Morte e morrer em oncopediatria pela perspectiva do enfermeiro - revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v21i3.4895

Palavras-chave:

Criança, Câncer, Morte e Morrer, Enfermagem, Cuidados Paliativos

Resumo

A morte desde os primórdios da humanidade é considerada um processo ameaçador, e ainda nos dias de hoje muitas pessoas encontram dificuldade em discuti-la. Apesar de os imensos avanços no tratamento do câncer infantil e a cura ser algo frequente na vida de crianças acometidas por essas doenças, em muitos casos a morte é um desfecho inevitável e o enfermeiro que atua em oncopediatria, seja em ambulatórios de quimioterapia e/ou radioterapia ou em unidades de internação pediátricos, fica vulnerável e exposto a cada perda, necessitando de resiliência para continuar desempenhando bem seu trabalho. Para tanto, este estudo tem como objetivo identificar a percepção do enfermeiro sobre o processo de morte e morrer em oncopediatria e seus mecanismos de enfrentamento do luto após a perda de um paciente pediátrico. Por meio de revisão integrativa da literatura foi realizada busca de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) disponíveis nas bases de dados da Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram selecionados 7 artigos sobre o tema publicados em língua portuguesa entre os anos de 2017 e 2021. A equipe de enfermagem, bem como o enfermeiro, apresenta dificuldade em lidar com a morte de uma criança, na maioria das vezes não compreende o processo de morte e morrer e suas etapas, tampouco possuem conhecimentos científicos sobre cuidados paliativos. Para garantir que a criança com câncer em estágio terminal tenha um processo de morte digna, o enfermeiro precisa estar preparado para lidar com a situação. Identificar a percepção do enfermeiro sobre o processo de morte e morrer é fundamental para que ele consiga passar segurança para o restante da equipe de enfermagem e possa apoiar a família, através da escuta ativa, além de conseguir prestar assistência de qualidade à criança doente.

Biografia do Autor

Maristela Cassia de Oliveira Peixoto, FEEVALE

Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil

Micaela da Silva Constante, FEEVALE

Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil

Fernanda Silva de Souza Rodrigues, FEEVALE

Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil

Andreia Orjana Ribeiro Coutinho, FEEVALE

Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil

Referências

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Cuidados paliativos pediátricos. 2018 [Internet]. [cited 2021 Mar 3]. Available from: https://www.inca.gov.br/en/node/2691#:~:text=Principais%20objetivos%20dos%20cuidados%20paliativos,a%20sua%20autonomia%20e%20vontade

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Cuidados paliativos. 2020 [Internet]. [cited 2021 Mar 3]. Available from: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/acoes-de-controle/cuidados-paliativos#:~:text=Segundo%20a%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Mundial%20da,a%20vida%2C%20por%20meio%20da

Arantes ACQ. A morte é um dia que vale a pena viver. Rio de Janeiro: Sextante; 2019.

Organização Mundial da Saúde (OMS). National Cancer Control Programmes: policies and managerial guidelines. 2 ed. Geneva: OMS; 2002.

Kubler-Ross E. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 10 ed. São Paulo: Martins Fontes; 2017.

Cooper HM. Scientific guidelines for conducting integrative research reviews. Review of Educational Research 1982;52(2):291-302. doi: 10.3102/00346543052002291

PRISMA Statement. PLoS Med [Internet] 2009 [cited 2022 June 3];6. Available from: http:// prisma-statement.org/PRISMA Statement/PRISMA Statement.aspx

Guimarães TM, Silva LF, Espírito Santo FH, Moraes JRMM, Pacheco STA. Cuidado paliativo em oncologia pediátrica na formação do enfermeiro. Rev Gaúcha Enferm 2017. doi: 10.1590/1983-1447.2017.01.65409

Pacheco CL, Goldim JR. Percepções da equipe interdisciplinar sobre cuidados paliativos em oncologia pediátrica. Revista Bioética 2019. doi: 10.1590/1983-80422019271288

Verri ER, Bitencourt NAS, Oliveira JAS, Santos Junior R, Marques HS, et al. Profissionais de enfermagem: compreensão sobre cuidados paliativos pediátricos. Revista de Enfermagem UFPE Online 2019. doi: 10.5205/1981-8963-v13i01a234924p126-136-2019

Santos GFATF, Alves DR, Oliveira AMM, Dias MCCO, Costa BHS, et al. Cuidados paliativos na oncologia: vivências de enfermeiros ao cuidar de crianças em fase final da vida. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental 2020. doi: 10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.9463

Bastos RA, Quintana AM, Carnevale F. Angústias psicológicas vivenciadas por enfermeiros no trabalho com pacientes em processo de morte: estudo clínico-qualitativo. Ribeirão Preto: Trends Phycol 2018;26(2). doi: 10.9788/TP2018.2-10Pt

Scaratti M, Oliveira DR, Rós ACR, Debon R, Baldissera C. Do diagnóstico à terminalidade: enfrentamento da equipe multiprofissional na oncologia pediátrica. Rev Fund Care Online 2019. doi: 10.9789/2175-5361.2019.v11i2.311-316

Duarte MLC, Glanzner CH, Bagatini MMC, Silva DG, Mattos LG. Prazer e sofrimento no trabalho dos enfermeiros da unidade de internação oncopediátrica: pesquisa qualitativa. Rev Bras Enferm 2021;74(Supl3):e20200735. doi: 10.1590/0034-7167-2020-0735

Downloads

Publicado

2022-07-09