Eficácia de um protocolo de assistência fisioterapêutica no pós-operatório de cirurgia abdominal eletiva
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v19i3.1236Abstract
Introdução: A realização de cirurgias abdominais possuem riscos de complicações pulmonares no período pós-operatório. A atuação fisioterapêutica no ambiente hospitalar vem se destacando na melhoria das funções pulmonares e na otimização da capacidade funcional. O presente estudo teve como objetivo analisar a eficácia de um protocolo fisioterapêutico em pacientes no pós-operatório de cirurgias abdominais eletivas. Métodos: Trata-se de um estudo intervencionista de abordagem quantitativa, tipo ensaio clínico randomizado. O grupo intervenção após solicitação da prescrição médica foi submetido a um protocolo de assistência fisioterapêutica, e o grupo controle, por não ter sido prescrito pelo médico assistente, realizou a avaliação e recebeu orientações quanto í necessidade da deambulação e da importância da inspiração profunda. As análises foram realizadas através software Statistical Package for Social Sciences, sendo adotado nível de significância valor de p menor que 0,05. Resultados: A amostra foi composta por 93 pacientes divididos em dois grupos homogêneos. As principais causas de internamento foram cirurgias cesarianas e histerectomias. A média de atendimentos de fisioterapia realizada no grupo intervenção foi 6,3 ± 3,7 sessões. Em relação às variáveis respiratórias o GI mostrou-se estatisticamente superior, com exceção no grau de dispneia e na característica da tosse. A capacidade aeróbica no momento da alta hospitalar foi superior no grupo intervenção. O tempo de internamento e os custos hospitalares foram inferiores no grupo submetido ao protocolo. Conclusão: Conclui-se que a realização de um programa de fisioterapia no pós-operatório se faz uma estratégia segura, melhora significativamente as funções respiratórias e reduz o tempo de internamento hospitalar.
Palavras-chave: cuidados pós-operatórios, laparotomia, Fisioterapia.
References
Kusmar AS, Alaparthi GK, Augustine AJ, Pazhyaottayil ZC, Ramakrishnakumar SK. Comparison of flow and volume incentive spirometry on pulmonary function and exercise tolerance in open abdominal sugery: a randomized clinical trial. J Clin Diagn Res 2016;10(1):1-6.
Zhang XY, Wang Q, Zhang S, Tan W, Wang Z, Li J. The use of a modified, oscillating positive expiratory pressure device reduced fever and length of hospital stay in patients after thoracic and upper abdominal surgery: a randomised trial. J Physiother 2015;61(1):16-20.
Ueda H, Hoshi T. Aumento da capacidade residual funcional durante cirurgia laparoscópica com elevação da parede abdominal. Rev Bras Anestesiol 2017;67(3):284-7.
Moon MH, Kang JK, Kim HW et al. Pain after median sternotomy: collateral damage or mitigatable byproduct? Thorac Cardiovasc Surg 2013;61:194-201.
Grams ST, Ono LM, Noronha MA, Schivinski CIS, Paulin E. Breathing exercises in upper abdominal surgery: a systematic review and meta-analysis. Rev Bras Fisioter 2012;16(5):345-53.
Yağlıoğlu H, Köksal GM, Erbabacan E, Ekici B. Comparison and evaluation of the effects of administration of postoperative non-invasive mechanical ventilation methods (CPAP and BiPAP) on respiratory mechanics and gas exchange in patients undergoing abdominal surgery. Turk J Anaesthesiol Reanim 2015;43(4):246-52.
Sandeep K, Christiana P, Christy S, Carolyn R, Amit M, Paul K. Early post-operative ambulation after thoracic surgery- The WAVE Experience. Journal of Thoracic Oncology 2017;12(1):S244-S245.
Boden I, Browning L, Skinner EH, Reeve J, El-Ansary D, Robertson IK et al. The LIPPSMAck POP (Lung Infection Prevention Post Surgery – Major Abdominal – with Pre- Operative Physiotherapy) trial: study protocol for a multi-centre randomised controlled trial. Trials 2015;16(1):573.
Kumar AS, Alaparthi GK, Augustine AJ, Pazhyaottayil ZC, Ramakrishna A, Krishnakumar SK. Comparison of flow and volume incentive spirometry on pulmonary function and exercise tolerance in open abdominal surgery: a randomized clinical trial. J Clin Diagn Res 2016;10(1):1-6.
Didsbury M, McGee RG, Tong A, Craig JC, Chapman JR, Chadban S et al. Exercise training in solid organ transplant recipients: a systematic review and meta-analysis. Transplantation 2013;95(5):679-87.
Agostini P, Calvert R, Subramanian H, Naidu B. Is incentive spirometry effective following thoracic surgery? Interact Cardio Vasc Thorac Surg 2008;7(2):297-300.
Manzano RM, Carvalho CR, Saraiva-Romanholo BM, Vieira JE. Chest physiotherapy during immediate postoperative period among patients undergoing upper abdominal surgery: a randomized clinical trial. Med J 2008;126(5):269-273.
Renaut J, Costa-Val R, Rosseti MB, Houri Neto M. Comparação entre exercÃcios de respiração profunda e espirometria de incentivo no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Bras Cir Cardiovasc 2009; 4(2):165-72.
Santos CA, Rabelo BAS, Borges DL, Silva MGB, Silva TM. Avaliação da força muscular respiratória de pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica. Assobrafir Ciência 2016;7(1):35-42.
Budin, R. H, Rodrigues T, Rossi LB, Toneloto MGC, Baciuc EP. Inspirômetro de incentivo alinear vs linear como recurso para obtenção de força muscular respiratória no pós-operatório de cirurgia abdominal alta. Revista Intellectus 2011;9(2):420-31.
Junior LAF, Carvalho AT, Ferreira TS, Monteiro MB, Dal Bosco A, Gonçalves MP et al. Atendimento fisioterapêutico no pós operatório imediato de pacientes submetidos à cirurgia abdominal. J Bras Pneumol 2009;35:455-59.
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.