcante na vida da mulher. Envolve a família e toda a comunidade, e esses são muito importantes diante todo o processo. No cenário da assistência, o parto deixou de ser considerado um processo fisiológico, tirando assim o protagonismo da mulher e dando origem à violência obstétrica. Visando melhorar este cenário, surge o movimento de humanização, estimulando diversas iniciativas de mudanças e a atualização das práticas obstétricas. O objetivo deste trabalho foi analisar as publicações referentes à violência obstétrica e seus reflexos na saúde da mulher. Trata-se de uma revisão de literatura, tendo como fonte de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde. Conclui-se que as formas mais comuns de violência obstétrica são todas aquelas que roubam o protagonismo da mulher, causando traumas, e que questões de gênero, classe social, raça e escolaridade influenciam diretamente para uma maior ocorrência deste tipo de violência. Além de evidenciar a carência na compreensão de mulheres sobre o assunto, evidenciamos a importância de um pré-natal de qualidade. Ressalta-se a enfermagem como principal instrumento de mudança no cenário obstétrico, identificando a necessidade de uma atualização constante da equipe e da inserção do tema em questão nas grades curriculares.
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