Eficácia de um protocolo de assistência fisioterapêutica no pós-operatório de cirurgia abdominal eletiva

Autores

  • Danilo Rocha Santos Faculdade Independente do Nordeste Faculdade de Tecnologia e Ciências Hospital Unimec Instituto Support
  • Rodrigo Rocha Ivo Faculdade Independente do Nordeste Hospital Unimec Instituto Support
  • Ruth Caracas Rocha Faculdade de Tecnologia e Ciências Hospital Unimec Instituto Support
  • Bruno Prata Martinez Universidade Federal da Bahia. Salvador, Bahia, Brasil. Universidade Estadual da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i3.1236

Resumo

Introdução: A realização de cirurgias abdominais possuem riscos de complicações pulmonares no perí­odo pós-operatório. A atuação fisioterapêutica no ambiente hospitalar vem se destacando na melhoria das funções pulmonares e na otimização da capacidade funcional. O presente estudo teve como objetivo analisar a eficácia de um protocolo fisioterapêutico em pacientes no pós-operatório de cirurgias abdominais eletivas. Métodos: Trata-se de um estudo intervencionista de abordagem quantitativa, tipo ensaio clí­nico randomizado. O grupo intervenção após solicitação da prescrição médica foi submetido a um protocolo de assistência fisioterapêutica, e o grupo controle, por não ter sido prescrito pelo médico assistente, realizou a avaliação e recebeu orientações quanto í  necessidade da deambulação e da importância da inspiração profunda. As análises foram realizadas através software Statistical Package for Social Sciences, sendo adotado ní­vel de significância valor de p menor que 0,05. Resultados: A amostra foi composta por 93 pacientes divididos em dois grupos homogêneos. As principais causas de internamento foram cirurgias cesarianas e histerectomias. A média de atendimentos de fisioterapia realizada no grupo intervenção foi 6,3 ± 3,7 sessões. Em relação às variáveis respiratórias o GI mostrou-se estatisticamente superior, com exceção no grau de dispneia e na caracterí­stica da tosse. A capacidade aeróbica no momento da alta hospitalar foi superior no grupo intervenção. O tempo de internamento e os custos hospitalares foram inferiores no grupo submetido ao protocolo. Conclusão: Conclui-se que a realização de um programa de fisioterapia no pós-operatório se faz uma estratégia segura, melhora significativamente as funções respiratórias e reduz o tempo de internamento hospitalar.

Palavras-chave: cuidados pós-operatórios, laparotomia, Fisioterapia.

Biografia do Autor

Danilo Rocha Santos, Faculdade Independente do Nordeste Faculdade de Tecnologia e Ciências Hospital Unimec Instituto Support

Mestre em Medicina e Saúde Humana pela EBMSP

Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva adulto - ASSOBRAFIR

Docente do curso de Fisioterapia da FAINOR

Docente do curso de Fisioterapia da FTC

Coordenador do serviço de Fisioterapia do Hospital UNIMEC

Coordenador do centro de reabilitação pulmonar Support

Rodrigo Rocha Ivo, Faculdade Independente do Nordeste Hospital Unimec Instituto Support

Fisioterapeuta plantonista do Hospital Unimec

Fisioterapeuta chefe do instituto Support de reabilitação

 

Ruth Caracas Rocha, Faculdade de Tecnologia e Ciências Hospital Unimec Instituto Support

Docente da Faculdade de Tecnologia e Ciências

Fisioterapeuta plantonista do Hospital Unimec

Fisioterapeuta chefe do instituto Support de reabilitação

Bruno Prata Martinez, Universidade Federal da Bahia. Salvador, Bahia, Brasil. Universidade Estadual da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

Docente da Universidade Federal da Bahia. Salvador, Bahia, Brasil.

Docente da Universidade Estadual da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

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Publicado

2018-07-13

Edição

Seção

Artigos originais