Enfermagem e a humanização do gestar e parir: revisão de literatura acerca da violência obstétrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v21i2.4854

Palavras-chave:

Violência Obstétrica; Parto Humanizado; Assistência Obstétrica

Resumo

A maternidade é o momento mais marcante na vida da mulher. Envolve a família e toda a comunidade, e esses são muito importantes diante todo o processo. No cenário da assistência, o parto deixou de ser considerado um processo fisiológico, tirando assim o protagonismo da mulher e dando origem à violência obstétrica. Visando melhorar este cenário, surge o movimento de humanização, estimulando diversas iniciativas de mudanças e a atualização das práticas obstétricas. O objetivo deste trabalho foi analisar as publicações referentes à violência obstétrica e seus reflexos na saúde da mulher. Trata-se de uma revisão de literatura, tendo como fonte de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde. Conclui-se que as formas mais comuns de violência obstétrica são todas aquelas que roubam o protagonismo da mulher, causando traumas, e que questões de gênero, classe social, raça e escolaridade influenciam diretamente para uma maior ocorrência deste tipo de violência. Além de evidenciar a carência na compreensão de mulheres sobre o assunto, evidenciamos a importância de um pré-natal de qualidade. Ressalta-se a enfermagem como principal instrumento de mudança no cenário obstétrico, identificando a necessidade de uma atualização constante da equipe e da inserção do tema em questão nas grades curriculares.

Biografia do Autor

Gabriela Andrade Zecca, FAESO

Estudante de graduação de Enfermagem na Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos (FAESO), SP, Brasil

Carolina Guizardi Polido, FAESO

Enfermeira, Docente e coordenadora do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos (FAESO), SP, Brasil

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Publicado

2022-04-30