Utilização da EMG de superfí­cie como método de análise de força muscular e função respiratória em portadores de distrofinopatias

Autores

  • Lisiane Tuon UNESC

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v7i2.1876

Resumo

As distrofinopatias compreendem as Distrofias Musculares de Duchene (DMD) e Becker (DMB), sendo caracterizadas por degeneração progressiva dos músculos esqueléticos, iniciando nas cinturas escapular, pélvica e tronco, com perda de força muscular, deformidades e perda da deambulação. Estes pacientes possuem diferença significante em relação aos valores de força muscular e dados da função respiratória em comparação com valores considerados de normalidade. O objetivo deste estudo foi analisar a eficácia da utilização de técnicas de avaliação da força muscular de forma manual e eletromiografia como exame confiável na identificação da evolução de degeneração destes pacientes, bem como comparação dos valores de função respiratória e eletromiografia com í­ndices de normalidade. Demonstrou-se que os testes de força muscular manual comparados com os resultados de eletromiografia são subjetivos e, os valores de Pemax são inferiores a Pimax, sendo significativa a fraqueza expiratória. Com isto, os tratamentos e prognósticos fisioterapêuticos se tornam mais fidedignos.

Palavras-chave: distrofia muscular, força muscular, eletromiografia, função respiratória.

 

Biografia do Autor

Lisiane Tuon, UNESC

Fisioterapeuta, Professora Mestre em Ciências da Saúde com concentração em Neurociência, Professora da Disciplina de Fisioterapia Neurológica do curso de   Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense  (UNESC)

Referências

Bothwell JE, Gordon KE, Dooley JM, MacSween J, Gummings FA, Salisbury S. Vertebral fractures in boys with duchenne muscular dystrophy. Clinical Pediatrics 2003; 42:353-6.

Rubin E, Farber JL. Patologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

Ansved T. Musclar Dystrophies: influence of physical conditioning on the disease evolution. Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care 2003;6:435-9.

Nudel U, Zuk D, Einat P, Zeelon E, Levy Z, Neuman S, Yaffe D. Duchenne muscular dystrophy gene product is not identical in muscle and brain. Nature 1989;337(5):76-8.

Priez A, Duchene J, Goubel F. Duchenne muscular dystrophy quantification: a multivariate analysis of surface EMG. Medical & Biological Engineering & Computing 1992;5:283-91.

Stokes M. Neurologia para Fisioterapeutas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.

Murahovski J. Pediatria: diagnóstico e tratamento. 6 ed. São Paulo: Sarvier; 2003.

Hyde SA, Floytrup I, Glent S, Kroksmark AK, Salling G, Steffensen B, Werlauff U, Erlandsen M. A randomized Comparative Study of two Methods for Controlling Tendo Achilles Contracture in Duchenne Muscular Dystrophy. Neuromuscular Disorders 2002;10:257-63.

Slutzky LCa. Fisioterapia Respiratória nas enfermidades neuromusculares. Rio de Janeiro: Revinter; 1997.

Diament A, Cipel S. Neurologia infantil. 3 ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 1998.

Umphred DA. Reabilitação neurológica. 4 ed. São Paulo: Manole; 2004.

Kapandji AI. Fisiologia articular. 5 ed. Rio de Janeiro: Médica Panorâmica; 2000.

Suárez AA, Pessolano FA, Monteiro SG, Ferreyra G, Capria ME, Mesa l, Dubrovsky A, De Vito EL. Peak flow and peak cough flow in the evaluation of expiratory muscle weakness and bulbar impairment in patients eith neuromuscular disease. American Journal Physical Medicine & Rehabilitation 2002;81:506-11.

Tecklin JS. Fisioterapia pediátrica. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2002.

Rowland L. Merrit Tratado de neurologia. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

Lundy-Ekman L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan; 2000.

Priez A, Duchene J. Goubel F. Duchenne muscular dystrophy quantification: a multivariate analysis of surface EMG. Medical & Biological Engineering & Computing 1992;283-91.

Robinson AJ. Snyder-Mackler L. Eletrofisiologia clínica: eletroterapia e teste eletrofisiológico. Porto Alegre: Artmed; 2001.

Palmer M, Lynn E, Márcia E. Fundamentos da técnicas de avaliação musculoesquelética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.

Gross J, Fetto J, Rosen E. Exame músculoesquelético. Porto Alegre: Artmed; 2000.

Meythaler JM. Long-term Continously infused intrathecal baclofen for spastic-dystonic hypertonia in traumatic brain injury; 1-year experience. Arch Phys Med Rehabil 1999:80.

Lindemann, Eline, Spaans, Frank, Reulen, Jos P.H., Leffers, Pieter, Drukker, Jan. Surface EMG of proximal leg muscles in neuromuscular patients and in healthy controls. Reactions to force and fatigue. Journal of Electromyography and Kinesiology 1999:9;299-307.

Araújo AP et al. Diagnosis delay of Duchenne Muscular Dystrophy. Revista Brasileira de Saúde materno Infantil 2004:4; 179-83.

Shepherd RB. Fisioterapia em pediatria. 3 ed. São Paulo: Santos; 1998.

Azeredo CAC. Fisioterapia respiratória moderna. 4 ed. São Paulo: Manole; 2002.

Ribeiro A, Alviano GA, Antunes LCO. Pressões respiratórias máximas em escolares de 1a série. Fisioter Mov 2000:13;49-59.

Aboussoun L. Respiratory disorders in neurologic disease. Clinic Journal of Medicine 2005:72;511-21.

Powers SK, Howley ET. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3 ed. São Paulo: Manole; 2000.

West JB. Fisiopatologia pulmonar moderna. 4 ed. São Paulo: Manole; 1996.

Downloads

Publicado

2018-03-20

Edição

Seção

Artigos originais